quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Tite estreia com o pé direito na seleção brasileira

Brasil: sexto lugar nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Adversário: o ex-líder Equador e a altitude de quase três mil metros. O cenário era dos mais desafiadores, mas o melhor técnico nascido no Brasil nas últimas décadas mostrou que merece estar no comando da seleção.

Com uma atuação primorosa, o Brasil encerrou um tabu de 33 anos sem vencer os equatorianos como visitante. Os 3x0 foram justíssimos - poderia até ter sido mais se não fosse a altitude, que prejudicou bastante a troca de passes tupiniquim. Uma goleada para mostrar que o futebol brasileiro está ressurgindo.

Tite soube superar o pouco tempo para trabalhar colocando a seleção para jogar no esquema que o consagrou e, também, explorando ao máximo o potencial de jogadores-chave, como Neymar (aberto pela esquerda), Gabriel Jesus (flutuando no ataque) e Paulinho, o destaque no meio-de-campo.

Defensivamente, o Brasil tomou poucos sustos, praticamente todos no primeiro tempo, quando Montero atormentou o lado direito da defesa brasileira.

Mesmo assim, o Brasil finalizou mais e contou com a união e compactação do meio-de-campo. Casemiro, maior ladrão de bolas da partida, Renato Augusto, que se apresentou bastante no ataque, mas errou todos os chutes e alguns passes, e Paulinho, onipresente em campo, ditaram o ritmo. O único meio-campista que atuou abaixo da crítica foi William.

Na segunda etapa, o Brasil cresceu e parecia atuar em casa. O gol era questão de tempo. E foi mesmo.

Neymar, muito bem coletivamente, fez boas jogadas e abriu o placar em cobrança de pênalti sofrido pela grande estrela da partida: Gabriel Jesus.

Sim, o atacante palmeirense atraiu todos os holofotes com uma atuação voluntariosa, brigando com os equatorianos em cada centímetro campo e arriscando chutes e tabelas. E foi recompensado com dois golaços: um de calcanhar e outro em um belo chute no ângulo.

Os 3x0 servem para mostrar que o Brasil pode sim voltar a brigar pelas primeiras posições. Tem um jogador excepcional - Neymar; um punhado de jogadores muito bons, como Marcelo, Daniel Alves, Casemiro, Miranda e Phillipe Coutinho; e uma grande promessa que, a cada dia, mostra que tem um potencial absurdo: Gabriel Jesus. Some-se isso a jogadores talentosos e aplicados, como Renato Augusto, William e Paulinho, a um técnico que se capacitou para ser o melhor, e o resultado é esse: uma seleção competitiva.

O jogo, entretanto, não esconde o que precisa ser melhorado: troca de passes mais inteligentes, principalmente no campo defensivo, finalizações mais precisas e mais movimentação por todo o campo - no primeiro tempo, em diversas ocasiões, William ficou sozinho na ponta direita sem ter com quem tabelar. Além disso, em alguns momentos os equatorianos encontraram muito espaço para chutar, além de ficarem com todos os rebotes ofensivos. Detalhes que certamente serão corrigidos com o tempo e trabalho de Tite.

Notas

Alisson- seguro, foi bem nas poucas vezes que os equatorianos acertaram o gol. Nota 6,5.

Marcelo: apoiou muito bem e foi seguro na defesa. Nota 7.

Miranda: capitão e dono da defesa. Foi muito bem por cima e nas antecipações pelo chão. Nota 8.

Marquinhos: formou ótima dupla com Miranda. Seguro, discreto e eficiente. Nota 7,5.

Daniel Alves: sofreu com a velocidade de Montero no primeiro tempo e apoiou menos do que de costume. Nota 6.

Casemiro: muito bem na cobertura à defesa, perdeu algumas bolas perigosas no campo defensivo. Nota 6,5.

Paulinho: surpresa na convocação e na escalação, justificou sua presença defendendo e atacando bem. Nota 7.

Renato Augusto: ajudou a compor o meio-de-campo e apareceu bem no ataque, mas errou todos os chute. Nota 6,5.

William: atuou bem abaixo do potencial e, às vezes, isolado na ponta direita. Nota 5.

Neymar: jogou pelo time, driblou quando necessário e criou várias voas oportunidades. Premiado com o gol de pênalti. Nota 7,5.

Gabriel Jesus: estrela da partida, se movimentou, marcou, roubou bola e infernizou a defesa equatoriana. Fez dois golaços, sofreu pênalti e foi o melhor jogador na partida que marcou sua estreia na seleção principal. Nota 9,5.

Philippe Coutinho: entrou bem no lugar de William e quase marcou dois gols. Nota 6,5.

Tite: mesmo com pouco tempo para trabalhar, armou bem a seleção e conseguiu extrair ao máximo o potencial dos convocados. Nota 9,5.

sábado, 30 de julho de 2016

#Rio2016 Brasil deixa boa impressão em amistoso

O único amistoso da seleção brasileira visando os Jogos Olímpicos Rio 2016 deixou uma boa impressão, embora o Japão tenha se mostrado um adversário fraquíssimo. Com prioridade para posse de bola, poucos chutões e jogadas trabalhadas e objetivas, mesmo diante de um adversário fraco, o desempenho já reflete a filosofia que será base dessa equipe.

O primeiro tempo parecia um treino, de tão fácil que foi. O 2x0 nos primeiros 48 minutos de jogo foi pouco diante do que o Brasil produziu.

Seguro e confiante, o time de Rogério Micale teve posso de bola (quase 75% contra 25% do Japão) e trabalho coletivo, marcando com eficiência e atacando com qualidade.

Destaque para os "santistas" na seleção: Zeca foi muito bem na lateral-direita, marcando bem na defesa e aparecendo bastante no ataque; Thiago Maia foi gigante no meio-de-campo, fez inúmeros desarmes, sofreu um pênalti não marcado pelo árbitro e ainda acertou um chute na trave; Felipe Anderson foi discreto, mas quase marcou um gol em chute cruzado; Gabigol teve duas chances e aproveitou uma delas para estufar as redes; e Neymar jogou para o time, distribuiu bem as jogadas, cobrou escanteio na cabeça de Marquinhos e foi o craque que o time precisa.

Na segunda etapa, várias substituições foram feitas e a qualidade do duelo caiu.

Rafinha e Felipe Anderson deram lugar a Renato Augusto e Luan já no vestiário.

Apesar disso, nos primeiros 10 minutos, Gabigol e Renato Augusto quase marcaram o terceiro gol brasileiro. Porém, nos minutos seguintes, o rendimento brasileiro seguiu caindo e os japoneses esboçaram uma reação com arremates que, em sua maioria, não assustaram o goleiro Uilson, substituto do lesionado Prass. Aliás, o goleiro atleticano fez grande defesa em uma saída de bola errada da defesa tupiniquim.

Micale tentou mudar o time ao colocar Walace e William nos lugares de Gabigol e Zeca, mas o panorama seguiu o mesmo, em um segundo tempo bem abaixo do que foi o primeiro. Neymar e Gabriel Jesus, que deram bastante trabalho aos japoneses no primeiro tempo, sumiram na partida.

Com Luan Garcia e Rodrigo Dourado nos lugares de Thiago Maia e Rodrigo Caio, Micale pode testar uma formação mais consistente na defesa. O teste deu certo, já que o Japão não chegou mais perto do gol de Uilson. Mas o poderio ofensivo diminuiu.

No final, 2x0 permaneceu no placar.

Agora, que venham as Olimpíadas! Que não somente no futebol, mas em todas as modalidades o Brasil consiga medalhas.

domingo, 19 de junho de 2016

Duelo excepcional em Brasília dá esperanças a Flamengo e São Paulo

Brasília foi palco de um grande e movimentadíssimo jogo entre Flamengo e São Paulo. Muitas chances de gol, um confronto aberto e gostoso de assistir, com quatro gols, dois para cada time.

O clube carioca, aos poucos, vai entrando nos eixos sob o comando de Zé Ricardo. William Arão e Alan Patrick são os donos do meio de campo da Gávea, enquanto Réver e Rafael Vaz começam a ajeitar a defesa flamenguista. O ponto mais fraco é o ataque. Se Guerrero voltar à boa fase, esse time do Flamengo brigará na parte de cima da tabela.

Já o São Paulo precisa desesperadamente dar um jeito de manter Calleri no Morumbi. O atacante goleador -15 gols em 26 jogos pelo Tricolor, é o cara que chama a responsabilidade de botar a bola no fundo do gol. Os dois contra o Flamengo mostraram o faro de artilheiro do argentino. Porém, não dá para ser expulso após dois amarelos por reclamação. Calleri fará falta no período suspenso, assim como fez falta nos quase 30 minutos em que o Tricolor ficou com 10 em campo. Com um a menos em campo, o São Paulo tomou sufoco e viu o instável Denis fazer pelo menos três ótimas defesas.

O pênalti em favor do Flamengo no final do confronto existiu, não há nem discussão. Alan Patrick jogou na placa publicitária dois pontos que podem fazer falta ao Fla no final do campeonato.

Para o Flamengo, empate com gosto de derrota por ter jogado com um a mais por quase meia hora e ter perdido um pênalti nos acréscimos. A ausência de um matador pesou. É preciso um definidor para transformar em gols as chances criadas.

Ao São Paulo, esse um ponto conquistado ficou de bom tamanho. Vai brigar pelo título, caso não foque somente na Libertadores e nem perca duas peças fundamentais nessa reação em 2016: Maicon e Calleri. Os dois quase colocaram tudo a perder hoje (Calleri com a expulsão, apesar dos dois gols, e Maicon pelo pênalti infantil aos 46 do segundo tempo) mas são fundamentais para a equipe do Morumbi.

domingo, 12 de junho de 2016

Mais um vexame para o currículo de Dunga: eliminação precoce na Copa América

O primeiro tempo do Brasil foi o melhor dentre os seis tempos desta fase de grupos. Boa movimentação, agressividade e vontade de fazer gol. A entrada de Lucas Lima e Gabriel deixaram a equipe mais leve e aguda, mas também mais vulnerável.

Ofensivamente, foi bem melhor do que nos últimos jogos. Philippe Coutinho, solto e confiante, foi o maestro, Gabriel incomodou bastante a defesa adversária com boa movimentação e finalizações perigosas. William e Lucas Lima jogavam abaixo do que podem, enquanto Renato Augusto e Elias seguravam as investidas peruanas e apareciam pouco no ataque. Filipe Luis era a excelente válvula de escape. E as melhores chances foram criadas pelo trio Philippe, Gabriel e Filipe Luis.

O 0x0 nos primeiros 45 minutos foi injusto, ainda mais diante do pênalti não marcado em Lucas Lima. O Brasil merecia ir para o intervalo em vantagem.

Na segunda etapa, precisando vencer, o Peru foi para cima do Brasil e equilibrou o confronto. O duelo ficou aberto.

E a péssima arbitragem validou um gol vergonhoso de braço que colocou o Peru em vantagem.

Nos acréscimos, Elias perdeu uma chance incrível, na pequena área, sozinho.

A eliminação precoce em um grupo com Equador, Peru e Haiti é mais um vexame para a conta de Dunga, um dos piores treinadores que o Brasil já teve.

Notas

Alisson: teve pouco trabalho. Nota 6.

Daniel Alves: abaixo do que pode jogar, pouco atacou e errou todos os cruzamentos. Nota 5.

Miranda: sem ritmo, foi envolvido em alguns ataques peruanos. Nota 5,5.

Gil: seguro e discreto. Nota 6.

Elias: igual a Gil, mas perdeu gol claríssimo. Nota 5.

Renato Augusto: foi razoável na marcação e não atacou muito. Nota 5,5.

Lulas Lima: ficou devendo. Não foi o jogador habilidoso e decisivo que se espera. Nota 5.

Gabriel: brigou muito com a defesa peruana e criou boas chances. Sumiu no segundo tempo. Nota 6.

Hulk: entrou e não acrescentou nada. Nota 4.

Dunga: conseguiu melhorar o time em relação aos demais jogos, mas o Brasil segue longe do que deveria apresentar. Perdendo, foi covarde suficiente para não mudar o time. Mais um vexame histórico para sua conta. Nota 0.

Palmeiras faz a lição de casa e bate concorrente ao título

Time que quer ser campeão tem que vencer os concorrentes diretos ao título, principalmente jogando em casa. E foi isso que o Palmeiras fez diante do Corinthians no Allianz Parque.

O primeiro tempo foi equilibrado e disputado em segunda marcha, com poucas chances de gol, muita garra e vontade, mas pouca inspiração de ambos. O Corinthians foi levemente superior, embora a melhor chance de gol tenha sido desperdiçada por Gabriel Jesus, do Palmeiras. Giovanni Augusto também perdeu boa oportunidade cara a cara com Fernando Prass.

Na segunda etapa, o jogo foi bem diferente: muita correria e várias chances de gol, com direito a bola na trave palmeirense em chute de Guilherme e gol palestrino de Cleiton Xavier, que havia acabado de entrar em campo.

O Palmeiras tem o elenco mais recheado do país e um bom treinador, ingredientes que fazem do time um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro. Vencer em casa é obrigação para uma equipe com esses elementos. Mas, é bom Cuca se atentar: sem o Cleiton Xavier, que se lesiona muito, o Palmeiras fica sem imaginação no meio-de-campo e os atacantes têm que exercer dupla função: atacante e armador. Com CX, o Palmeiras é um time mais agudo, organizado e letal. Cuca precisa achar um modo de jogar sem ele, para evitar perder pontos em duelos nos quais Cleiton estiver no Departamento Médico.

Já o Corinthians tem um elenco mais enxuto e não tão qualificado, mas tem o melhor treinador do Brasil e que sabe como disputar pontos corridos. Tirar pontos dos adversários quando atuar como visitante é fundamental para seguir disputando o topo da tabela, mas hoje o alvinegro não foi capaz disso.

País de Gales: futebol limitado, mas histórico

A vitória de País de Gales em seu retorno à Eurocopa após quase 60 anos longe da principal competição européia entre seleções foi merecida. O 2x1 sobre a Eslováquia foi um prêmio à seleção que mais atacou.

O jogo tecnicamente foi fraco, mesmo com a presença dos galeses Bale e Ramsey e do eslovaco Hamsik. As duas seleções jogam de maneira pragmática, buscando não sofrer gols e, se der, resolver a partida em um lance individual de suas estrelas. E com essas estratégia, Gales se deu melhor do que os estreantes eslovacos.

Gareth Bale marcou de falta, com ajuda do goleiro adversário, e foi o líder de Gales nesse confronto, se movimentando e buscando abrir espaços para os companheiros. Ramsey também foi bem, embora tenha errado passes demais. E o coadjuvante Kanu fez justiça ao placar,  enquanto Duda entrou para a história ao marcar o primeiro gol eslovaco na competição.

Mas, que os galeses não se empolguem: Gales apresentou um desempenho fraquíssimo e pode até passar de fase se conseguir tirar pontos da Rússia e não for goleado pela Inglaterra, mas não deve ir muito longe. Aproveite o retorno vitorioso à Euro. E, claro, pode sonhar, pois no futebol, nem sempre o melhor vence. O Leicester está aí para provar isso.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Arrogante, Brasil cumpre a obrigação e goleia o Haiti

Sétima seleção no ranking da FIFA contra a 71ª primeira. Cinco títulos mundiais contra nenhum. Berço de craques como Pelé, Garrincha, Ronaldo e Romário contra uma seleção de anônimos. O duelo entre Brasil e Haiti é sempre desigual. E, pela Copa América Centenária, essa escrita se manteve.

O simbólico 7x1 refletiu bem o que foi o jogo. A seleção brasileira queria golear e entrou com uma postura diferente em relação ao jogo contra o Equador, atacando, chutando a gol.

E os gols foram saindo em sequência e justamente por quem queria mostrar serviço: Philippe Coutinho marcou três vezes, Renato Augusto outras duas e Gabriel e Lucas Lima balançaram a rede uma vez cada um.

Poderia ter sido mais, se alguns jogadores tivessem uma postura mais séria, casos de Daniel Alves e William, displicentes e arrogantes em campo, tirando o pé em divididas e optando por jogadas mais enfeitadas ao invés das mais objetivas. Essa postura contaminou os colegas, que tiraram o pé no segundo tempo.

No primeiro tempo, a partida foi ataque contra defesa, com Coutinho coordenando as principais jogadas ofensivas do Brasil. Casemiro novamente dava a segurança na defesa e a qualidade na saída de bola. E Renato Augusto, com boa movimentação, auxiliava na contenção do ataque haitiano e aparecia como elemento surpresa no ataque brasileiro.

Na segunda etapa, o Brasil voltou com o freio de mão puxado, sem intensidade, até que vieram as substituições.

Dessa vez, Dunga fez boas mudanças na equipe. Se ele estiver atento, percebeu que Jonas não é, nem de longe, o cara para assumir a camisa nove brasileira. E deve ter percebido que Lucas Lima é uma boa opção ofensiva, junto de seu parceiro de time santista, Gabriel.

Vencer o Haiti não habilita qualquer seleção a ser campeã, mas essa vitória serve para recuperar um pouco da confiança desses atletas e criar uma estima, uma personalidade nessa equipe. Era mais que necessário.

Notas

Alison: pouco exigido, não conseguiu evitar o gol haitiano. Nota 5,5.

Daniel Alves: parecia desconcentrado e displicente. Nota 4,5.

Gil e Marquinhos: sérios e seguros. Nota 6.

Filipe Luis: discreto. Nota 5,5.

Casemiro: vai ganhando a posição de titular. Eficiente e técnico. Nota 6,5.

Elias: discreto, apareceu algumas vezes no ataque. Nota 6.

Renato Augusto: boa movimentação, participativo e autor de dois gols. Nota 7,5.

William: postura igual à de Daniel Alves, mas mais participativo. Nota 5,5.

Philippe Coutinho: melhor atuação dele com a amarelinha e o melhor em campo com três gols e muita participação(movimentação, passes e finalizações). Nota 8,5.

Jonas: esforçado. E só. Não é o cara para ser o dono da nove do Brasil. Nota 5.

Gabriel: entrou, correu, tabelou, chutou e marcou o seu gol. Nota 7.

Lucas Lima: igual ao Gabriel. Nota 7.

Wallace: estreia discreta. Nota 5,5.

Dunga: armou e mexeu bem o time. Fez o que tinha que fazer contra uma seleção limitada. Nota 7,5.

domingo, 5 de junho de 2016

Flamengo e Palmeiras protagonizam belo duelo em Brasília

Flamengo e Palmeiras fizeram um belo jogo em Brasília, em um dos elefantes brancos da Copa de 2014, o estádio Mané Garrincha.

O confronto começou em ritmo alucinante, com dois gols em cinco minutos, um para cada lado (Gabriel Jesus para o Palmeiras e Alan Patrick para o Flamengo) e mais duas oportunidade de gol nesse período. Ou seja, bem mais do que nos 90 minutos do duelo entre Brasil e Equador pela Copa América Centenária.

O confronto foi bem aberto, com os dois times usando a mesma tática: muita velocidade e troca de passes, sempre em busca do gol. Os goleiros Fernando Prass e Muralha trabalharam bastante para evitar que a rede balançasse mais.

O ritmo intenso seguiu até o final dos 45 minutos iniciais, com mais algumas chances de gol criadas pelas duas equipes e boas defesas dos dois goleiros.

No segundo tempo, o mesmo ritmo, as mesmas propostas e mais 45 minutos de uma ótima partida.

O Palmeiras foi prejudicado por não ter um pênalti marcado a seu favor. Mas teve outro muito bem marcado, que culminou na justa expulsão do flamenguista César Martins, que literalmente defendeu um chute de Gabriel Jesus que fatalmente entraria. Jean não desperdiçou a chance de colocar o Palmeiras à frente no placar e garantir a vitória palmeirense por 2x1.

O Flamengo ainda merecia ter mais um expulso nos minutos finais: Márcio Araujo, por falta em Rafael Marques, que saía cara a cara com o goleiro flamenguista.

No final dos 90 minutos, quem esteve no estádio (quase 54 mil torcedores) ou assistiu o jogo pela TV ficou bem satisfeito. A proposta ofensiva das duas equipes foi um presente aos amantes do bom futebol.

O Palmeiras é forte candidato ao título. Tem um dos melhores elencos do país e está tomando forma sob o comando de Cuca.

Já o Flamengo mostrou força e futebol para brigar na parte de cima da tabela. Não tem time para disputar o título, mas com reforços pontuais e ganhando pontos importantes contra os demais candidatos ao primeiro lugar, pode sonhar com a disputa pelo G4. Hoje, o meio de tabela é justo.

Brasil x Equador : movimentação brasileira é boa, mas falta personalidade

Brasil e Equador fizeram uma partida bem disputada e movimentada na estreia de ambos na Copa América Centenária. Apesar da intensa movimentação, troca de passes e das poucas faltas, foram poucas as chances de gol criadas pelas duas seleções. O zero a zero foi justo pelo equilíbrio e pelas poucas finalizações.

O Equador tem um ataque de muita força física e velocidade e procurou explorar isso. Mas a defesa brasileira conseguiu conter bem os ataques equatorianos.

Já o selecionado do Brasil teve o domínio da posse de bola e trocou quase 400 passes, mas faltou o fundamental: chutar a gol. Falta personalidade a essa seleção, falta aquele cara que chama a responsabilidade e diz: toca pra mim que eu resolvo.

Notas:

Alisson: pouco exigido, falhou em um lance, mas a arbitragem ajudou e anulou um gol legal do Equador. Nota 5,5.

Daniel Alves e Filipe Luis: apareceram pouco na partida e não comprometeram nem desequilibraram. Nota 6 para os dois.

Marquinhos e Gil: seguros, conseguiram conter bem os ataques equatorianos. Nota 6,5 para ambos.

Casemiro: seguro e tranquilo para desarmar e iniciar os ataques. Nota 6,5.

Elias: discreto, movimentou-se bastanre, mas perdeu grande chance de gol no início do jogo. Nota 5,5.

Renato Augusto: sumido no jogo, atuou bem abaixo de seu potencial. Nota 5.

William: boa movimentação, ofensivo e criador de boas jogadas. Um dos melhores do Brasil em campo. Nota 7.

Philippe Coutinho: discreto, não brilhou como faz no Liverpool. Nota 6.

Jonas: isolado no ataque, recebeu poucas bolas e participou pouco do jogo. Nota 5,5.

Gabriel: entrou para dar mais agressividade, mas pouco acrescentou. Nota 5,5.

Lucas Moura: entrou bem e incomodou a defesa do Equador. Nota 6,5.

Lucas Lima: pouco tempo em campo para mostrar algo. Sem nota.

Dunga: colocou o time para tocar e manter a posse de bola, mas faltou finalização, ofensividade. O Brasil precisa querer fazer gol. Nota 4,5.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #33

A quarta rodada do Campeonato Brasileiro teve modestos 19 gols e mudanças no topo da tabela. Os gaúchos assumiram a ponta, com o Grêmio em primeiro e o Inter em segundo lugar, ambos com 10 pontos. Os paulistas foram mal, com apenas duas vitórias, de Corinthians e São Paulo, e três derrotas de Palmeiras, Santos e Ponte Preta. Ah, teve jogo também da seleção brasileira, as 11 horas da noite desse domingo. E se você, assim como eu, não assistiu o jogo pois tinha mais o que fazer e precisava acordar cedo nessa segunda, o Brasil venceu o amistoso contra o Panamá por 2x0, gols de Jonas, ex-atacante do Santos, e Gabriel, ainda atacante do Santos.

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sábado, 28 de maio de 2016

A espetacular final da Liga dos Campeões

A Liga dos Campeões da Europa, a famosa e glamurosa Champions League, teve uma final que fez jus à sua popularidade. Foi um verdadeiro espetáculo em Milão.

O show começou com os cantores Andrea Bocelli e Alicia Keys, que encantaram o público com o talento musical que têm.

Quando a bola rolou, os madrilenhos Real e Atlético mostraram por que são os melhores times europeus (e do mundo). O Real com seu ímpeto ofensivo, orquestrado por Cristiano Ronaldo, Gareth Bale e Benzema. O Atlético com sua intensidade e vibração impressionantes, caricatura do excepcional treinador Simeone.

Nos 45 minutos iniciais, o Real mandou no jogo e o 1x0, gol do impedido Sérgio Ramos, foi pouco, mesmo com Cristiano Ronaldo sumido em campo. Bale compensava o jogo ruim de seu parceiro, enquanto Casemiro colocava ordem no meio-de-campo merengue.

Na segunda etapa, o Atlético voltou melhor, perdeu uma penalidade com Griezmann, um dos melhores colchoneros em campo, mas chegou ao empate com Carrasco, que entrou na segunda etapa e incendiou a partida.

Na prorrogação, o físico dos dois times interferiu bastante, mas ainda assim ambos criaram boas chances de gol.

Como o empate persistiu, a decisão foi para as penalidades.

Oblak, excelente goleiro do Atlético, praticamente ficou estático em todas as cinco cobranças do Real, viu seu parceiro Juanfran acertar a trave e viu Cristiano Ronaldo selar o 11° título continental do Real.

Independentemente de qual dos dois fosse campeão, o título estaria em boas mãos.

E os campeões foram todos que puderam acompanhar esse espetáculo europeu transmitido para todo planeta. E que mostra o quanto a Europa está anos luz à também frente do pré-histórico futebol Sul-americano.

Coluna Foco Esportivo #32

A terceira rodada do Brasileirão teve 29 gols, média abaixo da segunda rodada, mas com o dobro de gols em relação a primeira. Os paulistas somaram duas vitórias com Corinthians e Palmeiras, dois empates com Santos e São Paulo e uma derrota com a Ponte Preta. Destaque para o líder Santa Cruz, do inspirado artilheiro Grafite, autor de seis gols em três rodadas, e para o vice-líder Grêmio, que goleou o Atlético Mineiro em Minas Gerais. O Brasileirão começou a esquentar.

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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #31

As semifinais da Copa Libertadores estão definidas. O São Paulo medirá forças com o colombiano Atlético Nacional, enquanto que o argentino Boca Juniors duelará com o equatoriano Independiente Del Valle, que eliminou o Pumas, do México, nos pênaltis. Os finalistas serão conhecidos apenas em Julho, devido à pausa no calendário para a Copa América. Até lá, quem sobreviver na janela de transferências e mantiver seus principais jogadores já chegará em vantagem, pois certamente o mercado será cruel e tentador com os quatro melhores times da América.

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domingo, 22 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #30

A segunda rodada do Campeonato Brasileiro foi muito mais generosa em relação ao número de gols: foram 31 contra apenas 14 na primeira rodada. O Grêmio foi o único time que não sofreu gols, em uma rodada ruim para três dos cinco paulistas na elite do Brasileiro, já que apenas Santos e Ponte Preta venceram. O  líder é o Santa Cruz, do artilheiro Grafite, que já soma quatro gols no Brasileiro em duas rodadas. Campeões das últimas três edições, Corinthians e Cruzeiro ainda não venceram. Se demorarem muito para reagir, pode ser tarde.

Coluna Foco Esportivo #30 divulgada no programa Nova Esportes.

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Coluna Foco Esportivo #29

Dez títulos da Libertadores em jogo nas semifinais. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #29.

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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #28

São Paulo e Libertadores: uma paixão platônica. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #28.

Clique aqui e ouça o boletim na íntegra.

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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #27

Atlético Mineiro e São Paulo decidem hoje quem será o representante brasileiro na semifinal da Libertadores. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #27.

Clique aqui e confira o boletim na íntegra.

E acompanhe a coluna Foco Esportivo dentro do programa Nova Esportes, de segunda a sexta, a partir das 19h, pelo site www.novadifusora.com.br

terça-feira, 17 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #26

Oeste disputará a Série B do Brasileiro com elenco e comissão técnica do Audax. É ético? Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #26.

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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #25

Palmeira e Santa Cruz marcam mais da metade dos gols da primeira rodada do Brasileirão. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #25.

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Emocionante: torcida na Holanda homenageia goleiro adversário

Emoção e respeito fazem parte de qualquer esporte. No futebol, nem sempre jogadores, torcedores e dirigentes agem com a gentileza que o espírito esportivo exige.

Mas, quando isso acontece, é sensacional.

Veja só o que a torcida do Go Ahead Eagles fez para o goleiro adversário, cuja mãe falecera recentemente.

A matéria completa você lê aqui. E a reação do goleiro "pós-jogo" você lê aqui.




sexta-feira, 13 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #24

O Campeonato Brasileiro de futebol masculino começa nesse fim de semana. Mas, no futebol feminino, já é decisão! Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #24.

Clique aqui e ouça o boletim na íntegra.

E acompanhe a coluna Foco Esportivo dentro do programa Nova Esportes, de segunda a sexta, a partir das 19h, pelo site www.novadifusora.com.br

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #23

A queda de torcedores na arquibancada do Morumbi entra para a lista de tragédias em estádios brasileiros. Esse é o tema da coluna a Foco Esportivo #23.
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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #22

São Paulo e Atlético Mineiro começam hoje a definir quem seguirá na Libertadores. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #22.
Clique aqui e ouça o boletim na íntegra.
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Coluna Foco Esportivo #21

Os campeonatos estaduais começam a ficar no passado com a aproximação do Brasileirão. Você já consegue apostar em algum favorito? Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #21.
Clique aqui e ouça o boletim da íntegra.
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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #20

A final do Campeonato Paulista teve um campeão merecido e um time histórico. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #20.
Clique aqui e confira o boletim na íntegra.
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domingo, 8 de maio de 2016

Santos e Audax: um campeão merecido e um time histórico

A final do Campeonato Paulista 2016 reuniu dois times ofensivos e com estratégias diferentes entre si, mas bem definidas.

O Santos mais agudo, com contra-ataques mortais e lançamentos precisos. Já o Audax com sua posse de bola ousada e uma troca de passes fria e calculista.

Quem fosse campeão, seria merecido. E o Santos, letal, foi quem ficou com o título.

Mas, para atingir esse objetivo, o time santista sofreu diante de sua própria torcida. Marcando em seu próprio campo defensivo e deixando o Audax jogar, a equipe anfitriã viu o goleiro Vanderlei trabalhar bastante e contar com a sorte no bombardeio do clube de Osasco, que, repetindo o que o Peixe fez na Grande São Paulo, acertou a trave duas vezes na Vila Belmiro.

O primeiro tempo foi totalmente dominado pelo Audax, que levou perigo em chutes de fora da área. Mas, foi o Santos quem abriu o placar em um contra-ataque mortal. Vitor Bueno roubou a bola na defesa santista e acertou um belo lançamento para Ricardo Oliveira. O centroavante da seleção brasileira arrancou de frente com a zaga osasquense, deu uma caneta no zagueiro e tocou com categoria na saída de Sidão para fazer o gol do título santista.

Na segunda etapa, o mesmo panorama: o Audax atacando e o Santos esperando o contragolpe para matar o confronto. E poderia ter feito isso duas vezes: uma com Joel, que teve um gol muito mal anulado pela arbitragem, e outra com Ronaldo Mendes, que perdeu gol sem goleiro.

No final, a precisão santista prevaleceu e o Peixe faturou seu 22° titulo estadual.

Mas, o Audax merece ser destacado. Seu estilo de jogo ousado, irreverente e, às vezes, até irresponsável, entrou para história. Em um momento tão crítico para o futebol brasileiro, Fernando Diniz e o Grêmio Osasco Audax mostraram que ainda é possível fazer diferente, jogar bonito e chegar longe. Passar por Palmeiras, São Paulo, Corinthians e fazer frente ao Santos em uma decisão estadual é um feito histórico e que merece ser respeitado.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #19

As quartas de final da Copa Libertadores trouxeram uma boa e uma má notícia para o futebol brasileiro. Esse é o tema da coluna a Foco Esportivo #19.

Clique aqui e ouça o boletim na íntegra.

E acompanhe a coluna dentro do programa Nova Esportes, de segunda a sexta, a partir das 19h, pelo site www.novadifusora.com.br

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #18

Corinthians eliminado pelo time classificado por Tite como "pouco competitivo". E agora, Tite? Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #18.
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Coluna Foco Esportivo #17

Torcida do Go Ahead Eagles, da Holanda, mostra o verdadeiro espírito esportivo. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #17.

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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Entrevista: Marjorie Castro

Jogadora de futebol feminino do Centro Olímpico e da Seleção Brasileira Sub-20.  Artilheira e melhor jogadora da Copa Ouro 2016 e autora do gol do título Sul-americano Sub-20 contra a Argentina.

Uma das maiores apostas do futebol feminino brasileiro, Marjorie Castro tem se destacado dentro das quatro linhas e também fora dela. Convocada para as seleções de base desde os 15 anos, hoje, aos 19, Marjorie começa a despontar entre as atletas profissionais. E se dentro de campo as conquistas começam a aparecer, fora dele a jovem jogadora também já curte o sucesso: nas redes sociais, milhares de seguidores acompanham a carreira dela.

Em entrevista ao programa Nova Esportes, da rádio Nova Difusora, Marjorie falou sobre a paixão pelo futebol, os desafios de uma atleta no Brasil e planos para um futuro não tão distante.

A relação com o esporte vem de família: o pai, Eric, era jogador de Rúgbi, a mãe, Eduarda, era bailarina e o irmão caçula, Erik, também busca o sucesso no futebol. "Desde pequena sempre amei jogar futebol. Na escola, briguei por que queria jogar futebol com os meninos, mas a escola não deixava que meninos e meninas jogassem juntos. Falei: ou jogo com os meninos, ou não vou participar das aulas de educação física. E acabaram me liberando para jogar futebol com eles", conta.

A oportunidade para jogar em um time surgiu ao acaso. "Eu estava na praia jogando com meu irmão, quando um homem que eu não conhecia apareceu e pediu para eu chamar meu pai. Ele era um representante do Centro Olímpico e me convidou para fazer um teste no time".

Daí em diante, Marjorie passou a se dedicar a carreira como jogadora. Versátil, começou como atacante, mas hoje joga como meia-atacante. "Gosto de ir para cima e infiltrar na defesa adversária. Também tenho bom chute", afirma.

Com o apoio da família, a loira de olhos claros se prepara para ampliar seus horizontes. Além de se dedicar nos treinos, ingressou na faculdade de jornalismo. O foco: jornalismo esportivo.

Mas, nem tudo são flores quando o tema é futebol feminino. O técnico de Marjorie no Centro Olímpico, Jonas Urias, já havia citado obstáculos históricos nessa modalidade, como a falta de apoio e investimentos. E Marjorie, além de confirmar as palavras de Urias, completou: "A gente joga em cada lugar... Tem vestiário que não dá para usarmos os sanitários. Fora que alguns campos são puro barro. E as categorias de base praticamente não tem campeonatos para disputar", lamenta.

Por isso, seguir carreira no exterior está nos planos da talentosa jogadora.

Fica a nossa torcida para que, um dia, o futebol feminino brasileiro tenha, pelo menos, o mínimo de estrutura para reter talentos como a Marjorie, com campeonatos bem organizados, investimento adequado, apoio das autoridades públicas, das empresas privadas e dos torcedores, e também bons estádios para que elas mostrem o talento com a pelota. Hoje, infelizmente, a realidade é muito cruel com essas meninas.

Coluna Foco Esportivo #16

Final única do Paulistão no Pacaembu? Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #16.

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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Coluna Foco Esportivo #15

Santos e Audax deram uma aula de futebol na primeira partida da final do Paulistão. Esse é o tema da coluna a Foco Esportivo #15.

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domingo, 1 de maio de 2016

Santos e Audax mostram o que é futebol

A primeira partida da decisão do Campeonato Paulista foi de altíssimo nível. Santos e Audax deram uma verdadeira aula de futebol com duas propostas de jogo bem diferentes, mas com o mesmo objetivo: fazer gols.

Ao seu estilo já tradicional, o Audax tentava manter a posso de bola e trabalhar sem chutões. Mas, a estratégia do Santos de marcar sem pressão enquanto a bola estava com os jogadores de linha funcionou bem e travou as iniciativas dos anfitriões. Quando a bola chegava no goleiro Sidão, o Santos apertava a saída de bola e obrigava o Audax a isolar a bola.

Assim, no primeiro tempo, o Santos dominou o Audax e poderia ter decidido a final já nos primeiros 45 dos 180 minutos de decisão. Ricardo Oliveira acertou a trave duas vezes, Vitor Bueno perdeu um gol frente a frente com o goleiro Sidão e Gustavo Henrique sofreu um pênalti não marcado pela arbitragem.

Na segunda etapa, Fernando Diniz mudou o Audax ao colocar Wellington no lugar de Juninho. E a mudança surtiu efeito. O time de Osasco dominou o Santos e passou a criar chances de gol em sequência. Foi a vez do Audax perder a chance de matar a decisão, em chances perdidas com Mike (duas vezes), Ytalo e Velicka.

De tanto insistir, o Audax abriu o placar com Mike. Mesmo em vantagem, o clube osasquense seguiu pressionando o Santos, que viu sua grande estrela, Lucas Lima, se lesionar e dar lugar a Ronaldo Mendes.

E essa mudança mudou o destino do duelo: quando o Osasco parecia mais perto do segundo gol, Ronaldo Mendes interceptou passe de Tchê Tchê na intermediária, avançou sozinho e acertou um petardo para igualar o placar.

O marcador permaneceu inalterado até o apito final. Um pecado pelo que foi a partida, com quase 40 finalizações e menos de 20 faltas.

O empate deixa o confronto em aberto. Favorito, o Santos mostrou ter um poder ofensivo respeitável, mas também se mostrou bem vulnerável. A Vila Belmiro será o caldeirão de sempre, mas o Palmeiras já mostrou que é possível surpreender o Santos em seu estádio.

Já o Audax entra como franco atirador e, por jogar sem pressão, pode surpreender com seu futebol ofensivo. Mas, pelo que se viu no primeiro tempo, é uma equipe que o Santos aprendeu a dominar e, se não se cuidar, sua defesa pode ter muitos problemas com o bombardeio santista.

Seja lá quem for o campeão, pelo que mostraram nesses primeiros meses de temporada, Santos e Audax farão jus ao título e um bem danado a quem gosta de futebol ofensivo.

sábado, 30 de abril de 2016

Entrevista: Jonas Urias, técnico do Centro Olímpico

Ser treinador de futebol no Brasil é estar, a cada dia, na berlinda: se os resultados são bons, os jogadores são valorizados, se o resultado é ruim, a culpa é do técnico. Ser treinador de um time feminino, então, pode ser desafio dobrado. Afinal, em terras tupiniquins, essa modalidade não conta nem com 1% da estrutura e reconhecimento que o futebol masculino possui.

Em entrevista interessantíssima ao programa Nova Esportes, da Rádio Nova Difusora, o técnico Jonas Urias, do Centro Olímpico, fala sobre os principais desafios da profissão.

E, claro, dinheiro não ficou de fora da conversa. "Hoje, se formos comparar o que ganha a melhor jogadora brasileira, a Marta, com o que ganha o melhor jogador brasileiro, o Neymar, ela não recebe nem 1% do que ele ganha mensalmente", conta Jonas.

Encontrar patrocinadores também é um desafio, já que a modalidade tem pouca divulgação. "Isso vira uma bola de neve. Sem verba, as condições de treinamento são piores. Com um treinamento que não é adequado, as atletas não se desenvolvem como poderiam e acabam não apresentando um bom espetáculo. E um espetáculo que não possui grande qualidade, não atrai investimento. E ficamos nesse ciclo, sem saída", lamenta.

A alternativa, segundo Jonas, seria obter mais incentivo do poder público, que deveria apoiar mais o esporte e dar mais condições às equipes e atletas.

Diante desse cenário, como  motivar as jogadoras a seguir na profissão? "Temos que trabalhar outros pontos, que não sejam apenas financeiros. Elas são muito apaixonadas pelo que fazem, se entregam mesmo, por isso, trabalhamos muito a questão da união", explica Urias.

Com toda essa falta de apoio, o Brasil vai ficando para trás no cenário mundial. E nem mesmo boas idéias acabam sendo bem executadas, como a seleção permanente. Nesse projeto, algumas atletas passaram a ser bancadas pela seleção e se tornaram jogadoras apenas do Brasil, não mais dos clubes, com períodos intensos de treinamento, mas pouca participação em competições. E essa falta de competição acaba por matar a ideia, já que as atletas ficam sem ritmo de jogo. Além disso, clubes estrangeiros passaram a assediar e contratar essas jogadoras, oferecendo melhores condições de trabalho, salários mais altos e, claro, ritmo de jogo, já que elas disputam campeonatos com frequência. "Times da Coréia, da Suécia e da França, por exemplo, chegavam com boas propostas e levavam essas atletas. A seleção permanente passou a perder diversas jogadoras", conta Jonas.

Apesar disso, ele se mostra esperançoso com a participação da seleção nas Olimpíadas, mesmo em uma chave complicada, com Suécia, China e África do Sul. "Acredito que vamos passar em primeiro no grupo". Questionado sobre as possibilidades do Brasil ser campeão, de zero a 10, avaliou como "4" a chance do ouro ficar em solo brasileiro. E ele avaliou, de zero a 10, como "8" as chances do Brasil ser medalhista.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #14

Camisa pesa na Libertadores? São Paulo mostra que sim! Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #14.

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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #13

Uma mulher comandando um time masculino de futebol na liga nacional: será que vai dar certo? Descubra na coluna Foco Esportivo.

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Coluna Foco Esportivo #12

Começa hoje uma nova Libertadores para Corinthians, Grêmio e Atlético Mineiro, e amanhã para o São Paulo. Terão vida fácil daqui para frente? Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #12.
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terça-feira, 26 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #11

Uma pré-temporada dos clubes brasileiros em Manaus, Cuiabá ou Natal? Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #11.

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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #10

As semifinais emocionantes do Campeonato Paulista mostraram que o impossível é apenas uma meta a ser batida mais cedo ou mais tarde. Esse é o tema do Foco Esportivo #10.
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domingo, 24 de abril de 2016

Santos na final estadual de novo

O futebol é um dos esportes mais surpreendentes e emocionantes que existem.

Escrever sobre um jogo que reuniu dois times rivais, com os ânimos exaltados desde o ano passado e em mais uma decisão é um desafio enorme. Ainda mais em um jogo que parecia resolvido até os 41 minutos do segundo tempo.

Santos e Palmeiras têm feito um dos clássicos mais apimentados do país desde 2015. E quis o destino que os dois se reencontrassem nesse domingo, dia 24 de abril, em uma semifinal de Campeonato Paulista.

O duelo começou morno, com muita marcação e pouca criatividade. O Santos era melhor e ousava mais, enquanto que o Palmeiras esperava uma brecha para contra atacar ou jogar a bola na área santista.

Aos poucos, os times foram se soltando e, em um contra ataque letal, Lucas Lima, com passe clínico, lançou Gabriel, o Gabigol, que justificou o apelido ao dominar a bola, avançar em velocidade, driblar a zaga palmeirense e bater com categoria, tirando de Prass e colocando o Santos em vantagem.

No segundo tempo, os times "viraram a chave", e a partida morna pegou fogo. Ainda sem muitas chances de gol, mas com divididas mais ríspidas e intensas.

Até que Zeca recebeu de Lucas Lima, cortou o defensor palmeirense e deu belo passe para Gabriel, de novo, balançar as redes.

A partida seguiu sob ritmo intenso, com o Palmeiras se doando 150% e o Santos dando espaços. E o alvinegro pagou por isso.

Em dois minutos, mais precisamente aos 42 e 43 minutos do segundo tempo, Rafael Marques empatou o jogo e calou a torcida que cantava "eliminado" ao clube palestrino.

O placar não foi mais alterado e a decisão foi para as penalidades. E nas penalidades, o Santos se deu melhor e garantiu, pela oitava vez seguida, presença na final do Paulista.

O adversário santista na final será o surpreendente e perigoso Grêmio Osasco Audax, que eliminou o Corinthians, também nas penalidades, no Itaquerão.

Ao Palmeiras, sobrou garra e poder de reação. Faltou mais iniciativa no início do jogo e precisão para aproveitar os espaços que o Santos deu, principalmente no segundo tempo.

Ao Santos, faltou mais frieza para segurar o jogo e, principalmente, poder de marcação. O Palmeiras teve muita liberdade para criar oportunidades e Dorival Junior, técnico santista, terá muito trabalho para organizar seu time para as finais. Mas sobrou qualidade ofensiva, uma das melhores virtudes do futebol.

Por fim, vale destacar a injusta expulsão de Cuca, técnico palmeirense que tomou cartão vermelho ao entrar em campo para comemorar o segundo gol de seu time. É uma imoralidade o que estão fazendo com o futebol! Não se pode mais comemorar nem gol!! Se o jogador abraça a torcida, leva cartão, se o técnico entra em campo para se ajoelhar, abraçar seu atleta ou agradecer um jogador, sem influenciar no reinício da partida, ele toma cartão também. É patético, chato, injusto e atrapalha o espetáculo. O futebol é emoção e censurar a comemoração e censurar a emoção. Chega de chatice!!! Chega de recalque no futebol. Chega de regras feitas por  quem nunca jogou bola.

sábado, 23 de abril de 2016

A mística continua no Itaquerão

Demorou quase 100 anos para o Corinthians ter um estádio para chamar de seu. Aos trancos e barrancos, com apoio de governantes e sob investigação, conseguiu erguer o Itaquerão (saiba mais aqui).

Mas, desde então, o alvinegro jamais conseguiu ser campeão no mata-mata, tendo conquistado nesses dois anos e meio, apenas o título brasileiro, em 2015, e que é em pontos corridos, sem jogos eliminatórios.

Nesse período, foi eliminado no Itaquerão duas vezes no Campeonato Paulista (Palmeiras em 2015 e Audax em 2016), uma na Copa do Brasil (Santos em 2015) e outra na Libertadores/(Guarany do Paraguai, em 2015). Em 2014, foi eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético Mineiro, mas com o segundo jogo em Minas Gerais.

O trabalho do técnico Tite tem sido excepcional, afinal, pelo Corinthians, ele já ganhou tudo: Paulista, Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores e Mundial. Além disso, está conduzindo com excelência mais uma reformulação no clube em menos de um ano. E está conseguindo fazer os jogadores do elenco renderem muito bem.

Mas está faltando a "cereja do bolo": ser campeão em um mata-mata.

A chance mais próxima, de acordo com o calendário, está na Libertadores desse ano. O primeiro adversário a ser superado, nas oitavas de final, será o Nacional do Uruguai, time que Tite classificou como de "baixo nível de competitividade" (veja aqui a declaração do treinador).

Ano passado, o time de Tite não resistiu ao limitado Guaraní paraguaio. Será que nesse ano o resultado será diferente?

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #9

Time de Tite joga bem de novo e goleia na Libertadores. Já pensou se ele fosse técnico da seleção brasileira? Esse é o tema do boletim Foco Esportivo #9.
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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #8

Provocações sadias entre clubes alegram o futebol? Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #8, para o Nova Esportes.

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terça-feira, 19 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #7

Santos e Palmeiras se encontram novamente em um duelo decisivo. Esse é o tema da coluna Foco Esportivo #7, para o Nova Esportes.

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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #6

A bipolaridade do São Paulo é o tema da coluna a Foco Esportivo, para o Nova Esportes. Clique aqui e ouça o boletim na íntegra.

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sábado, 16 de abril de 2016

Tite coloca o Corinthians na semifinal do Paulista

O Corinthians atropelou o Red Bull Brasil por 4x0 no duelo que abriu as quartas de final do Campeonato Paulista 2016.

O placar elástico foi até pouco diante da superioridade corintiana.

A partida começou bem chata, com os times em segunda marcha. Mas, aos poucos, o time comandado por Tite foi envolvendo o adversário e os gols fluíram naturalmente com Giovanni Augusto, André, Lucca e Alan Mineiro.

O destaque é a maneira como o time do Parque São Jorge joga: organizado, trabalhando a bola, com funções bem definidas defensivamente e ofensivamente. Todos correm, todos marcam, mas cada um fazendo seu papel.

Isso é resultado de um time verdadeiramente treinado e orientado. Hoje, Tite é, de longe, o melhor treinador brasileiro.

Tite não estar na seleção brasileira é um erro que só quem não conhece futebol é capaz de cometer. E a CBF está cheia de pessoas assim.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #5

O sorteio das semifinais da Liga dos Campeões da Europa é o tema da coluna Foco Esportivo #5. Clique aqui e ouça o boletim na íntegra.

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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #4

Clique aqui e ouça a coluna Foco Esportivo #4, para o programa Nova Esportes. Nessa edição o tema é: os adversários do Brasil nas Olimpíadas (futebol masculino).

Acompanhe o Nova Esportes, de segunda a sexta, das 19h às 20h, pelo www.novadifusora.com.br

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #3

Clique aqui e ouça a edição #3 da coluna Foco Esportivo, para o Nova Esportes.

Acompanhe, diariamente, das 19h às 20h, pelo www.novadifusora.com.br

Coluna Foco Esportivo #2

Clique aqui e ouça a edição #2 da coluna Foco Esportivo, para o Nova Esportes.

Acompanhe o programa ao vivo, de segunda a sexta-feira, das 19h às 20h, pelo site www.novadifusora.com.br.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Coluna Foco Esportivo #1

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domingo, 10 de abril de 2016

Grandes paulistas: semifinal é obrigação

Finalmente acabaram as 15 rodadas do interminável Campeonato Paulista. Único grande que não chegou à última rodada classificado para as quartas-de-final, o Palmeiras venceu o Mogi Mirim e se garantiu em primeiro lugar do grupo. Santos, São Paulo e Corinthians já tinham garantido a classificação antecipada e com tranquilidade, principalmente Corinthians e Santos, que não sofreram sustos nesses quatro primeiros meses. Diante dos rivais das quartas, a obrigação dos quatro grandes do estado é avançar à semi.

Santos x São Bento: na Vila Belmiro, o Santos recebe a segunda melhor defesa do Campeonato. Favorito, o Peixe talvez tenha o adversário mais chato dessa fase.

Audax x São Paulo: único grande a não terminar em primeiro do grupo, o São Paulo vai até Osasco (se o Audax não decidir ganhar mais $$$ e mandar o jogo em outro estádio) enfrentar o Grêmio Osasco Audax. Instável, o Tricolor do Morumbi terá que jogar muita bola para passar pelo Audax, um time ajeitado mas limitado.

Palmeiras x São Bernardo: o Verdão só se garantiu nas quartas na última rodada, assim como seu adversário. Pelo que os oito classificados jogaram na primeira fase, o São Bernardo é o adversário mais frágil do mata-mata. O Palmeiras tem mais elenco, mas divide o foco com a Libertadores, onde pode acabar eliminado e fragilizado para o resto do Paulistão. Ainda assim, o Alviverde é muito favorito.

Corinthians x Redbull: os quatro primeiros meses do Corinthians escondem a profunda reformulação no time titular. O excepcional trabalho de Tite fez com que o clube terminasse a primeira fase com a melhor campanha e é amplo favorito a avançar. O Redbull chega como franco atirador e sua classificação para a próxima seria a maior zebra da competição.

Torcida organizada, clubes e o poder público: incentivo ao crime

Na última semana, vândalos disfarçados de torcedores mataram mais uma pessoa em São Paulo. Não foi a primeira e nem será a última vez.

Não importa a camisa do time nem o local do país: hoje, o poder público, os clubes e as torcidas organizadas são grandes incentivadores da violência dentro e fora dos estádios.

Vamos por partes:

- Torcida Organizada: coloca faixinha no estádio reclamando do dinheiro da merenda, do preço do ingresso, faz protesto contra a CBF, mas na hora de fazer sua parte, sobra omissão. Por exemplo, não entregar às autoridades os vândalos infiltrados em sua organização. E ainda onera os clubes exigindo ingressos gratuitamente. Fora as ameaças aos jogadores quando o rendimento não é dos melhores - invasão ao CT, ataques aos carros dos atletas, destruição da estrutura dos estádios (próprio ou dos adversários) dentre outras baixarias recorrentes de Norte a Sul e de Leste a Oeste do Brasil.

- Poder Público: em todas as esferas - municipal, estadual, federal, executivo, legislativo e judiciário - são coniventes com a violência pois não atuam de maneira a realmente combater esses vândalos. Imagens mostram os criminosos, mas raramente eles são presos - e quando são, as leis ultrapassadas permitem uma rápida liberação. As torcidas marcam tocaias pelas redes sociais e as autoridades fingem não saber. Agentes de segurança despreparados.

- Clubes: fecham os olhos para a violência e fingem que não têm nenhuma responsabilidade sobre isso. Mas financiam as torcidas organizadas e apóiam e mantêm dirigentes cujos objetivos particulares estão sempre à frente dos objetivos das entidades esportivas. Mantêm dentro de suas estruturas esquemas de corrupção que acabam com as finanças dos clubes - e têm o apoio dos governos, que abrem mão de cobranças de impostos devidos.

Enquanto essas três partes não mudarem de postura, os vândalos seguirão ganhando as manchetes rotineiramente, livres para matarem, destruírem, roubarem, sem que nada aconteça com eles.

domingo, 3 de abril de 2016

Palmeiras x Corinthians: Verdão se dá melhor no duelo de opostos

Palmeiras e Corinthians fizeram um bom clássico nesse domingo, no Pacaembu. Perto da zona de rebaixamento e fora da área de classificação do Paulistáo, além de estar a um passo da eliminação da Libetadores, o alviverde precisava da vitória a qualquer custocusto, enquanto que o rival do Parque São Jorge vinha de seis vitórias consecutivas, com a melhor campanha do Paulista e em situação confortável na copa continental.

Sob sol forte, o primeiro tempo foi razoável, brigado, com muitos chutões e poucas chances de gol.

Na segunda etapa, o calor diminuiu e jogo pegou fogo! Precisando vencer, o Palmeiras foi para cima do Corinthians, mas apelando para a ineficiente jogada aérea.

Num desses ataques, a defesa corintiana roubou a bola e inicou um rápido contra-ataque, que terminou com uma falta dentro da área. O pênalti marcado para o alvinegro foi justo e fundamental para o placar: a defesa de Fernando Prass foi a inspiração que os palmeirenses precisavam.

Dois minutos depois, o baixinho Dudu ganhou a jogada aérea de toda defesa corintiana e abriu o placar, que não foi mais alterado até o apito final.

A vitória pode servir como o combustível necessário para o Palmeiras reagir não só no Paulistão, mas também na Libertadores, onde precisa vencer todos os jogos para seguir adiante. No torneio estadual, o alviverde depende apenas de duas forças para chegar às quartas de final. Após duas vitórias seguidas, Cuca ganha força e confiança para a semana decisiva do Palmeiras: é vencer e vencer, ou dizer adeus aos dois principais torneios que a equipe disputa nesses quatro primeiros meses.

Já o Corinthians não deve se abalar com a derrota no clássico, já que a temporada é muito boa e as atuações são consistentes. Derrotas como essas servem para o time aparar arestas e fazer os ajustes necessários para a equipe seguir buscando resultados positivos. E Tite sabe fazer isso muito bem.

domingo, 27 de março de 2016

Palmeiras: não adianta esperar por um milagre

A goleada do Água Santa por 4x1 sobre o Palmeiras escancara um problema crônico do Verdão: o elenco é farto, mas ainda não há um time, e muito menos um meio-campista para organizar o ataque alviverde.

A ausência de um jogador criativo faz com que o time tenha muitas dificuldades para organizar seus ataques e abrir espaço nas defesas adversárias.

Além disso, a zaga é lenta e pesada e os laterais vivem péssima fase: Lucas não é nem sombra do jogador do ano passado, Zé Roberto está com dificuldades para repetir o bom desempenho das últimas temporadas e Egídio não joga bem há anos.

Some isso a inúmeras lesões em todo o plantel e o resultado é esse: um time perdido, frágil e próximo da eliminação da Libertadores e do Paulista.

Cuca terá que trabalhar muito para acertar esse time. Sem um meia criativo e com uma zaga tão pesada, ele terá que se superar e pensar fora dos esquemas tradicionais, pois atuando no 442, no 451 ou no 433 não está dando resultado. Ou então, encaixar melhor as peças que têm à disposição para formar um time competitivo.

Hoje, o Palmeiras está longe disso.

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