domingo, 22 de outubro de 2023

Outro 7x1 que eu não vi

Em 2014, quando a Alemanha fez 3x0 sobre o Brasil, eu desisti do jogo. Fui para meu quarto, liguei o vídeo-game e passei o restante da tarde ali, jogando.

Em 22 de outubro de 2023, repeti o feito. Dessa vez, após o Internacional fazer 2x0 de maneira vexatória, amadora e inadmissível em um time profissional.

Coincidentemente, o resultado de ambas as partidas foi o mesmo: 7x1.

Pouco pode ser falado sobre um jogo assim.

Pela 16ª partida seguida a defesa santista foi vazada.

Pela sétima vez no Brasileirão 2023, o Santos sofreu três ou mais gols.

Pela décima rodada (mais de 33% do campeonato), o Peixe encontra-se na zona de rebaixamento.

A terceira pior defesa do Campeonato sofreu sete gols daquele que era o pior ataque da competição.

O bote falso do Lucas Braga, o gol contra de Kevyson e o passe que Dodô entregou a Alan Patrick são sinais de uma equipe absolutamente desfocada, frágil defensiva e mentalmente.

Os sete chutes a gol que atingiram e balançaram as redes defendidas por Vladimir mostram uma incapacidade defensiva inexplicável.

Azar ou incompetência de rebaixado?

O Santos precisa vencer cinco dos dez jogos que disputará até o final do Brasileirão para sonhar em não ser rebaixado. Improvável para quem venceu só oito dos 28 duelos do torneio - sendo quatro vitórias (turno e returno) sobre Bahia e Vasco.

Desses 10 adversários, o Santos só venceu um deles no primeiro turno - o Goiás. Empatou com Coritiba, Botafogo e Athletico. Perdeu para Corinthians, Cuiabá, São Paulo, Flamengo, Fluminense e Fortaleza. 

Previsão de mais sofrimento para os santistas...

terça-feira, 17 de outubro de 2023

E o Brasil perdeu... Em uma de suas piores atuações nesse século

O Brasil voltou a ser derrotado nas Eliminatórias após oito anos. Mas, o que mais preocupou, além da lesão de Neymar, foi mais uma péssima atuação da seleção brasileira.

Os 2x0 diante do Uruguai expuseram uma equipe desorganizada defensivamente - o Uruguai teve dois arremates em gol e marcou duas vezes - e impotente ofensivamente - em 90 minutos, teve apenas três finalizações, sendo apenas uma em gol. 

O Dinizismo, que encantou no duelo contra a Bolívia, jogou para o gasto contra o Peru e decepcionou contra a Venezuela, desmoronou diante do Uruguai.

Não há nada de bom a ser destacado nesse jogo. Apenas criticar o baixíssimo nível do futebol praticado. 

Por fim, não dá para não questionar, novamente, a convocação de Diniz e a insistência com jogadores que não estão rendendo, como Richarlison, Gabriel Jesus e Matheus Cunha. De novo, o Brasil deixou boas opções de fora - Tiquinho Soares, Marcos Leonardo e Talisca, por exemplo... 

Convocação ruim. Escalação ruim. Desempenho péssimo. 

Com isso, o Brasil encerra a quarta rodada das Eliminatórias na terceira posição, com a mesma pontuação que Uruguai e Venezuela.


sexta-feira, 13 de outubro de 2023

O dia em que o Dinizismo sucumbiu à Venezuela

Ataque sonolento. 
Meio-campo pouco combativo.
Lateral marcando à distância.
Zaga mal postada.
Um gol histórico.
E assim foi o primeiro fracasso do Dinizismo perante a seleção brasileira. 
Diante de sua própria torcida. 
Praticamente com força máxima.
Neymar, Vini Jr. e Rodrygo até arriscaram bons dribles, mas concluíram muito mal a maioria das jogadas. 
Richarlison, Gabriel Jesus e Matheus Cunha seguem em péssima fase e não calam a boca dos críticos: por que seguem sendo convocados se nada produzem - nem em seus clubes? Por que Tiquinho Soares e Marcos Leonardo não ganham UMA chance?
O meio-campo, hoje, sem pegada, comprometeu... Reflexo do gol venezuelano - Gerson perde a disputa na meiuca e não faz o mínimo esforço para recuperar a bola.
Arana marcando à distância permitiu o cruzamento.
E Bello, entre Gabriel Magalhães e Marquinhos, teve tempo e espaço para fazer acrobacia antes do gol.
O 1x1 histórico mostrou que o Brasil está longe de estar acertadinho. 
Diniz que estude bastante e trabalhe bem as alternativas, pois o Uruguai promete ser um adversário ainda mais difícil do que a surpreendente Venezuela. 

Observação: essa foi a segunda vez na história das Eliminatórias que a Venezuela conseguiu pontuar contra o Brasil. A outra vez foi em 14 de outubro de 2009, no Mato Grosso do Sul, quando as equipes ficaram no 0x0. E Tomás Rincón, capitão da Venezuela na partida de hoje, estava em campo naquele histórico jogo há 14 anos.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

O Santos renasceu?

O começo de setembro foi duro para os santistas. 

Equipe afundando no Brasileirão e mergulhando na zona de rebaixamento. Derrotas atrás de derrotas, vexames atrás de vexames. 

O caminho da Série B estava senso cimentado com mais uma troca de técnico, após a demissão de Aguirre - o terceiro treinador demitido pelo Peixe no Brasileirão. 

Para piorar, iria para o confronto direto contra o Bahia, fora de casa, com um técnico interino, Marcelo Fernandes, que ficou um ano fora do Santos após ser demitido em 2022 por Rueda e recontratado no meio de 2023.

O improvável aconteceu.

O Santos reagiu.

Saiu perdendo, mas virou o jogo e ganhou do Bahia em plena Fonte Nova.

Quem seria o novo técnico do Santos? Depois do jogo contra o Vasco seria decidido.

E na segunda partida como treinador, Marcelo Fernandes fez seu time golear os cariocas por 4x1. Foi efetivado.

Foi mesmo? Resistiria ao clássico contra o Palmeiras? 

Há quatro anos o Santos não ganhava do rival. Há um ano não ganhava um clássico.

Marcelo Fernandes resistiu. 

Ressurgiu. 

Fez o Santos ressurgir.

Os 2x1 sobre o alviverde mostraram uma luz no fim do túnel que há muito tempo não aparecia nos trilhos santistas. 

O caminho certo rumo à Série B já não parece tão certo assim.

As três vitórias consecutivas deram ânimo e confiança ao Santos, algo que não se via há muito tempo, embora a situação na tabela ainda seja bastante perigosa e incômoda.

Quanto tempo irá durar e se será suficiente para mudar o final dessa história só será descoberto nos próximos meses.

Mas, ao menos por essa semana, o santista está feliz e em paz.

Que seja eterno enquanto dure.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

O futebol e sua instantânea fábrica de heróis e vilões

O futebol é mágico. É encantador. É surpreendente. É imprevisível.

De repente, um herói surge em uma bola. Deyverson e John Kennedy são alguns dos mais recentes personagens a serem "heróificados" por um gol decisivo.

Claro, eles já haviam marcado outros gols, fizeram outras jogadas. Mas, "aquele gol", foi inesquecível para os torcedores de Palmeiras e Fluminense.

Porém, nem sempre o desfecho é heroico e vilões surgem, também, em uma bola.

Afinal, o futebol também é cruel. É exagerado. É emocionado. E pode ser devastador.

Barbosa, o goleiro da seleção brasileira na Copa de 50, foi crucificado como o responsável pela perda do Mundial.

Nilson, até hoje, é odiado pelos santistas devido ao gol perdido na final da Copa do Brasil contra o Palmeiras, em 2015.

Andreas Pereira virou persona non grata no Flamengo pela falha na final da Libertadores em 2021. A mesma que heroificou Deyverson.

Na edição de 2023 da Liberta, Cano se consolidou como um herói Tricolor. Assim como John Kennedy voltou a figurar com carinho no coração dos torcedores do Flu.

E essa mesma Libertadores vinha dando ar de herói a Enner Valencia, autor de um gol sobre o River, nas oitavas, e dos três gols do Inter sobre o traiçoeiro Bolivar, nas quartas de final.

Mas, sinto informar ao equatoriano: dificilmente o torcedor Colorado esquecerá as chances desperdiçadas por ele no Beira-Rio, nessa noite de 04 de outubro. 

O Inter tem um novo vilão. 

Que ele tenha competência e sanidade para mudar essa marca. 

Os próximos dias serão bem difíceis.

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