terça-feira, 29 de janeiro de 2019

O Mar Está Para Peixe

Há muito tempo os santistas não ficavam tão eufóricos.

Parecia que 2019 seria um ano aterrorizante, sem estrelas, com elenco limitado e enfraquecido, sem dinheiro para realizar grandes contratações e uma política esquizofrênica criando o caos no clube.

Mas, um "tal" de Jorge Sampaoli, em três jogos, fez as expectativas mudarem.

Com um estilo de jogo que combina com o DNA ofensivo do Santos, em apenas um mês, ele montou um time que corre atrás do gol, cria jogadas e gerou uma "ilusão" nos santistas.

O elenco, nem de longe, está entre os melhores. Mas, o treinador botou os "caras" para treinar. Para correr. Para suar a camisa.

E os resultados começam a aparecer, com uma equipe consciente, aguerrida, que deixa a alma em campo e se esforçando ao máximo par fazer a jogada certa, com carinho e capricho.

Contra Ferroviária e São Bento, apesar das vitórias e cinco gols marcados e nenhum sofrido, havia a contestação e desconfiança: estão jogando bem por que é contra time pequeno (embora ambos tradicionais e com ricas histórias).

Mas, diante do São Paulo, classificado para a Libertadores e fortalecido com contratações de peso, o que se viu foi um alvinegro surpreendente, sufocante e imponente.

O Santos tem um padrão tático. Tem jogadas ensaiadas. Tem fôlego. Tem vontade e gana. E tem disciplina tática.

O que se viu foi um time de verdade, que dá gosto de ver (sem clubismo).

Aos santistas, um alento em meio ao caos que o clube vive com seus executivos.

Mas, que a ilusão não engane: o time precisa de reforços. Precisa de opções para as laterais, para o meio-campo e para o ataque.

Sampaoli precisará de peças de reposição para manter o time jogando em alto nível e para mudar de esquema quando os adversários complicarem.

Mas, ao menos 2019 começou de maneira jamais pensada por qualquer santista. São três vitórias em três jogos (incluindo um clássico), com sete gols marcados e nenhum sofrido.

Se a expectativa era de um ano duro e lutando contra o rebaixamento, ao menos em janeiro o gosto aos santistas é de que o Santos poderá pensar em coisas maiores.

E com Sampaoli no comando, é possível imaginar um time mais competitivo do que parece no papel.

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