A final do Campeonato Paulista 2016 reuniu dois times ofensivos e com estratégias diferentes entre si, mas bem definidas.
O Santos mais agudo, com contra-ataques mortais e lançamentos precisos. Já o Audax com sua posse de bola ousada e uma troca de passes fria e calculista.
Quem fosse campeão, seria merecido. E o Santos, letal, foi quem ficou com o título.
Mas, para atingir esse objetivo, o time santista sofreu diante de sua própria torcida. Marcando em seu próprio campo defensivo e deixando o Audax jogar, a equipe anfitriã viu o goleiro Vanderlei trabalhar bastante e contar com a sorte no bombardeio do clube de Osasco, que, repetindo o que o Peixe fez na Grande São Paulo, acertou a trave duas vezes na Vila Belmiro.
O primeiro tempo foi totalmente dominado pelo Audax, que levou perigo em chutes de fora da área. Mas, foi o Santos quem abriu o placar em um contra-ataque mortal. Vitor Bueno roubou a bola na defesa santista e acertou um belo lançamento para Ricardo Oliveira. O centroavante da seleção brasileira arrancou de frente com a zaga osasquense, deu uma caneta no zagueiro e tocou com categoria na saída de Sidão para fazer o gol do título santista.
Na segunda etapa, o mesmo panorama: o Audax atacando e o Santos esperando o contragolpe para matar o confronto. E poderia ter feito isso duas vezes: uma com Joel, que teve um gol muito mal anulado pela arbitragem, e outra com Ronaldo Mendes, que perdeu gol sem goleiro.
No final, a precisão santista prevaleceu e o Peixe faturou seu 22° titulo estadual.
Mas, o Audax merece ser destacado. Seu estilo de jogo ousado, irreverente e, às vezes, até irresponsável, entrou para história. Em um momento tão crítico para o futebol brasileiro, Fernando Diniz e o Grêmio Osasco Audax mostraram que ainda é possível fazer diferente, jogar bonito e chegar longe. Passar por Palmeiras, São Paulo, Corinthians e fazer frente ao Santos em uma decisão estadual é um feito histórico e que merece ser respeitado.
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