quarta-feira, 8 de junho de 2016

Arrogante, Brasil cumpre a obrigação e goleia o Haiti

Sétima seleção no ranking da FIFA contra a 71ª primeira. Cinco títulos mundiais contra nenhum. Berço de craques como Pelé, Garrincha, Ronaldo e Romário contra uma seleção de anônimos. O duelo entre Brasil e Haiti é sempre desigual. E, pela Copa América Centenária, essa escrita se manteve.

O simbólico 7x1 refletiu bem o que foi o jogo. A seleção brasileira queria golear e entrou com uma postura diferente em relação ao jogo contra o Equador, atacando, chutando a gol.

E os gols foram saindo em sequência e justamente por quem queria mostrar serviço: Philippe Coutinho marcou três vezes, Renato Augusto outras duas e Gabriel e Lucas Lima balançaram a rede uma vez cada um.

Poderia ter sido mais, se alguns jogadores tivessem uma postura mais séria, casos de Daniel Alves e William, displicentes e arrogantes em campo, tirando o pé em divididas e optando por jogadas mais enfeitadas ao invés das mais objetivas. Essa postura contaminou os colegas, que tiraram o pé no segundo tempo.

No primeiro tempo, a partida foi ataque contra defesa, com Coutinho coordenando as principais jogadas ofensivas do Brasil. Casemiro novamente dava a segurança na defesa e a qualidade na saída de bola. E Renato Augusto, com boa movimentação, auxiliava na contenção do ataque haitiano e aparecia como elemento surpresa no ataque brasileiro.

Na segunda etapa, o Brasil voltou com o freio de mão puxado, sem intensidade, até que vieram as substituições.

Dessa vez, Dunga fez boas mudanças na equipe. Se ele estiver atento, percebeu que Jonas não é, nem de longe, o cara para assumir a camisa nove brasileira. E deve ter percebido que Lucas Lima é uma boa opção ofensiva, junto de seu parceiro de time santista, Gabriel.

Vencer o Haiti não habilita qualquer seleção a ser campeã, mas essa vitória serve para recuperar um pouco da confiança desses atletas e criar uma estima, uma personalidade nessa equipe. Era mais que necessário.

Notas

Alison: pouco exigido, não conseguiu evitar o gol haitiano. Nota 5,5.

Daniel Alves: parecia desconcentrado e displicente. Nota 4,5.

Gil e Marquinhos: sérios e seguros. Nota 6.

Filipe Luis: discreto. Nota 5,5.

Casemiro: vai ganhando a posição de titular. Eficiente e técnico. Nota 6,5.

Elias: discreto, apareceu algumas vezes no ataque. Nota 6.

Renato Augusto: boa movimentação, participativo e autor de dois gols. Nota 7,5.

William: postura igual à de Daniel Alves, mas mais participativo. Nota 5,5.

Philippe Coutinho: melhor atuação dele com a amarelinha e o melhor em campo com três gols e muita participação(movimentação, passes e finalizações). Nota 8,5.

Jonas: esforçado. E só. Não é o cara para ser o dono da nove do Brasil. Nota 5.

Gabriel: entrou, correu, tabelou, chutou e marcou o seu gol. Nota 7.

Lucas Lima: igual ao Gabriel. Nota 7.

Wallace: estreia discreta. Nota 5,5.

Dunga: armou e mexeu bem o time. Fez o que tinha que fazer contra uma seleção limitada. Nota 7,5.

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