O futebol é um dos esportes mais surpreendentes e emocionantes que existem.
Escrever sobre um jogo que reuniu dois times rivais, com os ânimos exaltados desde o ano passado e em mais uma decisão é um desafio enorme. Ainda mais em um jogo que parecia resolvido até os 41 minutos do segundo tempo.
Santos e Palmeiras têm feito um dos clássicos mais apimentados do país desde 2015. E quis o destino que os dois se reencontrassem nesse domingo, dia 24 de abril, em uma semifinal de Campeonato Paulista.
O duelo começou morno, com muita marcação e pouca criatividade. O Santos era melhor e ousava mais, enquanto que o Palmeiras esperava uma brecha para contra atacar ou jogar a bola na área santista.
Aos poucos, os times foram se soltando e, em um contra ataque letal, Lucas Lima, com passe clínico, lançou Gabriel, o Gabigol, que justificou o apelido ao dominar a bola, avançar em velocidade, driblar a zaga palmeirense e bater com categoria, tirando de Prass e colocando o Santos em vantagem.
No segundo tempo, os times "viraram a chave", e a partida morna pegou fogo. Ainda sem muitas chances de gol, mas com divididas mais ríspidas e intensas.
Até que Zeca recebeu de Lucas Lima, cortou o defensor palmeirense e deu belo passe para Gabriel, de novo, balançar as redes.
A partida seguiu sob ritmo intenso, com o Palmeiras se doando 150% e o Santos dando espaços. E o alvinegro pagou por isso.
Em dois minutos, mais precisamente aos 42 e 43 minutos do segundo tempo, Rafael Marques empatou o jogo e calou a torcida que cantava "eliminado" ao clube palestrino.
O placar não foi mais alterado e a decisão foi para as penalidades. E nas penalidades, o Santos se deu melhor e garantiu, pela oitava vez seguida, presença na final do Paulista.
O adversário santista na final será o surpreendente e perigoso Grêmio Osasco Audax, que eliminou o Corinthians, também nas penalidades, no Itaquerão.
Ao Palmeiras, sobrou garra e poder de reação. Faltou mais iniciativa no início do jogo e precisão para aproveitar os espaços que o Santos deu, principalmente no segundo tempo.
Ao Santos, faltou mais frieza para segurar o jogo e, principalmente, poder de marcação. O Palmeiras teve muita liberdade para criar oportunidades e Dorival Junior, técnico santista, terá muito trabalho para organizar seu time para as finais. Mas sobrou qualidade ofensiva, uma das melhores virtudes do futebol.
Por fim, vale destacar a injusta expulsão de Cuca, técnico palmeirense que tomou cartão vermelho ao entrar em campo para comemorar o segundo gol de seu time. É uma imoralidade o que estão fazendo com o futebol! Não se pode mais comemorar nem gol!! Se o jogador abraça a torcida, leva cartão, se o técnico entra em campo para se ajoelhar, abraçar seu atleta ou agradecer um jogador, sem influenciar no reinício da partida, ele toma cartão também. É patético, chato, injusto e atrapalha o espetáculo. O futebol é emoção e censurar a comemoração e censurar a emoção. Chega de chatice!!! Chega de recalque no futebol. Chega de regras feitas por quem nunca jogou bola.
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