sexta-feira, 24 de março de 2023

Estádios Que Eu Conheci - Santiago Bernabeu

Em 2018, vivi 15 dias surreais visitando a Europa pela primeira vez. E é claro que tinha que ter futebol no meio da história. Além de passar pelo Museu da FIFA, eu e minha esposa visitamos o Santiago Bernabeu, estádio do Real Madrid (ESP). Foi algo surreal e impactante. 

Foi um choque de realidade poder fazer um tour por esse estádio. Além da estrutura colossal e moderna, o passeio, muito bem organizado e de fácil agendamento, é uma imersão não apenas na história do clube, mas também do futebol, com diversas camisas, chuteiras, bandeiras e bolas utilizadas ao longo do último século por diferentes equipes. 

Após se encantar passando por diversas exposições e setores, incluindo todos os andares das arquibancadas, vestiários, sala de imprensa e gramado, o tour termina em uma linda loja gigantesca repleta de produtos para você torrar uma boa grana: camisas, blusas, copos, lápis, chaveiros, ônibus, etc... Dá vontade de levar tudo - e ali deixei 150 euros. Uma verdadeira aula de como receber visitantes em seu estádio, encantar, engajar e vender, algo que não foi aprendido por nenhum time brasileiro até o momento.

Estádios Que Eu Conheci - Novelli Júnior

Um Gigante entre os Gigantes. Assim descrevo o Ituano, tradicional equipe de Itu (SP), que adora aprontar para cima dos mais tradicionais clubes brasileiros - especialmente o meu Santos. E o Novelli Junior é a casa onde o Ituano manda seus jogos.

Curiosamente, nos dois anos em que eu viajei para Itu, o time da cidade deixou marcas dolorosas no meu time de coração. Em 2014, o rubro-negro do interior foi campeão Paulista ao vencer o alvinegro praiano na final do estadual. E em 2023, goleou por 3x0 na última rodada da fase de grupos, eliminou as chances do Peixe ir ao mata-mata do torneio paulista e de quebra, escapou do rebaixamento para se garantir nas quartas de final (não satisfeitos, ainda eliminaram o Corinthians, nos pênaltis, após empate por 1x1 no tempo normal em Itaquera).

Nessa última ida à Itu, aproveitei para dar um pulinho no estádio. Com a maior parte das arquibancadas descobertas e em formato oval, é um estádio bem bacana. 

Que nas minhas próximas idas à Itu, cidade que sou apaixonado, o Santos não seja punido pelo Ituano. 

Foto: acervo pessoal

Estádios Que Eu Conheci - 1° de Maio

Por quase um ano, fiz parte da equipe do Mundo da Bola, programa histórico que o Flávio Prado conduz na Rádio Jovem Pan. E no período em que eu era desse time, fomos convidados a participar de uma partida beneficente: Amigos do Gustavo Nery X Amigos do Derlei, no estádio 1° de Maio,  em São Bernardo do Campo (SP).

Se eu já me emocionava por simplesmente entrar em um estádio e conhecê-lo, imagina só como me senti ao entrar em campo para jogar uma partida que tinha nomes de peso, como Gustavo Nery (ex-lateral com passagens por diversos clubes, como Santos, São Paulo e Corinthians) e Derlei (ídolo do Porto-POR). Foi uma noite mágica e que ainda tinha uma pegada beneficente. Infelizmente, não recordo o placar do jogo. Mas, ter participado desse dia jamais sairá da minha memória.
Foto: acervo pessoal Anderson Lima

Estádios Que Eu Conheci - Nicolau Alayon

Um dos estádios mais acanhados do futebol Paulistano, construído em região privilegiada, fincado no coração da Zona Oeste e no caminho para o Centro, o Nicolau Alayon é a casa do Nacional. Com capacidade para cerca de 10 mil torcedores, é talvez um dos menos utilizados pelos principais clubes profissionais da cidade para jogos oficiais.

Porém, isso não deixa o estádio sem seu charme. E lá eu vivi uma baita experiência: durante o Cursos Prado de Jornalismo Esportivo, o Nicolau Alayon foi palco de uma atividade prática: transmitir uma partida do Campeonato Paulista sub-17. E eu fui o narrador do meu grupo. Foi ESPETACULAR viver o que os narradores já estão acostumados: estar em um estádio e fazer parte de uma transmissão de jogo de futebol. Poder ver a movimentação dos jogadores, o desempenho tático das equipes e trazer tudo isso para uma narração foi uma das experiências mais deliciosas que eu pude saborear em minha vida. 

Foto: Denise Ornellas

Estádios Que Eu Conheci - Brinco de Ouro da Princesa

Casa do Guarani, um dos mais tradicionais clubes do futebol brasileiro, o Brinco de Ouro da Princesa é um estádio imponente e repleto de história. De lá, surgiram grandes craques do futebol brasileiro, como Neto e Luizão, só pra citar dois dos nomes mais famosos.

E eu o conheci durante minhas pesquisas para meu TCC, em 2008. Fui visitar a sede do Guarani e entender o trabalho que eles fazem com a categoria de base, que já foi uma das mais poderosas do país. 

Além de conhecer o Estádio e todo o trabalho feito pela diretoria bugrina, ainda ganhei uma camisa oficial do clube. Impossível não se encantar com quem trata com tanto carinho e respeito um mero mortal estudante!

Que dias melhores venham para os times de Campinas, tão importantes para o futebol brasileiro e, sim, mundial!

Foto: Facebook do Guarani

Estádios Que Eu Conheci - Itaquerão

A NeoQuimica Arena, popularmente conhecida como Itaquerão, é a casa do Corinthians e recebeu também jogos de futebol das Olimpíadas de 2016.

Eu tive o privilégio de poder assistir a um jogo desse evento maravilhoso - sou apaixonado por Olimpíadas e Copa do Mundo.

Lá em Itaquera, Nigéria e Alemanha se enfrentaram pela semifinal do futebol masculino. Os alemães venceram por 2x0 e avançaram para as finais, onde seriam batidos pela seleção brasileira.

Para chegar a esse estádio, o metrô é a melhor opção, pois para "na porta" do Itaquerão. A arena é um luxo - estrutura moderna, elegante e com uma acústica fantástica. 

Foi uma ótima experiência e mais um estádio pra conta.

Foto: Anderson Lima

Estádios Que Eu Conheci - Professor José Liberatti

Uma das coisas mais legais que o mundo do futebol propocia é o contato com muuuitas pessoas. Algumas delas, passam rápido e deixam boas memórias, outras ficam mais tempo e geram ainda mais ótimas recordações. E a craque, 10 e a faixa, Juliana Oliveira, é uma dessas pessoas. Eu a conheci quando ela aceitou conceder uma entrevista para mim, quando eu trabalhava na Rádio Nova Difusora em Osasco. E a partir daí, virei fã de carteirinha (jornalista pode ser fã? Pode e quem discordar é clubista. rs).

Ficamos algum tempo sem se ver, mas mantendo contato pelas redes sociais, até que em 2020, ela me chamou para assistir um jogo de seu clube, o imortal Grêmio (RS), que viria medir forças "do lado de casa", em Osasco, pelo Brasileirão Feminino. E lá fui eu, prestigiar a amiga, o futebol feminino e ainda conhecer mais um estádio, o Professor José Liberatti, onde o Audax manda suas partidas.

Levei um pouco de sorte para a fera e o Grêmio venceu com tranquilidade por 3x0. Ao final do jogo, pude dar um abraço nessa parceira que o futebol me apresentou!

Foto: Anderson Lima

Estádios Que Eu Conheci - Ulrico Mursa

O estádio xodó da cidade de Santos tem nome e sobrenome: Ulrico Mursa. Casa da Portuguesa Santista, o acanhado campo no Litoral Paulista é charmoso, pois é pequenino, tem arquibancadas bem próximas ao gramado e tem um ar nostálgico, como se estivéssemos em uma viagem no tempo. Vale muito a pena assistir uma partida nesse simpático estádio.

Embora já tivesse usado seu estacionamento, que às vezes é aberto para receber carros de torcedores que vão a jogos com grande público do Santos na Vila Belmiro, até 2015 eu ainda não havia assistido uma partida no local. E como assessor do Grêmio Mauaense, pude viver essa experiência.

E acabei dando sorte, pois apesar da tradição da camisa e da boa equipe da Briosa, que na época tinha como dirigente Rodrigão, ex-atacante do Santos, Inter e Guarani, por exemplo, o Grêmio Mauaense fez uma das suas melhores partidas da temporada 2015 e ganhou por 3x1. 

Eu estava na cabine de imprensa, que fica numa posição bem alta no estádio e permite uma visão maravilhosa do gramado. E lá eu conheci o Douglas Teixeira, da Agência Briosa, que faz um belíssimo trabalho de divulgação do clube santista e é o autor da foto que ilustra esse post. Extremamente competente e simpático, nos recebeu com muita atenção e capricho. E até onde eu saiba, segue trabalhando para o clube até hoje.

Ao final do campeonato, porém, nós dois tivemos o mesmo azar: Mauaense e Portuguesa Santista caíram na fase de grupos e permaneceram na última divisão do estadual.

Foto: Agência Briosa - Douglas Teixeira 

Estádios Que Eu Conheci - Antônio Soares de Oliveira

A cidade de Guarulhos, na grande São Paulo, tem um estádio bem tradicional pra chamar de seu: o Municipal Antônio Soares de Oliveira. Eu o conheci pessoalmente em 2015, durante a partida entre Guarulhos e Mauaense, pela Segunda Divisão do Paulista.

Nesse jogo, o time para o qual eu trabalhava (a equipe do ABC), não viu a cor da bola e perdeu por 4x1. Mas, ao menos tive a oportunidade de ver de pertinho mais um estádio! 

Aliás, esse campo fica numa região modesta e até surpreende que tenha um estádio ali, pois é bem no meio do bairro, cheio de casas e ruas residenciais em volta. E é lá que o Guarulhos e o Flamengo de Guarulhos mandam seus jogos. 

Pequenino, o "Ninho do Corvo" transforma-se em um caldeirão devido à proximidade da arquibancada em relação ao campo. E o Mauaense sentiu isso na pele, apesar de terem poucos torcedores nessa partida (aliás, como é de costume em jogos das divisões mais baixas dos campeonatos estaduais).

Foto: Prefeitura de Guarulhos

Estádios Que Eu Conheci - Dario Rodrigues Leite

Em 2015, durante minha experiência como assessor de imprensa do Grêmio Mauaense, tive a oportunidade de conhecer alguns estádios da Grande São Paulo, como o de Guaratinguetá, o Estádio Municipal Professor Dario Rodrigues Leite.

Nesse dia, lembro que o Mauaense vinha pressionado por maus resultados em casa e enfrentaria o anfitrião Manthiqueira. Era ganhar ou ganhar para sobreviver na Segunda Divisão do Paulista (equivalente à quarta divisão estadual - sim, o nome não faz sentido, mas fazer o que se quem dá o nome pros campeonatos não tem muita noção... rs). E o time do Vale do Paraíba, comandado pela treinadora Nilmara Alves, não foi capaz de segurar a equipe visitante, do ABC Paulista, que venceu por 1x0 e reagiu na competição.

Dois fatos curiosos desse dia:

1) durante a partida, eu fiquei bem próximo à cabine de imprensa do estádio. E uma dupla de radialistas começou a conversar comigo e a contar boas histórias das inúmeras transmissões que eles fizeram nesse estádio. Foi uma das recepções mais legais que tive em um campo adversário. Até participei da transmissão trazendo algumas informações do Mauaense.

2) nesse jogo, havia apenas um torcedor do Mauaense, o folclórico Luis Fôlego. Ele é um ícone do clube de Mauá, está sempre acompanhando os jogos da equipe e fizemos até uma entrevista com ele pro meu canal no YouTube, o Trocadilho FC. Confira aqui o bate-papo que fizemos com ele (tem MUITA história boa, vale a pena assistir).

Foto: Prefeitura de Guaratinguetá 

quarta-feira, 15 de março de 2023

Estádios Que Eu Conheci - Pedro Benedetti

Durante quase um ano, atuei voluntariamente como assessor de imprensa do Grêmio Esportivo Mauaense, mais antigo e tradicional clube de Mauá, na grande São Paulo. Foi uma experiência incrível, pois além de conhecer profissionais do mundo futebolístico, pude acompanhar de perto a rotina de um clube - treinamentos, concentração, viagem, pré e pós-jogo. Foi uma oportunidade maravilhosa e que ficou com aquele gostinho de quero mais.

E graças a essa experiência, lá em 2015, conheci alguns estádios, com destaque para a casa do Mauaense, o Pedro Benedetti. Com arquibancadas apenas de um lado do campo e que vai ate atrás de um dos gols, tem capacidade para cerca de sete a oito mil pessoas. Mas, não tive o privilégio de ver o estádio cheio no período em que estive por lá. 

E vi uma equipe desacreditada, que começou mal o torneio, reagir do meio pra frente com uma sonora vitória sobre a Portuguesa Santista, em pleno Ulrico Mursa, e quase avançar para a disputa, de fato, pelo acesso. Não foi daquela vez que Mauá viu seu filho sair da última divisão estadual.

Imagem da internet

Estádios Que Eu Conheci - Walter Ribeiro

Assistir jogos em estádios do Interior de São Paulo é uma das coisas mais gostosas de se fazer. É meio que uma viagem no tempo, pois são palcos normalmente mais antigos, em estruturas mais arcaicas, porém muuuuito charmosas. E o público é muito simpático. Dá pra ouvir algumas boas histórias de partidas antigas "bisbilhotando" as conversas alheias.😬

E eu tive a oportunidade de assistir um São Bento X Santos em pleno Walter Ribeiro, em 2017, graças a um convite do chefe que virou um grande amigo, David Grinberg.

O estádio é bem legal, construído no formato de "U", com praticamente todas as arquibancadas descobertas. A visão é boa para o gramado - a arquibancada não é colada ao campo, como a Vila ou a Arena Barueri, mas não tão distante quanto no Mineirão e Morumbi.

Logo após o trabalho, pegamos a estrada e fomos para Sorocaba, onde vimos o Peixe, comandado por Dorival Junior e com um setor ofensivo que contava com Bruno Henrique, Vitor Bueno e Lucas Lima, ganhar por 2x1. 

Estadios Que Eu Conheci - Mineirão

Uma das experiências mais incríveis que tive na minha vida aconteceu durante a Copa do Mundo de 2014. A grana estava curta e eu já estava conformado em apenas assistir a Copa pela TV. Mas, eis que o destino preparou uma daquelas saborosas surpresas. 

Eu trabalho no McDonald's, um dos patrocinadores do maior torneio do mundo, e em alguns jogos, tínhamos ações especiais no estádios. E uma dessas ações aconteceria nas oitavas de final, na partida entre Brasil e Chile, no Mineirão. Para minha sorte, fui escalado para apoiar nessa partida. Lá fui eu para BH, conhecer um estádio místico!

A partida não deixou por menos. Foi um jogaço, tenso, com direito a uma bola na trave no último segundo, acertada pelo ataque chileno. Bendita trave, que garantiu o Brasil na disputa por pênaltis. Assisti metade das cobranças, confesso. E o Brasil passou! Ufa.

Saí do Mineirão em êxtase. Um estádio Gigantesco, histórico, lotado, em uma partida do Brasil na Copa, com vitória nos pênaltis. Que roteiro!

Estadios Que Eu Conheci - Armando Oliveira

Em 2012, passei por uma das experiências mais ousadas da minha vida: aos 25 anos de idade, aceitei trabalhar em outra cidade, em outro estado, onde eu não conhecia absolutamente ninguém, apenas o meu chefe. Eu nunca tinha morado sozinho - nem a minha esposa. Mas, aceitamos o desafio e, em março daquele ano, fomos "de mala e cuia" para Camaçari, na região metropolitana de Salvador, capital baiana.

E é claro que se tinha estádio na cidade, eu tinha que conhecer. Aproveitei uma partida do Campeonato Baiano para ver um jogo do time anfitrião e conhecer o Estádio Armando Oliveira. 

Pequenino, com capacidade para cerca de sete mil torcedores, recebeu Camaçari X Juazeirense. Talvez, não tivesse nem 100 torcedores na arquibancada, apesar do ingresso custar apenas R$ 10,00.

Dei sorte para o time, que venceu por 2x0. Mas, o desempenho do clube nas demais rodadas não foi bom suficiente para evitar o rebaixamento.

Seis meses depois, voltamos em definitivo para São Paulo. Na bagagem, uma experiência de viver longe da família e dos amigos. E mais um estádio pra conta!

Foto: Prefeitura de Camaçari 

Estádios Que Eu Conheci - Arena Barueri

Uma ideia inesperada para deixar o sábado do cunhado e do sogro mais animado. E foi assim que decidimos ir para a Arena Barueri assistir Santos X Ponte Preta, numa tarde de 2012. Faltavam menos de 2h para o jogo, mas era tempo suficiente de chegarmos lá e comprarmos os ingressos. Arriscado? Talvez. Mas fomos mesmo assim.

E deu tudo certo. Apesar de ter apenas uma fila na bilheteria e ter muita gente à nossa frente, conseguimos entrar bem perto do início da partida.

E pra ser sincero, na verdade, deu MUITO certo, pois o Santos de Neymar, Ganso e cia. goleou a Ponte por 6x1. Assistimos um verdadeiro espetáculo daquela equipe mágica. 

E o estádio é muito legal, com arquibancadas próximas ao campo e ótima visibilidade para todos os espaços do gramado.

Não poderia ter tido uma melhor primeira vez na Arena Barueri!


Foto do site da Prefeitura de Barueri.

Estádios Que Eu Conheci - Pacaembu

No "Municipal Paulistano" foi onde mais vi jogos de futebol. Assisti partidas do Campeonato Paulista, Copa Sul-americana, Libertadores, Campeonato Brasileiro... Tenho um carinho especial pelo Pacaembu, onde vi o Santos ganhar títulos estaduais e também o tri continental.

Confesso que não recordo quando foi a primeira vez que fui ao Paca, mas acredito que tenha sido na final do Paulistão de 2010 entre Santos e Santo André. 

A entrada monumental pela Praça Charles Miller é inesquecível. E como era gostoso ver os jogos no finado Tobogã...

De lá, tenho memórias incríveis. Uma delas é da dura final contra o Santo André, em 2010, e a partida mágica de Neymar e, principalmente, Ganso. Outra é da finalíssima contra o Peñarol, na partida decisiva do tri da Liberta, em 2011. E ainda teve uma partida mais que memorável diante do Ceará, pelo Brasileirão de 2018, celebrando 106 anos do Peixe.

Porém, uma das últimas vezes que fui ao Paca foi na polêmica partida entre Santos e Independiente, pela Sul-americana, que resultou na eliminação santista em 2018.

E que saudade que estou de ver uma partida no Pacaembu...

terça-feira, 14 de março de 2023

Estádios Que Eu Conheci - Vila Belmiro

O segundo estádio que tive o privilégio de conhecer foi o do meu time de coração. Chegar à Vila Belmiro foi de arrepiar! Eu estava ansioso para ver... Jabaquara e Portuguesa B, pela última divisão do Campeonato Paulista de 2002.

Além do óbvio (era estádio do meu time) o que essa partida tinha de interessante para uma família santista? O fato de que o Jabaquara estava repleto de jogadores das categorias de base do Santos. O craque daquela equipe que seria campeã da divisão era Jerri, que posteriormente teria oportunidade no profissional do Santos, mas sem grande destaque.

Como era um campeonato de pouca expressão, pudemos assistir a partida na cadeira coberta, em frente às cabines de transmissão. Fiquei encantado com a proximidade do gramado e o charme vintage do estádio. 

Mas, tive meia sorte nessa experiência: o Jabuca perdeu por 3x2, mas foi campeão por ter vencido o primeiro duelo por 4x0.

Festa na Vila. Festa na minha primeira vez na Vila.

Mas, demorei para ver uma vitória do meu time em sua própria casa. Posteriormente, assisti derrotas do Peixe para Coritiba e Portuguesa, pelo Brasileirão de 2002 e somente na quarta ida à Vila presenciei uma vitória, diante do Flamengo, também pelo torneio nacional daquele ano. E ainda tive o privilégio de ver as Sereias da Vila se sagrarem campeãs da Libertadores Feminina, com a rainha Marta em campo e um show de 9x0 na final!

Em 2023, depois de muito tempo sem colocar os pés na Vila, voltei ao estádio para ver Santos 4x0 Portuguesa, na primeira vez que meu irmão caçula esteve na casa do alvinegro praiano. Linda memória!

(A foto não é de 2002, é de 2011. Não tiramos foto naquela primeira visita ao estádio, guardamos apenas na memória essa experiência).

Estádios Que Eu Conheci - Morumbi

A primeira vez que fui a um estádio de futebol foi em 2000, no Gigantesco e Glorioso Morumbi. E o melhor: era dia de jogo da seleção brasileira, pelas Eliminatórias da Copa de 2002! Roteiro ideal para um dia que era pra ser perfeito.

Sim, era pra ser... E "era" pois o time treinado por Emerson Leão não vinha apresentando o melhor dos futebóis... E minha estreia em um estádio veio justo numa partida épica dessa equipe.

Não, o Brasil não fez uma grande partida contra a Colômbia. Pelo contrário. Foi um jogo feio, chato e que não ajudava muito a seleção, na época, tetracampeã mundial, que sofria para garantir a vaga no Mundial seguinte. O desempenho ruim levou a um ato histórico nos minutos finais da partida: uma verdadeira chuva de bandeiras da arquibancada em direção ao campo. 

E em meio à insatisfação dos torcedores, decidimos ir embora antes do apito final, para evitar a muvuca que seria proporcionada pela saída de mais de 60 mil torcedores.

E eis que quando atravessamos o portão da saída, ouvimos o estádio vibrar e balançar.

Sim, gol do Brasil. Vitória por 1x0.

E não vimos esse gol... Mas eu vi, de camarote, a chuva de bandeiras. Saí de lá com uma história peculiar em meu primeiro jogo em um estádio. 

Posteriormente, voltei algumas vezes ao Morumbi em outras partidas memoráveis, como a primeira final do Brasileiro de 2002 (2x0 para o Santos sobre o Corinthians); a final da Libertadores de 2003 (derrota santista para o Boca Juniors), a final do Paulistão diante do São Caetano, que tirou o Santos da fila do torneio estadual; e o jogo 1000 do Rogério Ceni pelo São Paulo, na partida contra o Atlético Mineiro, em 2011. E ainda trabalhei em alguns eventos no Morumbi, quando tive a oportunidade de estar ao lado de Muller, Pavão e Aloísio Chulapa, por exemplo.

(A foto é de minha autoria, tirada durante alguma partida do Santos lá em 2006, 2007, no famoso Morumbi).

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