Após mais de um mês de paralisação devido aos Jogos Olímpicos, o Campeonato Brasileiro Feminino está de volta e já cheio de tensão.
Faltando duas rodadas para o término da fase de grupos, ainda estão em disputa quatro vagas para as quartas-de-final, sendo que Corinthians, Ferroviária, São Paulo e Palmeiras são as únicas matematicamente garantidas na próxima etapa.
Na parte debaixo da tabela, a briga é para ver quem vai conseguir escapar do rebaixamento, com três equipes na disputa: Real Brasília, Santos e Botafogo.
Com 16 pontos, o Real Brasília é o único que depende apenas de si e precisa de só um empate nas últimas rodadas para escapar e definir os dois últimos rebaixados.
Mais atrás, dentro da zona de degola, Santos e Botafogo somam 10 pontos e precisam torcer por derrota do Real e vencer seus dois últimos jogos para sonhar com a permanência. E os dois alvinegros se enfrentam nesse domingo, às 11h, na Vila Belmiro, visando apenas a vitória. Caso empatem, independente do resultado do jogo do Real, ambos serão rebaixados.
E para fechar esse boletim, infelizmente, mais uma possível situação de descaso com as atletas que sonham em jogar futebol. Jogadoras do Cuiabá trouxeram à tona uma denúncia após não terem atletas suficientes para entrarem em campo diante do Operário, no último final de semana.
Segundo apuramos com uma jogadora do clube, após o término do Brasileirão Sub20 houve uma dispensa de seis meninas do elenco, além da saída de mais duas garotas por opção, deixando o time profissional com 14 atletas. Mais uma seria dispensada após o início do Campeonato Mato-grossense.
Além disso, depois de disputa contra o Mixto, pelo estadual, ocorreram mais duas lesões e outras duas atletas foram vetadas pelo departamento médico, fazendo com que apenas nove jogadoras fossem a campo contra o Operário. Porém, dessas nove, uma está em tratamento de lesão e outra não teria plenas condições de jogo por cuidados físicos.
Diante dessa situação, elas teriam optado não entrar em campo, mas segundo relata a atleta de forma anônima, foram ameaçadas de terem que arcar com uma multa de 20 mil reais caso não jogassem. Com isso, entraram em campo e, sob orientação, duas jogadoras teriam caído após o início da partida e saído do gramado, obrigando o término da partida por quantidade insuficiente de jogadoras.
Não bastasse essa situação, fomos informados sobre condições do alojamento em que se encontrava parte do elenco. A casa não tinha mobília e as garotas acabavam dormindo no chão, em colchonetes. O local foi invadido e além das garotas terem que arcar com o custo da troca do miolo, o clube acabou decidindo retirá-las do local, dando um dia para elas deixarem o espaço e oferecendo 500 reais para que elas encontrassem um novo local para ficar.
Em contato com a assessoria de imprensa do Cuiabá, o clube informou que não se pronunciará sobre as denúncias.
Essas informações você recebe em primeira-mão durante o Nova Esportes, de segunda a sexta-feira, às 18h, na Rádio Nova Difusora.
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