Dia 28 de agosto de 2018. Estádio do Pacaembu. Oitavas de final da Copa Libertadores da América. Em campo: Santos e Independiente (ARG).
No duelo de ida, na Argentina, empate por 0x0, mas que virou 3x0 para os argentinos após uma punição da Conmebol, que alegou escalação irregular de Carlos Sánchez pelo alvinegro.
Na partida da volta, cerca de 40 mil santistas lotaram o estádio do Pacaembu, banhado em um clima bélico que eu jamais tinha visto antes num campo de futebol. Os torcedores do Peixe estavam raivosos com a polêmica punição.
E na arquibancada, estava eu, santista pacato, ao lado de outro pacato cidadão, um argentino torcedor do Independiente e que ocupava o cargo de Vice-Presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados, operadora da marca McDonald's no país.
O clima tenso das arquibancadas se refletiu em campo: um duelo pegado, nervoso e que graças a uma defesa espetacular de Vanderlei, num pênalti para o Independiente, seguia 0x0 até perto dos 40 do segundo tempo.
Ao perceber que o placar não seria revertido, alguns "torcedores" (ou melhor, baderneiros disfarçados) resolveram partir para a violência: tentaram invadir o gramado e começaram a soltar rojões para dentro do campo.
Confusão nas arquibancadas e no gramado. Muvuca. Empurra empurra. Cenas lamentáveis para todos os cantos.
O jeito foi sair rapidinho do estádio, afinal, ainda tínhamos familiares conosco assistindo essa partida.
Conseguimos deixar o Pacaembu ilesos (amém!), apesar do susto.
Ficaram as lembranças e a história de uma das noites mais tensas que vivi num estádio.
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