Quando eu era pequeno, os rivais ganhavam tudo, enquanto meu elenco treinava na praia.
Quando eu era pequeno, eu era o único santista da sala. E o único sem saber o que era gritar "é campeão".
Quando todos acharam que o Santos iria pra final do Paulistão em 2001, eu estava com medo de mais uma derrota. E ela se tornou realidade faltando sete segundos pra acabar o jogo.
Quanto ninguém botava fé que o Santos fosse voltar a se impor, com sete pedaladas a camisa sete tirou o peso dos sete segundos.
Quando ventos fortes pareciam dominar o Brasileirão, sem ninguém acreditar, os mais de 100 gols deixaram os santistas sem ar de tanto celebrar .
Quando ninguém se conformava com a Máfia do Apito, o sete voltou a perturbar os santistas.
Quando o Santos ousou, a alegria voltou, com dancinhas, dribles, gols e comemorações em goleadas que se acumulavam.
Mas, quando de oito tomou, pensei que não haveria como piorar.
Quando tomou de sete e viu sua fortaleza desabar com o Fortaleza, escancarou sua fraqueza.
"Se o Santos cair, nunca mais ele sobe".
Caiu. E foi feio. Doloroso.
E quando parecia que o fundo do poço não tinha limite, você ressurgiu.
Não voltou (ainda) à Série A, mas voltou a uma final após quatro anos.
A tão receosa reconstrução mal começou e já te recolocou sob os holofotes. Entre os mais fortes.
Energizado pela torcida, se energético dá asas, o Santos corta.
A fase não permite cabeça nas nuvens, pelo contrário, exige pezinho no chão.
Procurando novos horizontes, sabe que o sol se esconde atrás das palmeiras.
É um caminho traiçoeiro. Perigoso.
Mas com uma doce recompensa.
Vale o esforço.
E já valeu o esforço.
Independente de quem vai enfrentar e do que vai acontecer na final, o santista voltou a se orgulhar do seu time.
Voltou a ter esperança.
Por que o Santos voltou a ser o Santos!
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