quinta-feira, 28 de março de 2024

Quando o Santos Ressurgiu

Quando eu era pequeno, você vivia um jejum de títulos.

Quando eu era pequeno, os rivais ganhavam tudo, enquanto meu elenco treinava na praia.

Quando eu era pequeno, eu era o único santista da sala. E o único sem saber o que era gritar "é campeão".

Quando todos acharam que o Santos iria pra final do Paulistão em 2001, eu estava com medo de mais uma derrota. E ela se tornou realidade faltando sete segundos pra acabar o jogo.

Quanto ninguém botava fé que o Santos fosse voltar a se impor, com sete pedaladas a camisa sete tirou o peso dos sete segundos.

Quando ventos fortes pareciam dominar o Brasileirão, sem ninguém acreditar, os mais de 100 gols deixaram os santistas sem ar de tanto celebrar .

Quando ninguém se conformava com a Máfia do Apito, o sete voltou a perturbar os santistas.

Quando o Santos ousou, a alegria voltou, com dancinhas, dribles, gols e comemorações em goleadas que se acumulavam.

Mas, quando de oito tomou, pensei que não haveria como piorar.

Quando tomou de sete e viu sua fortaleza desabar com o Fortaleza, escancarou sua fraqueza.

"Se o Santos cair, nunca mais ele sobe".

Caiu. E foi feio. Doloroso.

E quando parecia que o fundo do poço não tinha limite, você ressurgiu.

Não voltou (ainda) à Série A, mas voltou a uma final após quatro anos.

A tão receosa reconstrução mal começou e já te recolocou sob os holofotes. Entre os mais fortes.

Energizado pela torcida, se energético dá asas, o Santos corta. 

A fase não permite cabeça nas nuvens, pelo contrário, exige pezinho no chão. 

Procurando novos horizontes, sabe que o sol se esconde atrás das palmeiras. 

É um caminho traiçoeiro. Perigoso. 

Mas com uma doce recompensa.

Vale o esforço.

E já valeu o esforço.

Independente de quem vai enfrentar e do que vai acontecer na final, o santista voltou a se orgulhar do seu time.

Voltou a ter esperança.

Por que o Santos voltou a ser o Santos!

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