domingo, 10 de março de 2024

Brasil perde a final da Copa Ouro mas ganha um time

Alguns poderão dizer "o Brasil jogou como nunca e perdeu como sempre". Balela. O Brasil jogou muita bola diante dos Estados Unidos, em sua primeira competição oficial sob o comando de Arthur Elias. 

E perdeu batendo de frente, como eu não recordo de ter visto, ao menos num passado recente contra as estadunidenses. Não teria sido surpresa ou injustiça se as brasileiras tivessem vencido com uma certa folga.

Como não se via há muito tempo, durante essa Copa Ouro, o que se viu foi um time disciplinado, aguerrido, em crescimento e com potencial para evoluir muito mais.

Hoje, a seleção brasileira se mostra competitiva. Durante boa parte do duelo, dominou os Estados Unidos, que jogaram a competição em casa, com apoio de sua torcida. O time sul-americano criou várias chances para marcar, mas pecou nos detalhes. 

Detalhes que são "treináveis", "corrígiveis". Faltou capricho e tranquilidade nas finalizações, assim como faltou atenção na bola aérea - e, principalmente, como evitá-la. 

Com cinco meses de trabalho, Arthur Elias começa a esboçar um time de verdade. Assim como foram nos amistosos, o treinador fez diversas experiências durante a Copa Ouro. Testou formações, jogadoras... E fez o Brasil ser incisivo, chato, páreo duro, mesmo sem Marta e Cristiane, duas icônicas veteranas da seleção. 

Na competição disputada na América do Norte, a equipe tupiniquim disputou seis jogos. Venceu cinco e perdeu apenas a final. Fez 15 gols e sofreu somente dois.

A seleção evoluiu. E deu sinais de que tem muito ainda para crescer. 

O Brasil perdeu o título, mas ganhou uma equipe que dá esperanças aos seus torcedores de que dias melhores virão.

Foto: CBF

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