Serve para a resenha. Serve para a zoeira. Serve para encerrar jejuns de títulos relevantes. E serve, principalmente, para avaliar elencos.
Não serve para afirmar que se for campeão, o ano será tranquilo para o vencedor.
Mas serve para alertar que o ano será péssimo para quem lutou para não cair.
Esse último cenário foi muito mal gerenciado pelo Santos entre 2021 e 2023, até se concretizar o maior vexame da história do clube.
E o Paulistão já indicava isso, com o Peixe nadando, nadando e nadando para não morrer na praia.
Em 2024, a maré mudou. Não coincidentemente, após a mudança da presidência.
Carille assumiu a responsabilidade de montar um time praticamente do zero. E foi extremamente eficiente nisso. Mostrou que pode ser o cara certo para comandar o Santos em sua reconstrução.
Do elenco de 2023 e que segue no time titular, João Paulo viveu altos e baixos e divide a torcida: uns amam e outros odeiam. Joaquim faz boa temporada, assim como Furch.
Dentre os reservas, Rincón perdeu a titularidade, mas segue valorizado no elenco. Messias, embora pareça ser a segunda opção de reserva atrás de Jair, parece ainda ter prestígio. Nonato parecia que disputaria posição, mas foi ofuscado e não rendeu quando entrou. Morellos foi pior ainda: teve mais minutagem, mais oportunidades e decepcionou ainda mais os torcedores. Felipe Jonathan, titular absoluto da lateral-esquerda, mas sem poder de marcação e impotente no ataque - o ponto mais vulnerável desse Santos.
Dos que chegaram nessa temporada, Gil, Aderlan, Hayner, João Schmidt, Pituca, Giuliano, Guilherme e Otero mostraram talento, dedicação e vontade de fazer o Santos voltar às origens e brigar por títulos. Formam a base que dá esperanças de retorno santista à elite.
Pedrinho e William Bigode oscilaram muito. Tiveram bons momentos dentro de alguns jogos, mas, no geral, ainda não convenceram.
Já Cazares e Marcelinho não encaixaram no time - o segundo já está de saída, segundo boatos que esquentaram na última semana.
A campanha muito boa na fase de grupos e o vice-campeonato tornam o balanço bem positivo, bem como ter vencido 3 dos 5 clássicos que fez (tendo perdido 2 justamente para o Palmeiras).
Fica o alerta para ajustes, principalmente para posições na lateral-esquerda, meia de criação e centroavante. Mas, a base formada no Paulistão se mostrou qualificada para voos maiores.
Foto: Twitter Santos FC
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