Flu afunda mais o acovardado Santos no Brasileirão

O Fluminense recebeu o Santos no Maracanã e fez um treino de luxo "ataque X defesa". 

O Tricolor se impôs mesmo com time misto, aproveitando a covardia tática do Santos, que abdicou de atacar em todos os 45 minutos iniciais e perdeu sua eficiência defensiva no segundo tempo com as mudanças do técnico Turra.

O Flu ainda se deu ao luxo de desperdiçar um pênalti na primeira etapa. Na segunda, Cano, sempre ele, aproveitou a falha defensiva do Santos (mais uma pra conta) e fez o gol que fez justiça.

Vale destacar: no primeiro tempo, faltou qualidade ao Flu para abrir o placar. Diniz corrigiu isso com as mudanças no segundo tempo. 

Ao Santos, faltou ousadia nos 45 minutos iniciais para provocar uma expulsão (foram 3 amarelos ao Flu em 20minutos). Turra não só não corrigiu isso, como novamente fez péssimas substituições, tirou o único volante marcador, improvisou um meia como volante e deixou a defesa vulnerável - não foi coincidência o gol do Flu sair pouco depois dessas mexidas.

Com o triunfo, o Fluminense segue no grupo de elite do Brasileirão e vai embalado para o mata-mata da Libertadores.

Já o Santos segue o calvário e pode abraçar a zona de rebaixamento nessa rodada, já que tem apenas três pontos a mais que Bahia e Coritiba, os primeiros no "Z4".

Brasil perde para a França até no futebol feminino

A França é a pedra no sapato brasileiro em Copas. Seja no masculino, seja no feminino, o Brasil tem muitas dificuldades para medir forças com os franceses (e as francesas).

Nesse sábado, Brasil e França fizeram um jogaço em Brisbane, Austrália, pela segunda rodada da Copa do Mundo. As francesas precisavam urgentemente da vitória, já que haviam apenas empatado na estreia, e conseguiram: 2x1 merecido, em um duelo tático e, principalmente, psicológico repleto de oportunidades para ambos os lados.

A França foi muito superior no primeiro tempo. Teve tranquilidade, posse de bola, organização e saiu com o 1x0 merecidamente, explorando muito o espaço entre linha da defesa do Brasil e sendo letal no bombardeiro aéreo. O setor ofensivo brasileiro não funcionou com Debinha, Geyse e Ary. Decisões erradas coletivamente comprometeram as finalizações e foi justa a derrota na primeira etapa.

No segundo tempo, o Brasil voltou mais ligado em campo e achou o empate com Debinha, que fazia uma partida ruim, mas mostrou oportunismo ao ficar com a bola frente a frente com a goleira adversária. 

A alegria tupiniquim durou pouco. Apesar da trocação livre entre as duas equipes, forçando defesas das goleiras e assustando as respectivas torcidas, a França foi mais efetiva e, novamente, explorando a bola aérea, conquistou a vantagem definitiva do placar - 2x1.

Derrota dolorida, que torna a última rodada uma final para o Brasil, diante da Jamaica, e expõe pontos frágeis da seleção brasileira: desatenção defensiva, dificuldade com a bola aérea e nervosismo para impor seu jogo contra seleções mais qualificadas. Pelo elenco que tem o Brasil, são pontos possíveis de corrigir. Mas, a técnica Pia terá que agir rápido para consertar esses pontos e evoluir o Brasil.

*Show à parte da criativa torcida brasileira, que na primeira rodada já havia se destacado com a brincadeira "cativaram é melhor que canguru" e, hoje, trouxe o "pão de queijo é melhor que croissant". Qual será o cartaz contra a Jamaica? 😅🤣

Conhece o time que ficou 108 jogos sem perder?

Não, não é mentira! Esse time ficou 108 jogos sem perder, sendo cinco anos sem experimentar o amargo gosto da derrota, entre 1989 e 1994.

Estamos falando do ASEC Mimosas, clube da Costa do Marfim e que tem um nome peculiar… 

“ASEC” significa “Academia Desportiva para Empregados Comerciais” - o que faz sentido com sua fundação, originada por um grupo de empresários comerciais em meados dos anos 1940. 

Já o Mimosas… Pouco é falado sobre o significado desse nome, mas, em algumas pesquisas, deu para achar um caminho: “mimosas” não teria qualquer ligação com as queridas vaquinhas, mas, sim, com plantas comuns no país africano e que estariam representadas no escudo do time (se alguém souber de outra versão, me manda via DM a fonte e eu atualizo o texto).

Apesar do nome incomum (ao menos para nós, brasileiros), o Mimosas é um time poderoso e tradicional, tendo revelado jogadores como Yaya Touré, Kolo Touré e Youssouf Fofana, e tem uma bela galeria de troféus: 

🏆1x Campeão da Liga dos Campeões da CAF

🏆1x Campeão da Supercopa Africana

🏆29x Campeão da Liga Nacional da Costa do Marfim

🏆21x Campeão da Copa da Costa do Marfim

🏆15x Campeão da Copa Houphouët-Boigny

Ah, no vídeo, um dos gols da vitória do Mimosas por 2x0 sobre o Gagnoa, pela liga nacional desse ano.

Conhece outros times com nomes curiosos? Manda nos comentários que eu faço um post com os nomes mais legais!

Corinthians vence o São Paulo, mantém invencibilidade em Itaquera e abre vantagem na Copa do Brasil

Corinthians e São Paulo abriram as semifinais da Copa do Brasil em uma partida com dois tempos completamente distintos em Itaquera.

Jogando em casa e com o apoio da sua torcida, com quase 47 mil torcedores nas arquibancadas, esperava-se um Corinthians agressivo, pressionando o São Paulo e visando manter a enorme vantagem que tem sobre o rival em mata-mata: em 23 disputas, o Corinthians avançou em 17.

Porém, o que se viu foi uma equipe inofensiva, sem criatividade e sentindo muita falta de Rojas.

Já o São Paulo, que nunca venceu na Neo Química Arena, ia cozinhando o jogo e esperando um contra-ataque para conquistar sua primeira vitória no estádio rival.

E a estratégia deu quase 100% certo: o São Paulo praticamente não tomou sustos nos 45 minutos iniciais (apenas assustou em um chute de Renato Augusto aos 32). Porém, não caprichou no ataque e também não exigiu nenhuma defesa de Cássio. 

Já na segunda etapa, pareciam outras duas equipes. Ambos buscando o ataque e logo os gols foram saindo.

Primeiro com Renato Augusto, em chute colocado da entrada da área. 

Pouco depois, foi a vez de Luciano (Lei do ex) acertar um chute de fora da área, a bola bateu na trave, rebateu nas pernas de Cássio e entrou.

E quando a partida caminhava para o final, a zaga do São Paulo bobeou, a bola sobrou nos pés de Renato Augusto, quase na pequena área, de frente para Rafael, e ele não perdoou: encheu o pé e marcou o segundo gol corintiano.

Com o 2x1, o alvinegro manteve a invencibilidade em casa diante do rival tricolor e saiu em vantagem nessa semifinal. Mas, não tem nada definido e o jogo da volta, no Morumbi, promete pegar fogo!

Brasil faz estreia perfeita na Copa do Mundo

A seleção brasileira feminina de futebol deu show em sua estreia na Copa do Mundo 2023.

Diante da estreante Panamá, o Brasil massacrou, fez 4x0 em ritmo de treino e escreveu uma linda história sob a batuta da jovem Ary Borges, que com apenas 23 anos, marcou três vezes, tornou-se a primeira brasileira a estrear em Copa marcando um hat-trick e ainda deu o passe para gol de Bia Zaneratto. 

A goleada ainda foi pequena, diante da superiodade brasileira, que finalizou mais de 30 vezes (contra apenas meia dúzia de finalizações panamenhas) e da desacelerada do Brasil no segundo tempo - o que diminuiu o ímpeto ofensivo e permitiu que o Panamá criasse suas melhores chances de gol.

Destaque para a força ofensiva brasileira, que jogou realmente como time, sem vaidade e focando no coletivo, buscando sempre a companheira melhor colocada. Ary, Debinha e Tamires jogaram muito e contaram com o apoio de Bia Zaneratto, Gabi Nunes e Geyse (essas duas entraram no segundo tempo) para encantar a torcida, que, claro, foi ao delírio quando viu Marta entrar nos minutos finais.

Como ponto de alerta, as falhas defensivas na segunda etapa, fruto de relaxamento e desatenção e que podem complicar partidas fáceis.

De qualquer modo, o futebol mostrado hoje coloca o Brasil em condições de fazer uma boa Copa. Se será o suficiente para vencer, veremos nas próximas semanas.

Foto: Twitter Sportv

A difícil rotina do Vasco

Pior ataque do Brasileirão: 11 gols feitos em 16 rodadas.

Quarta pior defesa do Brasileirão: 25 gols sofridos em 15 rodadas.

Nove pontos conquistados de 45 disputados.

Perdeu todos os jogos em São Januário e não marcou um gol sequer.

Venceu só uma partida como mandante, no Luso Brasileiro, e uma como visitante.

Dez derrotas em 15 jogos.

E quando jogava melhor diante do Athetico (PR) e criava (e desperdiçava) chances de abrir o placar, tomou um gol em contra-ataque. 

Foi o suficiente para desmontar toda a pressão vascaína. E nesse momento de fragilidade, o clube paranaense aproveitou para ampliar o marcador, de pênalti. 

Não houve forças para o cruz-maltino reagir. De nada adiantou o futebol razoável apresentado nos 70 minutos. 

Nada mesmo?

Talvez, tenha ficado um fio de esperança aos vascaínos ao verem sua equipe dominar um dos times mais fortes da América do Sul nos últimos anos. A vitória pode não ter vindo, mas, ao menos, na maior parte do jogo, o Vasco mostrou que pode evoluir. Missão difícil, mas, talvez, ainda possível.

São Paulo humilha o Santos e coroa semana perfeita

Morumbi lotado.

Clima de festa.

Dia de clássico.

E, em campo, o São Paulo fez uma partida perfeita, goleou o Santos por 4x1 e coroou uma semana dos sonhos para os são-paulinos, que vence no Brasileirão logo após eliminar o Palmeiras na Copa do Brasil.

Michel Araújo e Calleri pareciam dois adultos jogando contra juvenis, diante da péssima escalação santista, que entrou com dois volantes sem poder de marcação, um lateral esquerdo sem ritmo e entrosamento e um ponta esquerda que não recompõe. E o São Paulo soube explorar muito bem isso. Usou e abusou das jogadas pelo seu lado direito, marcou quatro vezes, acertou a trave em mais duas oportunidades e poderia ter feito mais se não tivesse diminuído o ritmo no segundo tempo.

É animadora a perspectiva são-paulina para o time bem organizado por Dorival, com desempenho em alto nível de Michel Araújo e Arboleda e da eficiente de Calleri. 

Já o Santos, parece estar sem rivais. Está prestes a completar um ano sem vencer clássicos e perdeu 13 dos últimos 20 jogos contra São Paulo, Palmeiras e Corinthians. A gestão de Rueda pode ser boa financeiramente, mas futebolisticamente é pífia e protagoniza as piores marcas santistas da história. E até o final do ano, tem potencial para fazer um estrago ainda maior.

É preocupante a perspectiva santista, principalmente se insistir em jogar no 433 com dois volantes que não marcam (pode escolher entre Dodi, Sandry e Camacho, que são bons segundos volantes, mas não rendem como primeiro volante) e um ponta - Mendoza - que não marca e não ajuda na recomposição (ele joga bem mais centralizado e sem responsabilidade de marcar).

Memórias do clássico Santos x São Paulo

São Paulo e Santos se enfrentam no Morumbi em mais um clássico da 15ª rodada do Brasileirão. 

Esse duelo me traz 3 recordações positivas e 3 não tão boas. Quais lembranças o clássico San-São te traz?

Top3 positivas:

1) Duelo no mata-mata do Brasileirão 2002, eliminando o time de Rogério Ceni, Kaká e Luis Fabiano;

2) Jogo pelo Paulistão, em 2010, na Arena Barueri, com gol de letra de Robinho e de pênalti, com paradinha, de Neymar.

3) Duplo 3x1 pela Copa do Brasil de 2015 (Ricardo Oliveira marcou 2x no primeiro jogo e uma vez no segundo).

Top3 Negativas

1) 3x0 pro São Paulo em plena Vila Belmiro, no Paulistão 2022.

2) Outra goleada no Paulista, dessa vez, 4x0 em 2021, no Morumbi.

3) Final do Paulistão de 2000: Santos perdeu a decisão numa disputa tensa e emocionante, mas que deu Tricolor...

La mano de Cássio: el Dios de Corinthians

Cássio Roberto Ramos. Ou, apenas Cássio. Para muitos, apenas um nome. Para o Corinthians, O NOME.

Mais uma vez, o goleiro corintiano foi o nome de uma sofrida classificação alvinegra, agora diante do América Mineiro, nas penalidades das quartas-de-final da Copa do Brasil.

O Corinthians fez uma boa partida, criou e desperdiçou muitas chances de gol, mas marcou três vezes. Não foi suficiente para avançar direto, pois tomou dois do América e como havia perdido o primeiro duelo por 1x0, o 3x2 apenas igualou o agregado.

E nos pênaltis, quem tem Cássio, tem tudo. É absurdo como o goleiro do Corinthians cresce em disputas de pênalti e em momentos decisivos (Diego Souza que o diga). Segundo o jornalista Rodrigo Vessoni, já são 31 penalidades defendidas pelo goleiro.

Classificação que garante um baita clássico nas semifinais da CB: São Paulo X Corinthians.

Aos são-paulinos, já fica o recado: é melhor resolver a disputa nos 180 minutos, pois se for para as penalidades, La Mano de Cassio estará lá. Vai arriscar?

Foto: Rodrigo Coca (Agência Corinthians) 

São Paulo domina Palmeiras e avança com folga às semifinais da Copa do Brasil

Em cerca de 180 minutos das quartas de final da Copa do Brasil, considerando partidas de ida e volta, o São Paulo foi superior ao Palmeiras em pelo menos 140. Teve 20 minutos no Morumbi + 20 no Allianz em que o alviverde parecia que conseguiria se impor. Mas, ficou só no "parecia".

Pedra no sapato palmeirense quando o assunto é "mata-mata", o Tricolor foi soberano mais uma vez, ganhando os dois jogos - 1x0 no Morumbi e 2x1 no Allianz. Essa foi a 16ª classificação Tricolor em cima do rival, que passou pelo time do Morumbi em apenas cinco mata-matas.

Dorival Jr. conseguiu armar muito bem o São Paulo, travando as laterais do campo e evitando que Dudu e Endrick pudessem explorar as pontas para criar as jogadas. Com o meio-campo congestionado, o São Paulo se deu melhor, principalmente, por conta de Caio Paulista. Além de auxiliar na proteção à defesa são-paulina, foi um elemento surpresa no ataque diversas vezes, quebrando o sistema de marcação palmeirense. 

Do lado alviverde, Zé Rafael e Raphael Veiga tiveram atuações bem abaixo da média e não conseguiram nem atacar bem, nem compor o sistema defensivo. Abel Ferreira acabou vítima de seu meio-campo dominado e ainda "facilitou" o trabalho rival ao deixar Menino na reserva na partida decisiva - ele tem jogado muito bem, dando boa dinâmica ofensiva ao time e se movimentando bastante em campo. Rios, que não fez uma partida ruim, acabou apenas "mediano", foi o famoso "não fede nem cheira".

A eliminação palmeirense não é o fim do mundo, como parecia diante dos protestos exagerados da torcida, que cobrou reforços e cantou "Vergonha" ao final do jogo. Perder para um rival, como foi nesta disputa, não é vexame. E a temporada do Palmeiras é excelente: campeão Paulista e da Supercopa, em 5° no Brasileirão (dois pontos a menos que o vice-líder) e tendo avançado na Libertadores com a melhor campanha. É ter calma para trazer reforços pontuais e seguir em busca do tetra continental e do título nacional - embora esteja a 12 pontos do líder Botafogo, ainda tem mais 24 rodadas pela frente. 

Já o São Paulo tem tudo para avançar às finais da Copa do Brasil, pois é favorito contra qualquer um dos dois possíveis adversários: América Mineiro, lanterna do Campeonato Brasileiro, e do rival Corinthians, que luta para não entrar na Zona de Rebaixamento - clássico é clássico e tudo pode acontecer, mas que o São Paulo é favorito pela fase do time, isso é inegável.

O que o Leicester 2016 e o Botafogo 2023 têm em comum?

Improvável, mas não impossível: o futebol é uma caixinha de surpresas e muitas das previsões vão por água abaixo quando a bola rola.

E o Botafogo, imparável no Brasileirão 2023, está surpreendendo a muitos que apontavam o alvinegro como candidato ao rebaixamento.

Em 2016, o Leicester escreveu uma história mágica na Premier League ao ser o improvável campeão inglês, num contexto similar ao que o Botafogo vive hoje:

1) Do fundo do poço ao êxtase: duas temporadas antes do título, o Leicester estava disputando a Segundona inglesa. Mas, já começava a organizar a espinha dorsal do elenco, com nomes como o goleiro Schmeichel, o polivalente Drinkwater e os atacantes Mahrez e Vardy (autor do golaço desse vídeo aqui). Ou seja, a base construída anteriormente, mesmo em divisão inferior, foi fundamental para sustentar o clube na épica campanha.

2) Equilíbrio tático: com o terceiro melhor ataque e a terceira defesa menos vazada, conseguiu pontuar bem e só perdeu três vezes na competição, sendo duas derrotas no primeiro turno (coincidência?).

3) Dinheiro? Eu quero é título: mesmo longe do poderio financeiro dos rivais, como Liverpool, Arsenal, Chelsea e a dupla de Manchester, o Leicester mostrou que dá pra formar um time competitivo gastando menos que os adversários (outra coincidência?).

Sonhar não custa nada, e o torcedor botafoguense tem motivos de sobra para acreditar no título desse ano. O Leicester já mostrou que sim, é possível!

Vitória desesperadora do Santos sobre o Goiás

Jogos que terminam com muitos gols normalmente refletem partidas boas, disputadas e intensas. 

Mas, o 4x3 do Santos sobre o Goiás, que está na zona de rebaixamento e entrou em campo com time misto, foi exatamente o contrário disso.

Em uma Vila Belmiro vazia, devido à punição por atos de vandalismo, o Santos conseguiu encerrar o jejum de 12 jogos sem vitória, mas deixou seus torcedores muito preocupados, ao invés de aliviados.

No primeiro tempo, o Peixe abriu 3x1 mais na sorte do que no juízo - o Goiás teve mais posse de bola e criou mais chances, porém, o Santos foi mais eficiente e contou com o talento de Marcos Leonardo, que fez dois gols e deu o passe para o terceiro, de Mendoza, para abrir boa vantagem.

Porém, em pênalti duvidoso e em situação totalmente inofensiva (o atacante do Goiás estava de costas para o gol e saindo da área quando teria sido tocado pelo defensor santista), a equipe do Centro-Oeste mostrou que poderia dificultar o duelo.

Na segunda etapa, o Santos de Paulo Turra não voltou dos vestuários. Se no primeiro tempo foi reativo, mas letal, na segunda etapa, abdicou de jogar e deu campo pata o Goiás. Pagou caro por isso, sofreu pressão e dois gols. O Esmeraldino foi pra cima, dominou o jogo, criou chances de virar, mas em outro pênalti duvidoso, dessa vez pro Santos, nos acréscimos, Mendoza marcou o segundo dele e acabou com o jejum santista de triunfos.

A vitória deveria dar alívio aos santistas, mas apenas gerou mais preocupações - mal escalado e com substituições questionáveis, o Santos não mostrou força, não mostrou futebol e não mostrou evolução. Tem uma série de jogos bem difíceis pela frente. E as expectativas criadas após essa sofrida vitória não são boas.

Foto: Redes Sociais do Santos FC.

Santos punido: culpa é de quem?

 O Santos foi punido pelo STJD com oito partidas como mandante jogando com portões fechados e a 150km da Vila Belmiro, devido aos incidentes ocorridos no clássico contra o Corinthians. E muito tem se falado que a culpa é dos torcedores. Será?

A punição é justa, por um lado, afinal, o clube já é reincidente em atos de vandalismo provocados por sua "torcida" em seu estádio. 

Mas, meus questionamentos vão além.

1) o que acontecerá com o Corinthians e o Neo Química Arena devido ao fato de Deyverson, do Cuiabá, ter sido atingido no pescoço por um cortador de unha arremessado por "torcedores" rivais?

2) o que acontecerá com o Vasco e o São Januário devido ao fato de "torcedores" terem arremessado sinalizadores no campo (como fez a torcida santista)?

3) o que acontecerá com os "torcedores" que invadiram um motel em São Paulo e agrediram e ameaçaram o jogador Luan, do Corinthians?

4) o que acontecerá com os "torcedores" são-paulinos que depredaram uma estação de Metrô em São Paulo e feriram um segurança do local, após o clássico entre São Paulo e Palmeiras?

Todos esses fatos são recentes, aconteceram há poucas semanas.

E se você colocar no Google "briga torcida" você encontrará matérias e imagens dos mais diversos tipos de vandalismo espalhados pelo país, desde as mais recentes até as mais antigas. E aí é que entra o meu principal questionamento: o que acontece com esses criminosos? Por que isso segue se repetindo continuamente? 

A resposta é desanimadora e explica por que repetidamente, ano após ano, em todo o Brasil, vemos notícias como essas, de "torcedores" vandalizando, ameaçando e agredindo: para a grande maioria desses criminosos, não acontece absolutamente nada. 

Vai ver quantos "torcedores" do Santos foram presos por agredirem os jogadores do Corinthians em 2022. 

Quantos "torcedores" do São Paulo foram presos por vandalizar o estádio de Mogi das Cruzes durante um jogo da Copa São Paulo, em 2016? 

Quantos "torcedores" do Corinthians foram presos por ameaçarem William e Cássio, no ano passado? 

Quantos "torcedores" do Palmeiras foram presos após o caos promovido na região do Allianz Parque após a derrota no Mundial.

Punir os clubes com partidas com portões fechados e multa é apenas enxugar gelo. A evolução no combate a esses atos criminosos só acontecerá quando os vândalos disfarçados de torcedores forem punidos, presos e responsabilizados por seus atos, algo que a Justiça parece não enxergar e que a Segurança Pública ainda é insuficiente em coibir.

São Paulo vence e convence. Palmeiras decepciona.

São Paulo e Palmeiras fizeram um bom duelo no primeiro jogo das quartas-de-final da Copa do Brasil. 

O Palmeiras começou se impondo, dominou os 20 primeiros minutos e até ameaçou a meta Tricolor. Mas, a partir daí, o São Paulo tomou conta do jogo, perdeu chances de gol em sequência, até finalmente conseguir vencer o goleiro Weverton, em chutaço de Raphinha que contou com desvio de Luan para entrar. 

Além do lateral são-paulino, vale destacar a atuação de Caio Paulista, um motorzinho tricolor nessa noite, e de toda a defesa do time do Morumbi, que esteve muito ligada durante toda a partida e conseguiu evitar uma pressão maior, principalmente no início do jogo. Calleri foi o ponto baixo: pouco apareceu e quando teve uma chance, desperdiçou. 

Já do lado palmeirense, Endrick criou boas chances e se destacou, mas Dudu esteve apagado e pouco produziu ofensivamente.

No final, o 1x0 foi justo pelo que ambos produziram, mas é pouco, muito pouco, para cravar o São Paulo na próxima fase (a final do Paulista de 2022 ainda assusta os são-paulinos e dá esperança aos palmeirenses).

No Allianz, o Palmeiras tem elenco e força para produzir muito mais do que no Morumbi. Resta saber como se comportará o Tricolor: vai conseguir segurar a vantagem e jogar como time grande que é ou repetirá a atuação pífia na decisão estadual de 2022?

Em tempo: menção honrosa ao Gandula que brilhou em campo no primeiro tempo .