O Esmeraldino jogou para não tomar gol. E, com méritos próprios e contando com a impotência ofensiva santista, ia conseguindo atingir o objetivo, até que tudo mudou aos 35 do segundo tempo, quando o goleiro Tadeu teve uma infelicidade e jogou contra a própria meta.
A partir daí, o jogo mudou (um pouco): o Goiás tentou forçar jogadas ofensivas e deu espaços para o Santos, que matou o jogo em contra-ataque puxado e finalizado com eficiência por Bigode.
Os 2x0 não podem mascarar as graves deficiências do Santos.
Defensivamente, sofre com infiltrações nos espaços entre a zaga, além de ter a cabeça de área totalmente descoberta - um erro absurdo crônico há pelo menos dois anos na defesa santista, mesmo mudando jogadores e técnicos.
No ataque, não há um pingo de criatividade. São mais e mais cruzamentos, na maioria das vezes, cortados sem dificuldades pela zaga adversária. Não há tabela, jogada ensaiada, infiltração e muito menos chutes de média e longa distância. Nada, absolutamente nada de força ofensiva para poder tentar quebrar qualquer defesa que se posiciona contra o Santos.
E essa falta de criatividade é reflexo do treinador santista. Fábio Carille montou uma equipe totalmente passiva, incapaz de mostrar poder de reação em campo quando sai atrás no placar, incapaz de criar jogadas ofensivas e o pior: o técnico não mostra repertório tático. Além do time sempre postado da mesma maneira, são SEMPRE as mesmas substituições: sai o lateral-direito e entra outro lateral-direito, sai um volante, entra outro volante, sai um ponta, entra outro ponta... Carille não muda do 433 de jeito algum, não importa o que esteja acontecendo em campo. E isso já está ficando fácil de ser anulado pelos adversários (vide quatro derrotas seguidas).
Até quando o time só vai treinar, mas não vai apresentar evoluções em campo?
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