Com as duas goleadas em solo brasileiro (primeiro em Pernambuco e depois na Bahia), o Brasil deixa boa expectativa no coração dos torcedores.
Com um time bastante modificado entre a primeira e a segunda partida, dando rodagem para as convocadas, o técnico Arthur Elias pode observar diferentes atletas e formações.
E alguns pontos se sobressaíram:
1) o ataque brasileiro produz muito (e isso é ótimo), mesmo em dias pouco inspirados, como foi nessa terça (não se iluda pelo placar). Porém, desperdiça muitas chances, seja pecando no último passe, seja pecando na finalização. Em jogos decisivos como Olimpíadas ou Copa do Mundo, isso pode custar caro.
2) o meio-campo tem muita mobilidade, mas também dá muitos espaços para os times adversários trabalharem a bola. Dá pra ser mais combativo na região intermediária.
3) a defesa ainda sofre alguns sustos, principalmente nas bolas aéreas (o ponto crítico que custou eliminações nos últimos anos). Mesmo com a mudança de comissão técnica, as jogadas pelas pontas da área ainda geram sufoco...
4) temos bons nomes para trabalhar além de Marta e Cristiane (vale sempre reforçar isso, pois nem todos acompanham o futebol feminino regularmente):
- Jheniffer, atacante do Corinthians, tem apenas 22 anos, mas mostrou técnica e oportunismo para balançar as redes duas vezes. Entrou no segundo tempo e foi o nome da partida!
- Byanca Brasil, estrela do Cruzeiro, tem 28 anos e mostrou estar em plena forma física e à vontade com a camisa da seleção.
- Duda Sampaio, outra jovem do elenco corintiano (tem 23 anos), teve boa atuação contra as jamaicanas e vai cavando cada vez mais um espaço no meio-campo da seleção.
- Gabi Portilho (outra atleta do Corinthians) foi muito acionada durante o jogo e fez boas jogadas, porém, pecou em algumas decisões. Tem 29 anos e talento para caprichar um pouco mais nas tomadas de decisão.
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