domingo, 26 de março de 2017

Majestoso no nome. Bipolar em campo.

São Paulo e Corinthians protagonizaram no Morumbi um clássico Majestoso dos mais bizarros.

O primeiro tempo foi muito ruim, com apenas um chute a gol, aos 30 minutos de jogo, protagonizado por Rodriguinho, do Corinthians. Foi o único lance a se destacar nos primeiros 45 minutos, que, basicamente, teve apenas troca de passes entre os defensores são-paulinos, de um lado para o outro, sem que sofressem qualquer pressão corintiana.

Já a segunda etapa foi digna dos melhores clássicos: muitas finalizações, boas chances de gol, os dois goleiros trabalhando, lances de habilidade, provocação e gols.

O são-paulino Maicon abriu o placar logo no comecinho da segunda etapa, de cabeça. E devolveu a provocação de Kazim, que chamou os tricolores de bambis, comemorando o gol como se fosse uma galinha, termo usado pelos adversários par provocarem os corintianos.

Pouco depois, a zaga do São Paulo conseguiu a façanha de deixar Jô sozinho dentro a área, entre os dois zagueiros. Ele completou de cabeça um passe perfeito de Guilherme Arana e empatou o jogo. Foi o terceiro gol dele em clássicos neste ano, tendo marcado contra os três rivais: Santos, Palmeiras e São Paulo.

A partir daí, vale destacar a figura do árbitro Vinicius Furlan. Perdido em campo, não expulsou Wellinton Nem devido a um carrinho por trás que matou um contra-ataque corintiano, não expulsou Pablo, que matou um contra-ataque são-paulino, olha que coincidência, com um carrinho por trás. E, no final da partida, expulsou Wellinton Nem em um lance extremamente comum de disputa de bola. Foi alvo de reclamações das duas equipes. E com razão...

Por fim, o empate não muda em nada a vida do Corinthians, mas pode complicar a classificação do São Paulo às quartas-de-final, caso o Red Bull Brasil vença o duelo que lhe falta para completar a 11ª rodada. Além disso, o Tricolor segue atrás da Linense e, se o campeonato acabasse hoje, teria que disputar o jogo decisivo fora de casa.

Destaques

São Paulo - Thiago Mendes foi o motorzinho do time, marcando e organizando as jogadas ofensivas. E, enquanto teve fôlego, Luis Araújo foi muito bem e infernizou a defesa corintiana. Ponto negativo: a zaga são-paulina voltou a comprometer o desempenho do time. Rogério Ceni já teve três meses para corrigir esse defeito, mas segue sem conseguir consertar o sistema defensivo.

Corinthians - Jô, decisivo, letal e comprometido com o time. É um oásis no ataque corintiano, muito mal municiado por Jadson, Rodriguinho, Pedrinho, Maycon... Ponto negativo: a inoperância ofensiva dos meio-campistas corintianos. Impressionante como ninguém consegue render nesse setor.

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