segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O divisor de águas

Fim de jogo na Vila Belmiro. Santos 2 x 3 Prudente.

O Santos abriu 2x0 no primeiro tempo, terminou a partida com dois jogadores a mais e Neymar desperdiçou um pênalti.

Ao final do jogo, de acordo com a reportagem da ESPN, o meia Marquinhos foi questionado por que o Santos perdeu. A resposta foi, segundo a emissora, "pergunte ao técnico".

Uma resposta que mostra duas coisas.

Primeiro mostra a covardia de um jogador que foi contratado para ser maestro da equipe, mas desde que vestiu a camisa santista pela primeira vez não justificou a contratação e sempre some das partidas.

A segunda constatação é que a resposta é correta.

Afinal, em time que está ganhando não se mexe, certo?

Portanto, o que justifica o retorno de Edu Dracena, Mádson e Marquinhos ao time titular? Afinal, sem eles o Santos venceu rivais diretos pelo título, jogou bem e falhou pouco.

Com eles, o Santos perde eficiência, falha muito, principalmente na defesa, diminui o ritmo dos ataques e não vence jogos.

Sem Edu Dracena, Durval não falha.

Sem Marquinhos, o Santos tem mais organização tática, ataca e defende melhor.

Sem Mádson o Santos cria mais chances de gol.

Além do que, o lateral-esquerdo Léo não passa por uma boa fase, enquanto o reserva imediato, Alex Sandro, apresentou um futebol de alto nível sempre que entrou.

Por que mexer no time que está ganhando?

Por que se comprometer com jogadores que não rendem, ao invés de dar oportunidades para quem jogou bem quando teve oportunidade?

O técnico que o Santos contratar tem que chegar e dar chances para quem joga bem.

Não dá para o Santos depender de jogadores que comprometem o desempenho do time.

Contra o Prudente, os dois primeiros gols sofridos pelo Santos foram de falhas dos dois laterais, que saíram tocando bizarramente e perderam a bola perto da área.

E na hora de bater um pênalti importante, como na final da Copa do Brasil, como no duelo contra o Prudente, que poderia determinar o início de uma reação na partida, quem chama a responsabilidade é Neymar.

Os veteranos se omitem e deixam o garoto com a "batata quente" na mão.

Se é para deixar Edu Dracena, Mádson, Marcel e Marquinhos no time, que então dê férias para o goleiro Rafael, para o lateral Alex Sandro, para os meias Arouca e Alan Patrick e para os atacantes Neymar e Zé Eduardo.

Afinal, todo o esforço deles é comprometido com erros desses veteranos, que deveriam equilibrar o time.

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