domingo, 28 de maio de 2017

Como era o mundo desde a última vitória do Cagliari sobre o Milan, em 1998

O Cagliari venceu o Milan nesse domingo (28) por 2x1 e encerrou um jejum de 18 anos sem vencer o adversário. Na última vez que havia triunfado sobre a equipe de Milão, em 18/10/1998, o mundo ainda era assim:

- A seleção brasileira era tetracampeã mundial e vinha de uma dolorosa derrota na final da Copa do Mundo da França;

- Os 10 melhores jogadores do mundo naquele ano foram:

1) Zidane
2) Ronaldo
3) Davon Suker
4) Michael Owen
5) Gabriel Batistuta
6) Rivaldo
7) Bergkamp
8) Edgar Davids
9) Desailly
10) Thuram

- O Vasco foi campeão da Libertadores de 1998 jogando com essa escalação: Carlos Germano; Vágner, Odvan, Mauro Galvão e Luizinho; Felipe, Nasa (Vítor), Juninho (Alex) e Pedrinho (Válber); Luizão e Donizete - Técnico Antônio Lopes.

- O Corinthians foi campeão brasileiro de 1998 com essa escalação: Nei; Índio, Batata (Cris), Gamarra e Silvinho; Rincón, Vampeta, Marcelinho Carioca e Ricardinho (Amaral); Edílson e Mirandinha (Didi) - Técnico Vanderlei Luxemburgo.

- Ronaldinho Gaúcho começava a aparecer jogando pelo Grêmio;

- Lionel Messi tinha apenas 11 anos de idade e jogava na categoria de base do Newell's Old Boys (ARG);

- Cristiano Ronaldo tinha 13 anos e jogava na categoria de base do Sporting (POR);

- Neymar tinha apenas seis anos de idade;

- O presidente do Brasil era Fernando Henrique Cardoso;

- O presidente dos Estados Unidos era Bill Clinton;

- Nascia uma empresa privada chamada Google.

Cagliari encerra jejum de 18 anos sem vitórias sobre o Milan

A última rodada do Campeonato Italiano 2016/17 terá um gostinho especial para os torcedores do Cagliari. Com a vitória por 2x1 sobre o Milan, nesse domingo (28), o Cagliari encerra um jejum de 18 anos sem vencer o poderoso time de Milão. A última vitória havia sido em 18/10/1998 - de lá para cá, foram 20 vitórias do Milan e seis empates. Os gols que decretaram o término desse tabu foram de João Pedro e Pisacane - apadula descontou de pênalti para os visitantes.

O confronto começou com o Cagliari dominando o Milan e criando pelo menos três oportunidades de gol ao explorar os lançamentos nas costas da zaga milanesa. Pouco depois, aos 17 minutos, os anfitriões inauguraram o marcador com João Pedro, aproveitando lançamento de Borrielo entre os defensores do Milan.

O gol deu mais confiança à equipe da casa, que seguiu melhor até quase 30 minutos do primeiro tempo. Foi quando o atacante Suso, do Milan, e o lateral-esquerdo Murru, do Cagliari, saíram machucados, dando lugar, respectivamente, a Ocampos e Miangue. Até então, Murru vinha anulando Suso. Mas o duelo naquele setor do campo, após as substituições, que até então era melhor para o anfitriã, mudou de lado e o Milan cresceu no jogo.

Na segunda etapa, o clube de Milão voltou ainda melhor e começou a ameaçar o gol de Crosta. Tanto ameaçou, que conseguiu uma penalidade, desperdiçada por Bacca. Pouco depois, novo pênalti para o Milan, dessa vez convertido por Lapadula. Quando parecia ser questão de tempo uma virada no placar, o zagueiro Paletta foi expulso e deixou o Milan com 10. O Cagliari voltou a dominar o confronto e chegou ao segundo gol após Pisacane aproveitar rebote do ótimo Donnarumma. O gol, aos 46 do segundo tempo, inviabilizou qualquer reação milanesa.

A competição termina com o Cagliari no meio da tabela, deixando claro que a equipe precisa de muitos reforços se quiser uma próxima temporada mais promissora, e com o Milan ciente de que seu elenco é muito limitado - precisa de jogadores com mai qualidade se desejar buscar o título da Liga Europa ou ao menos uma posição melhor do que o sexto lugar na tabela novamente no Italiano.

Destaques

Cagliari: o meio-campista João Pedro foi o motorzinho do time, autor do primeiro gol e responsável pela cobrança de falta que originou o rebote do segundo gol. Como ponto negativo, a falta de opções para o técnico Massimo Rastelli buscar alternativas para mudar o jogo.

Milan: apesar de ter apenas 18 anos, Donnarumma é incontestável como titular no gol rossonero: ágil e seguro, apenas precisa melhorar a saída de gol em bolas levantadas na área. Como ponto negativo, o meio-de-campo ineficiente: não marca e nem ataca.

domingo, 21 de maio de 2017

Real Madrid: 33 vezes campeão espanhol

Só uma combinação de resultados evitaria que o Real Madrid comemorasse seu 33º título espanhol nesse domingo (21): ele deveria perder para o Málaga, apenas 11º colocado no Campeonato Espanhol e sem ambições na última rodada do torneio, e o Barcelona precisara vencer o Eibar, jogando diante de sua torcida no Camp Nou.

O Barça até fez a parte dele e triunfou por 4x2, mas o Real não quis "dar sorte ao azar": derrotou o Málaga por 2x0, gols de Cristiano Ronaldo, aos dois minutos de jogo, e Benzema, aos 10 do segundo tempo, e garantiu mais um título nacional.

O confronto foi bem aberto, com as duas equipes criando boas oportunidades de gol, mas apenas quando conseguiam vencer a forte marcação estabelecida pelos dois clubes. Quando isso aconteceu, na maioria das vezes, os goleiros Navas e Kameni apareceram muito bem e evitaram que mais gols acontecessem nesse duelo.

No final, a superioridade do time de Cristiano Ronaldo, Benzema, Casemiro, Marcelo Ramos e Sérgio Ramos prevaleceu e garantiu o primeiro título da Liga Espanhola a Zinedine Zidane atuando como treinador. Esse, alías, é mais uma taça para a já rica galeria do técnico merengue, campeão da última edição da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes e da Supercopa da Uefa.

Destaques

Málaga: Kameni foi brilhante na partida e fez pelo menos três grandes defesas Foi o principal jogador do duelo. Como ponto negativo, a falta de mira dos jogadores do Málaga, que acertaram no gol apenas seis das 22 finalizações.

Real Madrid: Zidane tem estrela e conseguiu equilibrar o Real Madrid. É "o cara" dessa equipe que atua de maneira envolvente, rápida e eficiente. Como ponto fraco, a atuação discreta de Toni Kroos.

Após três temporadas, Liverpool volta à Liga dos Campeões

Cinco vezes campeão continental, o Liverpool volta à disputar a Liga dos Campeões depois de três anos longe do principal e mais badalado torneio de clubes do mundo. A vitória por 3x0 sobre o Middlesbrough nesse domingo (21) garantiu a vaga ao time de Jurgen Klopp. 

O confronto, que encerrou a Premier League 2016-2017, foi um verdadeiro massacre desde o primeiro minuto, no Anfield. Liderado por um inspirado Phelippe Coutinho, o Liverpool infernizou a zaga do Boro e bombardeou o goleiro Guzan. De tanto insistir, o clube anfitrião conseguiu abrir o placar aos 46 minutos do primeiro tempo: Firmino achou Wijnaldum livre dentro da área e o holandês soltou um verdadeiro chutaço para colocar o time da casa em vantagem.

Mal começou a segunda etapa e, de falta, Coutinho ampliou. Na sequência, Lallana recebeu passe açucarado de Wijnaldum e marcou o terceiro. Era a tranquilidade que o Liverpool precisava para trocar passes sem pressa, mas mantendo a objetividade. Resultado: o placar não foi alterado, mas os números comprovam a supremacia dos anfitriões sobre os rebaixados visitantes - foram 25 finalizações contra apenas nove do Middlesbrough, e 73% de posse de bola contra 27 do adversário.

Os três pontos que colocaram o Liverpool de volta à Liga dos Campeões sacramentaram a ausência do Arsenal nesse torneio após quase 20 participações consecutivas - os Gunners, estacionados na quinta colocação, disputarão a Liga Europa. 

Mas, se quiser que o Liverpool vá longe na próxima temporada, os dirigentes deverão reforçar bem a equipe e Jurgen Klopp, além de fazer a  manutenção de peças fundamentais como Phelippe Coutinho, Emre Can e Lallana.

Já o Middlesbrough, terá que passar por uma profunda reformulação, já que o elenco é muito fraco e sofrerá mesmo na Segunda Divisão.

Destaques

Liverpool: Phelippe Coutinho foi o dono da partida, com muita movimentação, objetividade, jogadas habilidosas e um gol. Como ponto negativo, a atuação apagadíssima do atacante Sturridge, que, nas poucas vezes que apareceu, errou tudo o que tentou.

Middlesbrough: o goleiro Guzan sofreu para evitar uma goleada ainda pior. E o lateral Friend foi uma das poucas válvulas de escape do Boro nesse confronto. Como ponto negativo, a falta de criatividade e objetividade do meio-de-campo, totalmente dominado pelos adversários e impotente para segurar os ataques do Liverpool.

domingo, 14 de maio de 2017

Fluminense estreia no Brasileirão com vitória sobre o Santos

O estádio do Maracanã foi palco de um jogo bem agradável entre Fluminense e Santos, na manhã desse domingo (14).

O primeiro tempo começou com o Fluminense prensando o Santos na defesa e, logo aos quatro minutos, Henrique Dourado escorou cruzamento para abrir o placar. 

O gol acordou o time paulista, que até então só se defendia. O jogo ficou franco, com as duas equipes buscando o gol e criando boas oportunidades de colocar a bola na rede. Mas, foi só no final da primeira etapa que saiu mais um gol, dessa vez santista: Bruno Henrique cruzou e Victor Ferraz, como elemento surpresa, entrou na área, cabeceou livre de marcação e empatou.

O segundo tempo começou com o mesmo ritmo e não demorou muito para sair o terceiro gol do confronto: Henrique Dourado foi derrubado na área por Jean Mota e ele próprio converteu a penalidade, fazendo 2x1 para o Flu.

O Santos se abriu em busca do novo empate e acabou pagando por isso: Wendel fez boa jogada pela esquerda, tocou para Sornoza e ele chutou colocado para anotar o terceiro gol tricolor.

O time santista ainda tentou diminuir o prejuízo e acertou a trave duas vezes em sequência, com Ricardo Oliveira e Bruno Henrique. De tanto insistir, o clube praiano chegou ao segundo gol com Vladimir Hernandez, aproveitando rebote em finalização de Bruno Henrique.

Entretanto, já era tarde para buscar o empate novamente. Pena que apenas 11 mil pessoas foram ao estádio assistir a um belo jogo.

Destaques

Fluminense: Henrique Dourado marcou duas vezes e sofreu uma penalidade. Fez jus à camisa nove. Como ponto negativo, a partida apagadíssima de Richarlisson.

Santos: Bruno Henrique foi a válvula de escape para o Santos agredir o Fluminense e melhor jogador santista em campo. Como ponto negativo, as constantes falhas defensivas que fazem da defesa praiana um queijo suíço: cheia de buracos.

sábado, 13 de maio de 2017

Corinthians e Chapecoense empatam em jogo com poucas emoções

A estreia de Corinthians e Chapecoense no Campeonato Brasileiro nesse sábado (13), na Arena Itaquera, terminou em empate por 1x1, em uma partida com poucas emoções e baixa qualidade técnica.

Jô abriu o placar no primeiro tempo com um belo toque sobre o goleiro Jandrei, premiando a eficiência corintiana: foram três finalizações, todas a gol, contra nove da Chapecoense, sendo apenas uma com direção certa. Apesar dos 12 arremates, poucas chances claras de gol.

Na segunda etapa, o ritmo diminuiu, assim como a qualidade do duelo. Com muitos passes errados e chutões de ambos os times, os 45 minutos finais foram sofríveis, com pouquíssimas jogadas ofensivas.

Pior para o Corinthians, que viu Wellington Paulista empatar o confronto e dar números finais à partida.

O 1x1 é pior para o clube paulista, que estreia em casa e deixa escapar dois pontos diante de sua torcida. À Chape, um resultado a comemorar, já que pontua fora de casa, mesmo jogando mal.

Destaques

Corinthians: Jô, mais uma vez, balançou as redes e fez o que se espera dele. Como ponto negativo, a partida fraquíssima de Jadson e Rodriguinho. Nem pareciam os mesmos jogadores dos jogos contra Ponte e Universidad de Chile.

Chapecoense: Wellington Paulista jogou mal, mas aproveitou a única oportunidade que teve, mostrando faro de gol. Como ponto negativo, a pouca inspiração de seus meio-campistas.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Corinthians avança com folga na Sulamericana

Campeão paulista e cada vez mais encorpado e confiante, o Corinthians derrotou a Universidad de Chile por 2x1, em duelo realizado em Santiago (CHI), nessa quarta-feira (10), e carimbou o passaporte para a próxima fase da Copa Sulamericana. Com o resultado, o placar agregado ao da primeira partida reflete a superioridade corintiana: 4x1.

Diferentemente do que aconteceu em Itaquera, no Chile o Corinthians mandou no jogo durante os 90 minutos. A vantagem por 2x0 conquistada no final da partida em São Paulo deu a tranquilidade que a equipe do técnico Fabio Carille queria para o duelo da volta.

Jogando bem postado defensivamente, com duas linhas de quatro e dois jogadores flutuando entre elas para auxiliar na marcação, o alvinegro pouco sofreu. E quando o ferrolho corintiano, com os 11 jogadores posicionados atrás da linha de meio-de-campo, foi superado, a Universidad criou boas chances, mas parou nas mãos de Cássio.

Eficiente, o clube paulista criou menos oportunidades, mas aproveitou melhor. Em uma delas, Rodriguinho avançou pela esquerda, driblou dois jogadores e bateu cruzado para abrir o placar aos 37 minutos da primeira etapa.

Em desvantagem, a La U precisou se abrir para atacar e os 45 minutos finais foram bem divertidos para quem não torce para nenhuma das equipes, pois era ataque contra ataque. E novamente o Corinthians foi mais eficiente, ampliando o marcador aos 11 minutos do segundo tempo com Jadson, após passe açucarado de Jô. Com o 2x0, apenas se sofresse cinco gols o alvinegro seria eliminado.

A tranquilidade com a vantagem construída acabou afetando a zaga corintiana, que acabou bobeando e deixando Mora livre para escorar de cabeça um cruzamento milimétrico de Beausejour. Entretanto, o recado foi entendido e, com a atenção redobrada, a La U pouco criou depois disso. E quando se aventurava no ataque, logo sofria com contra-ataques perigosíssimos do Corinthians, sempre puxados por Rodriguinho, Jadson ou Jô.

Nos minutos finais, Reyes e Jara perderam o controle emocional e foram expulsos por agressão, facilitando a vida do clube brasileiro até o apito final que colocou o alvinegro na próxima fase. Agora, o Corinthians aguarda o sorteio para descobrir seu próximo adversário.

Destaques:

Universidad de Chile: o atacante Mora infernizou a zaga corintiana: correu, driblou, finalizou e, de tanto insistir, marcou um gol. Se tivesse mais qualidade, poderia ter aproveitado melhor o alto número de finalizações. Como ponto negativo, o descontrole de parte da equipe no final do jogo, agredindo os corintianos.

Corinthians: o quarteto Cássio, Rodriguinho, Jadson e Jô tomou conta do jogo. Cássio fechou o gol e fez pelo menos três grandes defesas. Rodriguinho marcou um gol, participou de outro, provocou os rivais e causou uma expulsão... Jadson marcou gol, acertou a trave e foi o camisa 10 esperado pelos corintianos. E Jô, com uma assistência e muita movimentação, foi solidário para a equipe e fundamental para abrir espaços na defesa chilena.

domingo, 7 de maio de 2017

Milan é goleado pela Roma em tarde infeliz para o Rossonero no San Siro

O Milan jogou diante de sua própria torcida nesse domingo (7), no San Siro, mas acabou dando vexame ao ser goleado pela Roma por 4x1, em duelo válido pela 35ª rodada do Campeonato Italiano. Com o triunfo, a Roma chega a 78 pontos e se mantém no segundo lugar, com sete a menos que a líder Juventus. Já o Milan estaciona na sexta colocação com 59 pontos, fora da zona de classificação para as competições internacionais.

Desde o primeiro minuto, a Roma dominou o adversário com uma verdadeira soberania meio-campista. O 4-2-3-1 romanista engoliu o 4-3-3 milanista e o primeiro gol saiu logo aos sete minutos. Aliás, um golaço! Džeko tabelou com Salah e chutou "na gaveta" para fazer 1x0 para a Roma. Minutos depois Perotti acertou a trave, mandando um recado aos torcedores: o segundo tento estava no forno. E ele veio aos 27, quando Džeko ampliou o placar ao receber passe de Paredes. E por pouco não saiu o terceiro, quando Nainggolan acertou a trave do Milan.

Na segunda etapa, a Roma mudou de postura e, ao invés de prensar o Milan na defesa, postou-se atrás da linha de meio-de-campo e apenas aguardou o rival atacar, para então contra-atacar. Mas, sem criatividade, o Rossonero não incomodou os romanistas durante quase toda a primeira metade do segundo tempo. Desse modo, o jogo caiu muito de qualidade, com nenhuma chance de gol até os 30 minutos, quando Pašalić diminuiu para o Milan, de cabeça, em jogada ensaiada.

A alegria dos anfitriões durou pouco, pois dois minutos depois El Shaarawy anotou o terceiro gol dos visitantes, concluindo bela triangulação com Džeko. Aos 41, Salah sofreu pênalti e De Rossi converteu, dando números finais ao confronto: 4x1.

Essa foi a terceira derrota seguida do Milan para a Roma, sendo que no últimos 11 jogos entre os dois, foram cinco vitórias romanistas, quatro empates e somente duas vitórias do clube de Milão.

A Roma segue sua vida de coadjuvante de luxo da Juventus no Campeonato Italiano, enquanto que o Milan segue em péssima fase, mantendo-se somente no meio da tabela pomais uma temporada e, novamente, fora das competições continentais.

Destaques

Milan: o goleiro Donnarumma sofreu para evitar o pior, enquanto que Suso e Deulofeu foram os únicos jogadores de linha lúcidos. O ponto negativo foi a covardia do técnico Vincenzo Montella, que não teve coragem de mudar o esquema de sua equipe, mesmo sendo dominada nos 90 minutos de confronto.

Roma: o trio composto por Džeko, Salah e Nainggolan foi letal! Os três infernizaram a defesa Rossonera e lideraram os romanistas em uma goleada inquestionável. Como ponto negativo, a insegurança do goleiro Szczęsny, que nas poucas vezes em que foi exigido "bateu roupa" ou saiu "caçando borboleta".

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Palmeiras pouco inspirado perde a invencibilidade na Libertadores

Faltou inspiração, criatividade e atitude para o Palmeiras no duelo contra o Jorge Wilstermann (BOL), nessa quarta-feira (3), na Bolívia, válido pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Muito longe de apresentar seu melhor futebol, o clube paulista acabou derrotado por 3x2, mas manteve-se na liderança o grupo 5 com 10 pontos, um a mais que os próprios bolivianos.

Apesar da rede ter balançado cinco vezes, a partida teve poucas chances de gol. As duas equipes privilegiaram a força ao invés da técnica e insistiram em inúmeros cruzamentos na área. Os poucos chutes realizados passaram longe das metas defendidas por Fernando Prass e Olivares.

Abusando as bolas levantadas na área, foi questão de tempo para que a rede balançasse em uma jogada assim. Após cobrança de falta aos 35 minutos de jogo, Paz abriu o placar para os bolivianos, aproveitando desatenção de Vitor Hugo. Pouco depois, o meio-de-campo inteiro do Palmeiras deixou Machado livre para avançar do círculo central até a entrada da área palmeirense. Com espaço, o boliviano teve tempo para pensar, posicionar o corpo e acertar um chutaço no ângulo para fazer 2x0.

Pouco antes do final do primeiro tempo, Guerra aproveitou confusão na área do Wilstermann para empurrar a bola pro fundo do gol e recolocar o Palmeiras no jogo.

Na segunda etapa, o clube brasileiro voltou mais "ligado" e esboçou uma pressão nos primeiros cinco minutos. Mas, a falta de criatividade impediu que o alviverde alcançasse o empate. E num contra-ataque, Jean falhou e deixou a bola passar por ele, Saucedo entrou na diagonal, roubou a pelota e foi derrubado na área por Fernando Prass. Pênalti batido e convertido por Cardozo. Parecia que era o "golpe final" na equipe paulista.

Porém, os palmeirenses ganharam um presente dos bolivianos, quando Cabezas cabeceou contra a própria meta e marcou gol contra, na marca dos 27 minutos. O Palmeiras tinha tempo de sobra para buscar o empate. A falta de atitude e inspiração, entretanto, travaram o Alviverde e não permitiram que o placar fosse alterado novamente.

A primeira derrota palmeirense nessa edição da Libertadores não foi suficiente para tirar a equipe da liderança e representa uma pequena e improvável ameça à classificação do time para o mata-mata. Para que isso aconteça, na última rodada, o Palmeiras tem que perder por dois gols de diferença para o Atlético Tucuman (ARG) em pleno Allianz Parque e, ainda, o Jorge Wilstermann deve pontuar contra o Peñarol, no Uruguai.

Combinação pouco provável, mas possível. Por isso, o técnico Eduardo Baptista deverá estudar bem o adversário argentino e, principalmente, corrigir as falhas apresentadas pela equipe nas últimas rodadas, quando saiu perdendo por 2x0 tanto na Bolívia, como no Uruguai.

Destaques

Jorge Wilstermann: equipe aplicada e obediente taticamente, mas muito limitada tecnicamente. É incompreensível que seja o segundo melhor ataque da Libertadores e há pouco o que se destacar nessa equipe. Com boa vontade, pode-se ressaltar a mobilidade do trio ofensivo composto por Rios, Cardozo e Bergese, que além de correr o campo inteiro, ajuda bastante na marcação e na recomposição quando a equipe está sem a posse de bola. Entretanto, o time inteiro não sabe se defender, é ingênuo e se posiciona mal.

Palmeiras: o zagueiro Mina foi, de longe, o destaque da equipe nesse jogo. Firme na defesa e sempre bem posicionado, virou até atacante no final da partida. É um jogador de muitos recursos e um dos pilares do time. O ponto negativo foi a pouquíssima criatividade palmeirense, incapaz de criar pelo menos 4 ou 5 chances de gols diante de uma equipe com um sistema defensivo tão frágil - não é à toa que o clube boliviano já sofreu oito gols. Acertar apenas um chute a gol durante 90 minutos é bem preocupante.

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