terça-feira, 2 de março de 2010

Os detalhes de um clássico polêmico

O duelo entre Santos e Corinthians desse domingo ainda não terminou. Em uma partida com todos os ingredientes para um jogo memorável, declarações de um lado e do outro surgem a todo o momento, prolonagando o já histórico clássico. Abaixo, segue uma lista de detalhes que estão dando o que falar, ou que passaram despercebidos:

* De acordo com o Jornal "O Diário de São Paulo", o zagueiro Chicão falou que com a bola rolando, Neymar não tentou nenhuma jogada de habilidade. Realmente não houve nenhuma tentativa de chapéu ou caneta, "apenas" uma finta de corpo que deixou o beque corinthiano a ver navios na lateral do campo, além de um belo gol e um passe para outro. O que Neymar fez com o zagueiro foi muito provocante e até certo ponto desnecessário. Mas é inegável a ousadia, a habilidade e a inteligência que o jogador tem para desequilibrar as partidas (e os rivais). Neymar, aparentemente, estava entalado com alguns times desde o ano passado, quando seu talento foi questionado após algumas fracas atuações. E, para enterrar de vez essas críticas, o garoto tem jogado muito e deixado sua marca em jogos contra os grandes rivais, afinal, quem não se lembra da "paradona" diante do mito Rogério Ceni? Agora, mais do que os gols e jogadas do clássico, o chapéu no capitão corinthiano foi o assunto que dominou os debates nesse começo de semana. O garoto só precisa ficar atento para não exagerar nas provocações e acabar expulso, pois o árbitro poderia entender, por exemplo, que o drible em Felipe após marcar novo impedimento poderia ser uma provocação igual ao chapéu. No meu entender, o segundo lance não foi provocativo, mas o árbitro poderia entender de um jeito diferente, aí viria o segundo amarelo e, com ele, a expulsão. Olho aberto!

* Chicão falou que Neymar é pipoqueiro, pois não tem títulos, somente um vice-campeonato paulista, perdido para o próprio Corinthians em 2009. Na opinião do zagueiro, para ser um grande jogador é necessário ganhar títulos. Bom, então o atacante William, ex-Avaí e Santos, é um cracaço, pois é bicampeão brasileiro pelo time paulista e campeão catarinense, títulos mais importantes do que os conquistados pelo capitão corinthiano (Brasileirão série B, o Paulista e Copa do Brasil). E olha que William é mais novo que o zagueiro. E vale lembrar, Neymar tem apenas 18 anos... E Chicão, com 28, foi ganhar o primeiro título em 2006...

* O atacante Dentinho reclamou que os rivais santistas começaram a fazer gracinhas após adquirir vantagem no placar e de jogadores em campo e afirmou que isso pode ter volta. Verdade, Mádson exagerou em uma jogada no meio-de-campo, quando estava sozinho e passou o pé sobre a bola. Mas será que o atacante corinthiano esqueceu a cotovelada dele que tirou Pará do jogo?  Isso é melhor não ter volta né? Além do que, o jovem tem mais futuro se jogar mais e reclamar menos, pois já mostrou que tem talento com a bola nos pés. Isso basta para decidir um jogo.

* Outro detalhe que poderia ter mudado a partida: ainda no primeiro tempo, o zagueiro William deu um puxão em André, na entrada da área, quando o atacante partia sozinho para o gol. Mas o árbitro nem marcou falta, num lance que poderia render uma expulsão, pois o beque era o último homem da defesa e em nenhum momento visou atingir a bola.

* Mais um lance que poderia ter alterado o resultado final: no primeiro lance em campo, Germano atropelou Dentinho dentro da área, mas o juíz não viu e deixou de assinalar uma penalidade. Se marcasse o pênalti, a vitória poderia ter escapado. E o Santos ainda paga os salários desse volante que não perde a viagem e não acresce nada ao time.

* Outro lance polêmico foi a paulistinha de Paulo Henrique em Ronaldo. Aparentemente, foi uma entrada acidental, mas uma rádio divulgou um áudio com PH falando que foi dar um empurrãozinho no atacante corinthiano para mostrar que ele não estava no Pacaembu. Uma agressão que, se confirmada, é desnecessária e passível de punição, apesar das imagens convencerem a quase todos que foi um apenas um acidente.

* Objetos arremessados em campo precisam ser bem analisados. No primeiro tempo, um objeto que parecia uma baqueta foi entregue pelo goleiro corinthiano Felipe à arbitragem. Pouco depois, ao comemorar o gol, Neymar e cia foram recebidos com alguns tênis jogados da arquibancada. É necessário investigar de onde vieram os objetos e punir o time responsável pela torcida agressora.

* O técnico Mano Menezes reclamou que a arbitragem está protegendo os habilidosos jogadores santistas. O tom da reclamação parece mais uma crise de ciúmes e de amnésia (veja só esse texto do Vitor Birner). Mano, falta é falta, seja ela "uma faltinha", uma falta, ou "uma faltona", e tem que ser marcada.

Um comentário:

  1. Texto parcial rs (assim que é), mas tá coerente. E quer saber? Clássico bom é polêmico.

    Abrazz

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