É inacreditável acompanhar o que acontece com os grandes times argentinos.
Quem não está muito atualizado até acha que é mentira quando vê na ponta da tabela do campeonato argentino times como Godoy Cruz, Argentinos, Banfield, Lanús e Tigre.
E não acredita quando ouve que entre os cinco últimos colocados estão Rosário Central, River Plate, San Lorenzo e Boca Juniors.
Por enquanto, salvam a reputação dos gigantes apenas Vélez, Estudiantes e Independiente.
É incrível ver onde foram parar os gigantes argentinos.
É sempre legal ver times pequenos crescendo, conquistando títulos, apresentando alternativas e deixando um torneio mais competitivo, mas o que se vê na Argentina é muito estranho.
No Brasil, grandes times foram rebaixados, se reestruturaram e voltaram para a elite com times fortes.
Será que os grandes argentinos terão que passar pelo mesmo processo? Vão ter que colocar uma mancha na história para poder voltar às glórias?
E o que mais me chama a atenção é que todos passam por essa fase ruim na mesma época.
No Brasil, Palmeiras e Botafogo foram os pioneiros a desbravar a Segundona a partir dos anos 2000 e logo depois se recuperaram do tombo. Depois, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, Corinthians e Vasco seguiram o mesmo caminho. O Fluminense, na década de 90, chegou a cair para a terceirona.
Porém, nem todos os tradicionais times brasileiros conseguiram retomar a antiga força.
O Bahia não aparece na elite há alguns anos.
O Santa Cruz chegou ao fundo do poço e hoje disputa a quarta divisão.
O Guarani também experimentou o gosto amargo da terceira divisão e depois de muitos anos volta a figurar entre as principais equipes nacionais.
A Portuguesa fica na gangorra: é rebaixada, volta para a elite, cai de novo, e vai seguindo nessa rotina...
O Paysandu, que há sete anos venceu o Boca na Bombonera pela fase de mata-mata da Libertadores, não disputa nem mais a segunda divisão nacional.
Exemplos bem sucedidos de times que caíram e ressurgiram não faltam. Mas exemplos de clubes que se afundaram e ainda não conseguiram honrar as tradições também aparecem aos montes.
O negócio é mudar logo a administração, mudar o pensamento, reciclar a gestão, pois do jeito que está, logo nós, brasileiros, nem vamos mais comemorar as vitórias sobre os tradicionais rivais argentinos.
PS: não tenho nada contra os "pequenos", pelo contrário, acho sensacional quando temos "zebras" e vejo times com pouca tradição atormentando os grandes. Mas chama muito a atenção quando um campeonato tem muitos times "pequenos" (sem títulos importantes nacionais ou internacionais) na ponta de cima e grandes na ponta de baixo.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
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