O início da tarde desse domingo (4) parecia promissor ao torcedor são-paulino. Afinal, com 15 minutos de jogo no estádio Moisés Lucarelli, o São Paulo jogava como se estivesse no Morumbi e dominava completamente uma desorientada Ponte Preta. Criava e desperdiçava chances atrás de chances, principalmente nas conclusões de Cícero. O gol parecia questão de tempo.
Mas só parecia mesmo, pois o tempo revelou um São Paulo instável e frágil. Pouco a pouco, a Ponte se organizou para evitar que o Tricolor chegasse ao seu gol com tanta facilidade. Com o sistema defensivo replanejado, as chances de gol são-paulinas desapareceram. E como a Ponte pouco criava no ataque, a partida ficou sonolenta, apenas recheada de disputa de bola no embolado meio-de-campo.
Na segunda etapa, porém, o técnico pontepretano Gilson Kleina deu um "nó tático" em Rogério Ceni: ao colocar o atacante Emerson Sheik em campo no lugar do lateral Jefferson, desmontou o sistema de marcação são-paulino.
E o resultado apareceu rápido, mais precisamente aos cinco minutos da etapa complementar. Emerson puxou contra-ataque e correu para a área, atraindo a atenção da zaga tricolor, que deixou Lucca livre na ponta-esquerda. O atacante recebeu passe de cabeça de Léo Arthur e, sozinho, bateu no canto oposto de Rena Ribeiro para marcar o únivo gol da partida.
O que se viu a seguir foi um show à parte de Sheik. Inspirado, puxou contra-ataques e desestabilizou emocionalmente a zaga são-paulina, a ponto de Rodrigo Caio acertar um chute, em lance sem bola, nas pernas do ex-jogador do Corinthians.
No final do duelo, o clima esquentou entre o beque do São Paulo e o estreante atacante pontepretano. Mas, o árbitro Rdolpho Toski Marques "amarelou" e só deu cartão amarelo para ambos. Apesar disso, não houve mais confusões na partida e o apito final consagrou a estreia de Sheik pela Ponte. Foi o principal nome do jogo e responsável direto pela vitória que deixa a Ponte em quinto lugar com sete pontos. Já o time do Morumbi é o nono com seis pontos.
Destaques
Ponte Preta: Emerson Sheik foi o nome do jogo - entrou no intervalo, desmontou o sistema defensivo do São Paulo, iniciou a jogada que terminou no único gol do duelo e desestabilizou emocionalmente os adversários. Como ponto negativo, a falta de criatividade do meio-de-campo pontepretano, que pouco criou durante os 90 minutos.
São Paulo: os primeiros 15 minutos nesse confronto encheram o torcedor de esperança - uma equipe vibrante, ofensiva, bem postada e dominante. Como ponto negativo, justamente a instabilidade e a oscilação do time. Se ficar nesse perde e ganha rodada após rodada, terminará no meio da tabela novamente.
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