terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Arbitragem infantil na final da Copa São Paulo de Juniores

O São Paulo conquistou o título da Copa São Paulo de Juniores após uma final emocionante contra o rival Santos, em uma partida cheia de alternativas e bons lances. Os dois times mostraram futebol de gente grande durante toda a competição e chegaram à final com méritos, revelando também bons jogadores.

Pelo lado do Santos, destaque para Alan Patrick, uma das boas revelações da Copinha. Meia de muita habilidade, mostrou muita categoria e tranquilidade nos momentos decisivos. Logo poderá ser aproveitado no time principal.

Pelo São Paulo, destaque para o atacante Lucas Gaúcho, oportunista e com faro de gol, que terminou como artilheiro da Copinha com nove gols.

Os dois times fizeram uma final digna. O Santos dominou boa parte da partida e não foi ameaçado em grande parte do jogo. Porém, nos 20 minutos finais falou fôlego aos santistas e o São Paulo cresceu, arrancando o empate e quase virando o jogo.

O título Tricolor só foi confirmado após cobrança de pênaltis, na qual o goleiro tricolor Richard foi o herói, defendendo as três primeiras cobranças santistas. O resultado das penalidades foi 3 x 0 para o time do Morumbi.

O lado negativo da partida foi a atuação lamentável do árbitro Thiago Duarte Peixoto. Ele foi determinante para o título do São Paulo e mudou totalmente o resultado da partida, pois não expulsou o goleiro Richard após uma falta violenta em Renan Mota. O meia santista foi lançado por Nicão e saiu sozinho, pouco antes da entrada da área, cara a cara com o goleiro, que deu uma rasteira e quase tirou o jogador da partida. O defensor deveria ter sido expulso pela entrada violenta, por ser o último jogador do São Paulo, ou por ter acabado um lance claro de gol com uma falta. Mas o despreparado juíz aplicou apenas um cartão amarelo.

Além disso, pouco depois, o goleiro do Santos, Rafael, foi proteger a bola e quando pegou a pelota na mão, o atacante Lucas Gaúcho deu-lhe uma rasteira por trás. Mais uma falta para cartão vermelho, mas novamente o juíz amarelou, nos dois sentidos.

Com dois a mais, o Peixe poderia ter jogado com mais tranquilidade e quem cansaria mais seria o São Paulo. Além disso, o goleiro que defendeu os três penaltis não estaria mais em campo.

Uma pena que um torneio tão importante para as categorias de base e para os times brasileiros tenha árbitros tão despreparados. Os atletas que disputam essa competição aprendem muito durante as partidas e grandes atletas são revelados durante o torneio. É inadmissível ter juízes desse nível apitando um jogo de qualquer competição., seja profissional ou amadora. Se o árbitro não conhece as regras ou tem medo de dar cartões para garotos, o que esperar dele no futuro?

Que a organização do torneio selecione melhor os árbitros.

Apesar de que isso parece ser algo impossível no Brasil, afinal, até as arbitragens dos campeonatos profissionais são horríveis e as confederações pouco fazem para mudar isso: só punem os árbitros, mas não os ensinam a não cometer os mesmos erros. E não adotam medidas para minimizar os erros, como usar a tecnologia durante as partidas.

Enquanto isso, permanecemos na idade da pedra do futebol.

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