quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lua-de-mel na Vila

Não é o ano do centenário do Santos, mas os torcedores santistas estão eufóricos. E com razão.

2010 começou com o Santos visto sob desconfiança da maioria dos futebolistas, após duas campanhas ruins no Brasileirão. O elenco todo foi renovado, os jogadores de peso foram embora e apenas desconhecidos eram anunciados como novos jogadores do time da Baixada.

A esperança dos santistas estava toda depositada nos pés de Paulo Henrique e Neymar, promissores jogadores revelados na categoria de base do alvinegro praiano.

No Brasil, os grandes times foram se reforçando: o Corinthians manteve Ronaldo e trouxe o lateral-esquerdo Roberto Carlos, o São Paulo trouxe o experiente Marcelinho Paraíba, o volante Cléber Santana e o zagueiro Alex Silva, o Flamengo montou o ataque com Adriano e Vágner Love, o Fluminense manteve o matador Fred, o Vasco fechou com Dodô e o Botafogo com Herrera e "El Loco" Abreu.

A nova diretoria do Santos resolveu se mexer e está promovendo algo até então improvável e impossível para qualquer torcedor ou futebolista: reunir, em campo, ícones de três gerações.

E o Santos tenta conseguir isso: repatriou Giovanni, herói do Santos em 1995, está trazendo Robinho, o "Rei das Pedaladas" e segurou Neymar, novo xodó da torcida.

O novo Santos vai se formando com caras idolatradas pela torcida. E o melhor, com "produtos caseiros", a receita que sempre deu certo na Baixada Santista.

2010 pode ser histórico para os santistas, pode ser o ano das redenções: a volta do campeão e respeitado Santos, o ressurgimento do habilidoso e decisivo Robinho, a afirmação de Neymar como jogador diferenciado e a aposentadoria de Giovanni, o Messias.

O encontro dos três ídolos dentro das quatro linhas pode ser o início de algo mágico no mundo do futebol. Três craques, jogadores de habilidade, identificados com a torcida.

Com os reforços, o Santos voltou a estar sob os holofotes.

Com os "Meninos da Vila" montando a base do time, o Peixe começou 2010 mostrando um futebol ofensivo, bonito e habilidoso, apesar de não ser tão eficiente em alguns momentos.

Com a chegada de Robinho (se confirmar) e dos novos jogadores, o Santos espera trazer de volta o brilho e o futebol que conquistou o mundo.

Em 2010, o Santos tem tudo para ser o time sensação, pelo menos até agosto...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Arbitragem infantil na final da Copa São Paulo de Juniores

O São Paulo conquistou o título da Copa São Paulo de Juniores após uma final emocionante contra o rival Santos, em uma partida cheia de alternativas e bons lances. Os dois times mostraram futebol de gente grande durante toda a competição e chegaram à final com méritos, revelando também bons jogadores.

Pelo lado do Santos, destaque para Alan Patrick, uma das boas revelações da Copinha. Meia de muita habilidade, mostrou muita categoria e tranquilidade nos momentos decisivos. Logo poderá ser aproveitado no time principal.

Pelo São Paulo, destaque para o atacante Lucas Gaúcho, oportunista e com faro de gol, que terminou como artilheiro da Copinha com nove gols.

Os dois times fizeram uma final digna. O Santos dominou boa parte da partida e não foi ameaçado em grande parte do jogo. Porém, nos 20 minutos finais falou fôlego aos santistas e o São Paulo cresceu, arrancando o empate e quase virando o jogo.

O título Tricolor só foi confirmado após cobrança de pênaltis, na qual o goleiro tricolor Richard foi o herói, defendendo as três primeiras cobranças santistas. O resultado das penalidades foi 3 x 0 para o time do Morumbi.

O lado negativo da partida foi a atuação lamentável do árbitro Thiago Duarte Peixoto. Ele foi determinante para o título do São Paulo e mudou totalmente o resultado da partida, pois não expulsou o goleiro Richard após uma falta violenta em Renan Mota. O meia santista foi lançado por Nicão e saiu sozinho, pouco antes da entrada da área, cara a cara com o goleiro, que deu uma rasteira e quase tirou o jogador da partida. O defensor deveria ter sido expulso pela entrada violenta, por ser o último jogador do São Paulo, ou por ter acabado um lance claro de gol com uma falta. Mas o despreparado juíz aplicou apenas um cartão amarelo.

Além disso, pouco depois, o goleiro do Santos, Rafael, foi proteger a bola e quando pegou a pelota na mão, o atacante Lucas Gaúcho deu-lhe uma rasteira por trás. Mais uma falta para cartão vermelho, mas novamente o juíz amarelou, nos dois sentidos.

Com dois a mais, o Peixe poderia ter jogado com mais tranquilidade e quem cansaria mais seria o São Paulo. Além disso, o goleiro que defendeu os três penaltis não estaria mais em campo.

Uma pena que um torneio tão importante para as categorias de base e para os times brasileiros tenha árbitros tão despreparados. Os atletas que disputam essa competição aprendem muito durante as partidas e grandes atletas são revelados durante o torneio. É inadmissível ter juízes desse nível apitando um jogo de qualquer competição., seja profissional ou amadora. Se o árbitro não conhece as regras ou tem medo de dar cartões para garotos, o que esperar dele no futuro?

Que a organização do torneio selecione melhor os árbitros.

Apesar de que isso parece ser algo impossível no Brasil, afinal, até as arbitragens dos campeonatos profissionais são horríveis e as confederações pouco fazem para mudar isso: só punem os árbitros, mas não os ensinam a não cometer os mesmos erros. E não adotam medidas para minimizar os erros, como usar a tecnologia durante as partidas.

Enquanto isso, permanecemos na idade da pedra do futebol.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Show dos Meninos da Vila no Pacaembu

O Santos começou o Campeonato Paulista passando uma boa impressão ao torcedor alvinegro. Com passes rápidos, boa marcação e jogadas de habilidade, o Santos goleou o Rio Branco de Americana por 4x0 no Pacaembu (o mando era do time de Americana, que teve o estádio interditado).

Os destaques da partida foram duas caras bem conhecidas do torcedor santista: Paulo Henrique Ganso e Neymar. A dupla fez dois gols cada e infernizaram os marcadores adversários, mostrando habilidade em diversos momentos.

Na próxima rodada, o Santos recebe a Ponte Preta na Vila Belmiro, enquanto o Rio Branco, de volta à elite em 2010, enfrentará o Mogi Mirim na casa do adversário.

O JOGO

O Santos abriu o placar logo no começo da partida, em um chute de fora da área de Paulo Henrique. O Peixe, então, teve calma para administrar a partida e aproveitar as chances que o limitado rival dava. E antes dos 20 minutos da primeira etapa Neymar ampliou a vantagem após boa triangulação com André e Ganso.

O Rio Branco assustou em poucas oportunidades, mas a renovada zaga do Peixe foi eficiente na cobertura e, quando a bola passou pela defesa, o goleiro Felipe evitou uma possível reação do time de Americana.

No segundo tempo, a partida ficou ainda mais fácil para o Santos após a expulsão de Kléber, do Rio Branco. O técnico Dorival Júnior aproveitou a partida fácil e promoveu a reestréia de Giovanni com a camisa santista. E o meia-atacante, apesar de fazer uma partida discreta, deu um passe açucarado para seu "pupilo" Paulo Henrique marcar o terceiro do alvinegro da Baixada Santista.

No final do jogo, Neymar tentou dar um passe para o ídolo santista marcar, mas errou o chute e acertou o gol, fechando o placar em 4x0.

Aí, foi só trocar passes até o final da partida.

A VOLTA DO ÍDOLO

Giovanni voltou a jogar pelo Santos após uma passagem conturbada em 2005. E voltou mostrando que não perdeu a classe. O ídolo santista teve uma participação discreta, mostrando que ainda precisa entrar em forma, mas deu um belo passe para Paulo Henrique marcar o terceiro gol do Santos na partida. Na comemoração do gol, os jogadores alvinegros correram para abraçar o camisa 10, mostrando que ele não é reverenciado apenas pela torcida, mas também pelos companheiros de equipe.

BREITNER

O garoto venezuelano-brasileiro entrou no segundo tempo e teve uma boa participação na partida. Movimentou-se muito bem e quase fez um gol de cabeça, apesar da baixa estatura. O jovem foi bem na sua primeira partida no time principal.

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