segunda-feira, 18 de julho de 2011

Hora de colocar as coisas em ordem

A eliminação da Seleção Brasileira da Copa América "bagunçou a casa inteira".

Críticas (muitas justas, outras injustas) surgem de todos os lados, contra todos. Neymar, Ganso, Robinho, Pato e Mano Menezes são os principais alvos.

Embora a gente saiba que o principal e grande responsável pelos fracassos da seleção e pela falta de interesse do torcedor pela "amarelinha" seja Ricardo Teixeira.

Mas, o que fazer para evitar novos vexames, mesmo com Ricardo Teixeira na presidência da CBF?

Cada um tem uma opinião, são várias as verdades e várias as sugestões dos quase 200 milhões de treinadores da seleção tupiniquim.

A minha sugestão é a seguinte.

Mano Menezes, como todos sabem, não era o preferido e nem a segunda opção do dono da CBF para ocupar o cargo de treinador da seleção. Mas, Muricy Ramalho e Felipão não quiseram assumir a missão de conduzir o Brasil até a Copa de 2014. Não no ano passado.

Então, foi ele mesmo. Mano substituiu o inexperiente Dunga, ganhador da Copa América, da Copa das Confederações e que fez a Argentina como maior freguês.

Mas, até agora, ele não conseguiu fazer a seleção engrenar.

Das duas, uma: ou as peças estão com defeito, ou o treinador não está usando as peças direito, talvez, nem sejam as peças adequadas.

Maicon e Daniel Alves são ótimos laterais, mas o lado esquerdo do Brasil sofre com a ausência de um jogador que chegue e assuma o status de dono da posição.

Ramires alterna boas atuações com erros grosseiros.

Ganso, fora de forma física, mostrou ser uma presa fácil para os marcadores adversários.

Pato, como centroavante, não rende nada. Se posiciona mal e finaliza pior ainda.

Robinho e Neymar, embora corram o jogo inteiro, não conseguem produzir muitos lances de perigo.

Por que, então, não mudar o esquema?

Que tal um 3-4-3, com um trio de zaga protegido por dois voalntes que têm certa liberdade para atacar e dois armadores para abastecer os três atacantes?

Poderíamos ter uma seleção com Lúcio, Thiago Silva e David Luis; Ramires (Sandro), Lucas Leiva, Ganso e Thiago Neves (Lucas ou Elano); Robinho, Neymar e Fred (Pato). Isso levando em consideração apenas aqueles que têm sido convocados por Mano Menezes.

Há ainda outras peças de qualidade para a armação, como o são-paulino Lucas. E outros bons volantes, como Sandro, do Tottenham.

Com dois armadores, dois atacantes de velocidade, e um centroavante definidor, a seleção poderia criar ataques letais.

Isso sem se expôr, pois atacaria com cinco jogadores de qualidade e teria ainda cinco atletas para evitar os contra-ataques.

E você, o que acha? Qual sua sugestão para a seleção tentar "lavantar a poeira e dar a volta por cima"?

Vexame

O Brasil talvez tenha realizado a melhor partida sob o comando de Mano Menezes.

Sufocou o Paraguai, criou diversas chances de gol e praticamente não foi ameaçado.

Mas "a bola pune" e deixa bem claro os erros do treinador da seleção canarinho.

Mano insiste em jogadores que não têm condições de jogarem na seleção. E, pior do que isso, não consegue formar um time.

Novamente o Brasil entrou em campo com onze jogadores que não tinham uma estratégia, não tinham um padrão de jogo.

Não adianta culpar o gramado horroroso pela eliminação, pois os paraguaios jogaram no mesmo local.

A seleção não tem força, não tem esquema tático e nem personalidade. É um "ajuntadão" de jogadores.

Mano Menezes é o responsável por esse vexame histórico. Errar quatro penalidades em quatro tentativas é um absurdo, ainda mais diante do modo ridículo como foram cobradas.

A seleção sente falta de um treinador, que Mano não mostrou ser até agora.

Confiar em André Santos e Pato é pedir para se decepcionar. Robinho, que ontem foi um dos destaques do jogo, até hoje não se tornou o "melhor do mundo" que ele desejava ser e há muito tempo não realizava uma boa partida com a "amarelinha".


Além de escalar mal, Mano substituiu mal, foi covarde, medroso.

Tirar Ganso e Neymar foram dois grandes erros. Não que os santistas estivessem jogando bem, pelo contrário. Os dois foram muito mal em todo o torneio.

Mas, em um momento que a seleção precisa vencer, Mano tira o armador que, mesmo mal, era o garçom da Copa América?

E por que tirar Neymar, que atrai os marcadores, para ficar com dois centroavantes dentro da área? Para que deixar Pato, que nunca jogou nada na seleção, e estava em um dia pior do que de costume?

Pato fez uma Copa América horrorosa. Se posicionou mal, grande parte das vezes em impedimento, errou muitos domínios de bola e abusou do direito de perder gols. E falo só de chances claras de gol, daquelas que qualquer centroavante com o mínimo de talento faria.

Talento que ele tem, mas para mostrar em seus clubes, não com a camisa da seleção, como ele mesmo tem mostrado partida após partida.

E o que dizer de Lúcio? O ex-melhor zagueiro do mundo parece ter se esquecido que sua função é acabar com as jogadas dos adversários, não armar os ataques brasileiros.

Ramires é outro jogador que está perdido no tempo. Une boas jogadas com erros grotescos.

Júlio César, há pouco tempo o melhor goleiro do mundo, precisa mostrar serviço também nos momentos decisivos. Errou feio contra a Holanda e errou mais ainda contra o Equador, quando ele não poderia errar.

A seleção brasileira está sem rumo. E, até agora, parece estar sem comandante.

sábado, 16 de julho de 2011

Falta de respeito

Se tem uma coisa que me incomoda muito é falta de respeito. Ninguém é obrigado a gostar de outra pessoa, aprovar uma atitude ou até mesmo concordar com algo.

Mas respeitar é básico e todas as relações deveriam ser pautadas nisso, seja no ambiente profissional ou pessoal.

Recentemente, dois clubes brasileiros tomaram um revés após anunciarem a contratação de reforços de peso.

O Ceará anunciou o lateral-direito Belletti, campeão da Copa do Mundo com a seleção brasileira e campeão da Europa com o Barcelona, dentre outros títulos.

Já o Bragantino apresentou o lateral-esquerdo Athirson, experiente jogador que defendeu, dentre outros clubes, Flamengo, Santos e Portuguesa e chegou a ser convocado para defender a seleção brasileira.

Mas, o que une as duas situações é que os reforços não chegaram nem a estrear e anunciaram a que não jogariam pelos respectivos clubes.

Belletti contou, pelo twitter, que seu condicionamento físico não permitia mais que ele jogasse e anunciou a aposentadoria.

Já Athirson afirmou que não defenderia o clube de Bragança por "motivos pessoais".

E, simples assim, os dois deixaram Ceará e Bragantino a ver navios.

Minha pergunta: os dois só descobriram esses "empecilhos" após assinar o contrato?

Isso é uma baita falta de respeito com os dois clubes. Os dirigentes vão atrás, negociam, elaboram um contrato, anunciam o atleta, preparam todo o cenário para uma apresentação bacana e os dois nem estreiam pelos clubes.

Ambos deveriam pagar a multa rescisória estipulada em contrato (se houver, e acredito que deveria haver).

Não adianta argumentar: "ah, mas os dirigentes também fazem isso, desrespeitam jogador, técnico, etc"... Um erro não justifica outro erro.

É lamentável, decepcionante e revoltante ver isso.

E isso em pleno Brasil, sede da Copa do Mundo, da Olimpíada e uma das nações que mais crescem no planeta...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Fim de linha


A briga entre Kleber e o Palmeiras parece ter chegado a um ponto onde o melhor para ambos é cada um seguir para um lado.

O atacante parece não ter mais clima para continuar no clube. Criticado pela diretoria e, indiretamente, por atletas, a solução deve ser buscar outro rumo.

A diretoria tenta jogar o atacante contra a torcida, enquanto Kleber tenta manter a idolatria conquistada dentro de campo.

O que o atacante não contava era com o recuo do Flamengo, que, por enquanto, diz ter desistido de contratá-lo.

Mas o fato é que Kleber e Palmeiras não falam a mesma língua.

Podem até manter esse casamento. Mas a história é igual a de um casal que não tem mais amor e mantém o matrimônio apenas por causa do passado.

E nessa história, não tem um lado 100% certo, nem um 100% errado.

A diretoria não deveria pagar um salário maior do que o do Kleber para um jogador como Lincoln, sem identificação com o clube e que quase não joga devido às contusões.

Já o Kleber tem que mostrar em campo que merece mais, o que até hoje não fez em nenhum clube. O atacante é marcado não pelas suas conquistas, mas pelo seu nervosismo, principalmente nas decisões. Foi assim no Cruzeiro e é assim no Palmeiras.

Por isso, chegou a hora de ambas as partes refletirem: vale mesmo a pena toda essa confusão?

Kleber tem a imagem desgastada, pois é tachado de "chinelinho" e mercenário.

Já o Palmeiras passa a vergonha de se submeter às vontades de um jogador que ofende o presidente do clube publicamente e nem punido é.

Repito: vale a pena todo esse desgaste?

Corinthians impecável





A campanha do Corinthians nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro é impressionante.


São nove jogos, com oito vitórias e um empate; 25 pontos conquistados de 27 possíveis. Ainda tem a melhor defesa da competição, com quatro gols sofridos, e o segundo melhor ataque - 17 gols feitos contra 18 do Flamengo.

Disputando a artilharia do torneio, estão dois corintianos: Willian tem cinco gols e Liedson marcou quatro até agora - Montillo, do Cruzeiro, lidera a lista com seis tentos.

E não dá para falar que o Corinthians só pegou times fracos. Dentre os derrotados, estão Internacional, Fluminense, Vasco e São Paulo. E um empate com o Flamengo no Rio de Janeiro.

Tite conseguiu formar um time. Pode não ter jogadores brilhantes, mas tem atletas eficientes e que sabem exatamente o que fazer. E não dá para desprezar o talento de Liedson e Alex, por exemplo.

E o Inter, que nutre o ódio dos corintianos desde 2007, quando perdeu para o Goiás e sacramentou o rebaixamento do alvinegro para a Segundona, ainda teve que aguentar piadas.

A foto acima é da capa do site do Corinthians, que ironiza o DVD feito pelo Colorado com possíveis erros da arbitragem na decisão da Copa do Brasil de 2009, que terminou com a equipe paulista campeã.

Aliás, já virou moda o Corinthians provocar os rivais em seu site oficial. O São Paulo que o diga.

E, pelo menos por enquanto, a moda corintiana é comemorar as vitórias.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Os erros do Mano



A seleção brasileira passou sufoco, foi pressionada, mas conseguiu vencer por 4x2 o fraco, muito fraco, Equador.

Dois gols de Pato, dois de Neymar e dois frangos de Julio César em chutes de Caicedo.

O Brasil venceu, mas novamente jogou muito mal. Segue sem padrão tático, sem jogadas ensaiadas, sem vibração. É um time extremamente dependente do talento individual dos atletas.

Mano precisa abrir o olho para os defeitos da seleção e corrigir urgentemente os erros.

Um dos pontos fracos foi solucionado: Maicon deu uma aula para Daniel Alves ver como se joga um LATERAL-DIREITO. O jogador da Inter de Milão foi muito bem na defesa e melhor ainda no ataque, onde criou diversas jogadas pelo lado do campo.

Porém, essa foi a única alteração acertada do treinador, e não pode ser a única.

Ganso, sozinho no meio-de-campo, é facilmente marcado pelo batalhão de volantes e zagueiros. Jadson foi muito bem contra o Paraguai e não devia ter sido sacado do time, ainda mais para a volta do (há tempos) improdutivo Robinho.

Além de precisar acertar o meio-de-campo, Mano precisa arrumar a lateral-esquerda.

André Santos, apesar de ter acertado um lindo cruzamento para o gol de Pato, não merece estar na seleção brasileira. É uma avenida na defesa e não produz no ataque (não me lembro de outra jogada dele que resultou em gol, além do passe de ontem).

Mano Menezes não pode se apegar ao que o jogador fez há um, dois, dez anos. Ele tem que selecionar e treinar os melhores.

E ele não está fazendo nem um, nem outro.

Entre os convocados, tem que não merece estar no grupo.

E, até o momento, quem convoca não conseguiu formar um time. Isso é o que mais assusta.

sábado, 9 de julho de 2011

Futebol nota zero

Novamente (já não é mais novidade), a seleção brasileira comandada por Mano Menezes apresentou um futebol medíocre.

O empate por 2x2 diante do Paraguai foi conquistado graças a dois gols chorados, marcados "aos trancos e barrancos".

Não há jogada ensaiada, não há organização, não há um padrão tático, existe apenas um bando de jogadores correndo atrás da bola.

Aliás, alguns nem deveriam ser convocados, quanto mais estarem entre os titulares, caso do lateral-esquerdo André Santos.

O ex-jogador do Corinthians é um dos pontos mais fracos da seleção. Ele não ataca, não defende, não acerta UM cruzamento e só realiza passes para trás.

Do outro lado, Daniel Alves vive uma das piores fases da carreira. É uma verdadeira avenida na defesa (os dois gols do Paraguai saíram nas costas dele, o segundo em uma falha bisonha do lateral-direito da seleção canarinho) e no ataque, tenta jogar como meia, afunila todas as jogadas e não dá opções de jogadas laterais. Ou seja, não joga como lateral. Já está mais do que na hora de Mano colocar Maicon para jogar.

No meio-de-campo, não há muito o que criticar. O que deve ser corrigido é o posicionamento, pois o Brasil não tem tido saída de bola. É necessário que todos os meias se movimentem mais.

Já o ataque tem sido pífio. Neymar não toca nenhuma bola, Pato faz o mesmo e, para piorar, o centroavante do Milan não acerta o posicionamento...

Mano Menezes teve quase um mês para treinar a seleção e a base do time titular vem sendo mantida desde que ele assumiu o cargo, há cerca de um ano. Apesar disso, repito: não há jogadas ensaiadas, não há padrão tático.

É um amontoado de jogadores correndo atrás da bola e só.

Muito pouco para uma seleção brasileira. É melhor Mano colocar o time nos trilhos..

Para o bem dele e do futebol brasileiro.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Brasil nem parece o Brasil


A estreia da seleção brasileira na Copa América não foi, nem de longe, o que todos os brasileiros desejavam.

O técnico Mano Menezes escalou o time que a maioria queria, com Neymar, Robinho e Pato no ataque, municiados por Ganso.

Mas a tentativa foi um baita fracasso diante de uma seleção fraca, que lutaria contra o rebaixamento se disputasse o Campeonato Brasileiro.

O trio de atacantes estava muito mal. Neymar não acertava dribles, Robinho tocava de lado e Pato não dominava uma bola, isso quando não estava em impedimento.

Ganso, sobrecarregado, foi facilmente anulado pelos venezuelanos.

Isso sem contar a atuação desastrosa de Daniel Alves, André Santos e Ramires.

O lateral do Barcelona joga como meia e não dá opções de jogadas pela linha de fundo, além de ser uma avenida para os adversários.

Enquanto do outro lado, o ex-corintiano André Santos só toca para o lado ou para trás...

Ramires esquece que é volante e quase ataca mais do que o trio de atacantes.

O que se viu nessa estreia foi um bando de jogadores vestindo a amarelinha.

Não havia esquema tático e, o principal, não havia espírito de equipe. Era cada um por si e o resto que se vire...

Foi uma seleção sem pé nem cabeça, que nem parecia realmente a seleção brasileira.

Mano terá que treinar muito essa equipe se quiser sonhar com a conquista da Copa América.

Além disso, ontem senti fala de uma coisa. "O cara".

Cresci vendo Romário decidir partidas e judiar dos adversários.

Depois dele, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo dividiram a função de não deixar os rivais verem a cor da bola.

Mas, desde 2006, não vejo "o cara".

Kaká, Adriano, Luis Fabiano... Todos tiveram bons jogos pela seleção, mas não preencheram a lacuna deixada pelo trio de "erres".

Não há "o cara" que faça os adversários tremerem.

Robinho e Pato nunca foram o que se espera deles.

Neymar, Ganso e Lucas surgem como as novas esperanças.

Mas, até quando ficaremos sem o "jogador-referência"?

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