Sampaoli estava sem mercado, após péssima Copa do Mundo pela Argentina. Mas seu estilo ofensivo era "a cara do Santos". Mesmo em crise financeira e, aparentemente, vendendo uma ilusão ao treinador, trouxe o argentino que encaixou muito bem as poucas peças que tinha à disposição.
O Santos não apenas jogava, mas encantava pelo "amor ao balón". Era o técnico certo para o clube certo. Já foi assim com Tite no Corinthians e o Santos retomava esse raciocínio com mais força. Era realmente uma busca não apenas por um técnico, mas por um treinador que tivesse um estilo de jogo que fosse "a cara" do clube.
Deu certo. Muito certo. Embora não tenham vindo títulos, o novo, o pensamento diferenciado picou os dirigentes santistas e não só eles.
O Flamengo, com um elenco milionário, tirou Abel Braga e seguiu o exemplo santista: foi atrás de um técnico diferente, que pensasse de outra maneira e pudesse trazer novas ideias. Deu certo. Mais certo do que Sampaoli, pois não bastava jogar bem, vieram recordes e títulos do Brasileiro, Libertadores e o vice Mundial.
Agora, sem Sampaoli, o Santos vai atrás de outro técnico que tenha o perfil do time: ofensivo, que proponha o jogo é se recuse a parar de atacar. Jesualdo pode dar errado. Pode dar certo. Mas é fato que ver dirigentes estudando , de verdade, treinadores de acordo com suas propostas de jogo e ideias para se montar um time é sensacional. O futebol brasileiro respira.
E o Santos é o responsável por trazer esse oxigênio que pode tirar o futebol brasileiro do marasmo e das covardes retrancas que deixavam as partidas horrorosas. Têm os talentos por aqui. Podemos jogar um bom futebol.
Sampaoli e Jesus mostraram isso.
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