quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Com futebol vergonhoso, Santos é eliminado da Libertadores

A terceira derrota do Santos contra estrangeiros na Vila Belmiro, em jogos de Libertadores, foi vexatória. Não pelo rival, que tem certa qualidade técnica, embora seja bem limitado, e tradição. Mas pelo baixíssimo nível do futebol praticado nos dois jogos contra o Barcelona (EQU).

A eliminação foi justíssima. Tanto no Equador como no Brasil, o Barcelona foi muito mais time que o brasileiro. Em ambos dominou a partida, foi mais ofensivo, eficiente e inteligente.

Nessa quarta-feira (20), diante de seu próprio torcedor, o Santos não honrou sua história. Foi dominado, ingênuo e ineficiente.

Foram raras as chances criadas pelos anfitriões, como em um cabeceio de David Brás no travessão, ainda no primeiro tempo. Já os visitantes ameaçavam Vanderlei com chutes da entrada da área e cruzamentos perigosos.

Na segunda etapa, Levir Culpi corrigiu um dos seus erros primordiais: tirou Vecchio e colocou Jean Mota. A mudança, tirando um dos três volantes santistas para a entrada de um armador, deixou o Santos mais agudo, mas ainda assim, pouco eficiente. Some-se isso a uma partida ruim de Bruno Henrique e Copete e o Santos não conseguia ameaçar o goleiro equatoriano.

Para piorar, Lucas Veríssimo falhou em um cruzamento que veio da esquerda e Diaz, que havia marcado no Equador, fez mais um contra o Santos.

A vantagem deixou o time santista irritado, a ponto de nem conseguir explorar a expulsão do artilheiro Diaz, a 15 minutos do final do jogo.

Perdido, Levir colocou em campo Kayke no lugar do volante Leandro Donizete. Resultado: como o Santos era dominado em seu campo, a bola não chegava ao ataque e Kayke não tocou na bola.

O desespero santista aumentou quando Bruno Henrique e Gabriel Marques, do Barcelona, foram expulsos por trocar cusparadas. A troca de agressões paralisou a partida por mais de cinco minutos, totalmente ignorados pela arbitragem, que deu apenas quatro minutos de acréscimos.

Mas, foi tempo suficiente para Levir mostrar o quanto estava desnorteado: tirou o volante Alisson e colocou o zagueiro Noguera, para jogar como centroavante. Ou seja, eram pelo menos três homens de área, mas ninguém para ajudar Jean Mota a conduzir a bola até a área defensiva do Barcelona.

O fim do jogo derrubou um tabu de 33 anos do Santos sem perder para estrangeiros na Vila. E fez justiça a quem jogou melhor nos 180 minutos das quartas de final.

Notas

Vanderlei: sem culpa no gol sofrido, ainda fez boas defesas. 7

Daniel Guedes: começou muito bem, mas caiu brutalmente de rendimento. Não acertou um cruzamento sequer. 4,5

David Brás: fez o arroz com feijão. 6

Lucas Veríssimo: um dos jogadores que mais cresceu nessa temporada, falhou no gol do Barcelona ao permitir que Diaz cabeceasse sozinho. 5

Zeca: instável, alternou bons e mais momentos na partida. 5,5

Alisson: um dos melhores santistas em campo, marcou e ainda tentou ajudar o ataque. 6,5

Leandro Donizete: omisso e lento, perdeu quase todas as divididas no meio de campo. 4

Vecchio: lento e errando muitos passes, não ajudou ofensivamente e defensivamente. 4,5

Bruno Henrique: displicente, errou quase todos os dribles e passes que tentou. Uma das piores partidas pelo Santos. E ainda foi expulso. 4

Copete: ajudou bastante na recomposição, mas errou quase tudo que tentou no ataque. 4,5

Ricardo Oliveira: sacrificado, já que a bola não chegava, tentou atuar fora da área. Voluntarioso, mas cometeu muitos erros. 5

Jean Mota: deixou o time mais leve, mas não conseguiu conduzir o time ao empate. 5,5

Kayke: entrou em uma equipe bagunçada e não produziu nada. 5

Noguera: pouco tempo em campo. Não tocou na bola. Sem nota.

Levir Culpi: armou mal o time nas duas partidas contra o Barcelona e fez alterações piores ainda. ZERO

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