Terminou o Brasileirão 2009, um dos mais disputados campeonatos do planeta!
Nas 38 rodadas, sobrou emoção, agonia, suspense, alegria, surpresas, tristeza e decepção.
Alguns jogadores e times surpreenderam a todos, enquanto outros fracassaram em um torneio marcado pelo equílibrio.
Como foi o ano do seu time? Esse blogueiro vê assim a temporada das 20 equipes que estiveram na elite do futebol brasileiro em 2009, seguindo a tabela final do campeonato:
Flamengo: começou o ano comemorando mais um título carioca, mas, o início do Brasileiro não foi nada animador, com o time oscilando demais e sendo até goleado. Porém, a história mudou quando Andrade assumiu provisoriamente o comando do time, após a demissão de Cuca. O time ganhou corpo e começou uma reação sensacional, que resultou no título. Agora, é se preparar para a Libertadores e manter e reforçar o elenco campeão. Foi o único que não vacilou quando chegou à liderança.
Internacional: favorito ao título na opinião da maioria dos futebolistas no início da temporada, o Inter decepcionou no ano do centenário ao perder o título do Brasileiro, da Copa do Brasil e da Sulamericana. Apesar da temporada irregular, o time sempre esteve no G4 e, por alguns instantes, sentiu o gosto do título. Tem um dos melhores elencos do Brasil e precisa de um bom comandante para 2010.
São Paulo: depois de um começo de campeonato ruim e troca de técnico, o Tricolor engrenou e chegou a ficar na liderança por algumas rodadas no final da competição. Porém, nas últimas partidas o time falhou e o Fla aproveitou a chance. Vai novamente para a Libertadores, tornando-se o time brasileiro com maior número de participações no torneio. Continua muito bem disputando os pontos corridos.
Cruzeiro: começou o brasileiro em marcha lenta, dando prioridade à Libertadores. Após a perda do título continental, lutou contra a ressaca e disparou das últimas posições para o G-4. O time é bom e o técnico conhece bem o elenco. Tem tudo para fazer uma ótima temporada em 2010.
Palmeiras: a maior decepção do ano. Foi eliminado pelo Santos nas semi-finais do Paulista depois de terminar com a melhor campanha da primeira fase. Na Libertadores, caiu nas quartas-de-final, eliminado pelo Nacional, do Uruguai. Liderou o Brasileiro e chegou a abrir uma boa vantagem para os outros times, mas caiu de rendimento, perdeu para adversários considerados fáceis e pagou caro pelos pontos desperdiçados: ficou em 5º e vai, apenas, disputar a Sulamericana.
Avaí: a maior surpresa do campeonato. Superou as expectativas - a maioria achava que o time seria rebaixado - e fez um campeonato excelente, terminando na sexta colocação, na frente de times como Grêmio, Atlético Mineiro, Corinthians e Santos. O técnico saiu e a diretoria terá que suar para manter os bons jogadores.
Atlético Mineiro: pode ser considerado o "cavalo paraguaio" do campeonato. Liderou, ficou por muitas rodadas entre os quatro primeiros, mas, nas últimas partidas, perdeu quase todas e terminou na sétima colocação. Tem bons jogadores, mas demitiu o técnico que levou o grupo ao topo da tabela, mesmo diante de tantas desconfianças. A torcida tem motivo para esperar um 2010 melhor do que as últimas temporadas, isso se a diretoria segurar os destaques e não ficar queimando treinadores à toa.
Grêmio: o time teve a campanha mais bizarra dentre todos os competidores - terminou o torneio invicto em casa, mas só ganhou um jogo fora do Olímpico. Por essa irregularidade, ficou apenas com a oitava colocação e teve que ver o Inter de binóculo. Terá que contratar um novo técnico e reforçar o elenco para 2010.
Goiás: teve uma campanha segura, tranquila e, por algumas rodadas, esteve entre os líderes. Caiu de rendimento no segundo turno, mas cresceu na reta final e atrapalhou Flamengo e São Paulo. Tem bons jogadores e um técnico identificado com o clube. Com contratações nos setores deficientes, pode ir mais longe em 2010.
Corinthians: o meio da tabela é reflexo da vontade que o Corinthians teve de disputar o Brasileirão. Jogou apenas para garantir a permanência na série A e treinar para o ano do centenário. Em nenhum momento o clube se preocupou em buscar a tríplice coroa. Não nesse ano...
Barueri: outro time que superou as expectativas. Com um elenco sem estrelas ou jogadores famosos, o Barueri deixou os torcedores tranquilos, com boas partidas e, em nenhum momento, correu risco de rebaixamento. Em 2010, o time pode pensar em vôos mais altos.
Santos: mais uma temporada sem títulos e uma campanha muito ruim no Brasileiro. Não teve um bom elenco e foi extremamente instável dentro da competição e dos jogos. A Vila Belmiro precisa voltar a ser um caldeirão. Os meninos vindos da base são bons, mas os jogadores mais experientes não tem cooperado. Com a nova diretoria, o Peixe é uma incógnita para 2010.
Vitória: começou o Brasileiro voando baixo, mas caiu de rendimento no segundo turno e, na reta final, viu os times da Zona da Degola se aproximarem perigosamente. Em 2010, lutará para continuar sendo o melhor time da Bahia, mas precisa de contratações.
Atlético Paranaense: não teve muito que comemorar no Brasileiro, a não ser a queda do rival em plena comemoração pelo centenário. Mas, por pouco não morreu abraçado com o Coritiba. Precisa montar um time mais forte para 2010 para tentar se manter no auge do estado paranaense.
Botafogo: conseguiu se salvar na última rodada. O Botafogo não teve o que comemorar em 2009. Além de perder mais um título estadual para o Flamengo, ainda viu o rival ser campeão brasileiro... Tem que segurar os bons atletas, como Jóbson, e contratar muitos atletas para as outras posições...
Fluminense: ficou a maior parte do torneio na zona de rebaixamento. No segundo turno, com a chegada de Cuca e a recuperação do artilheiro Fred, o Flu disparou e engatou uma sequência invicta, suficiente para o time se manter na série A. Será que depois de tanta agonia a diretoria percebeu que não adianta contratar só jogadores renomados? A base do Flu é boa e precisa ser aproveitada.
Coritiba: o mico do ano. Ser rebaixado no ano do centenário é prova de uma diretoria incompetente. Não soube contratar, trocou de técnicos durante o torneio e mostrou que não havia planejamento nenhum. 2009 precisa ser esquecido e, em 2010, muita coisa precisa mudar no Coxa. Lamentável o vandalismo após a última partida, com destruição de parte do Couto Pereira. Merece uma severa punição.
Santo André: quando o time estava bem, mandou o técnico embora. O rebaixamento não surpreendeu ninguém, embora o Santo André tenha surpreendido alguns dos favoritos ao título com boas atuações - vide Palmeiras e São Paulo.
Náutico: o estado de Pernambuco não terá nenhum representante na elite do futebol brasileiro em 2010. O Náutico teve um péssimo ano, não conseguiu segurar o artilheiro Gilmar e agora terá que começar tudo do zero, na segundona... Uma temporada desastrosa para a torcida do Timbu.
Sport: quem só viu os jogos do primeiro semestre não acredita que o Sport terminou na lanterna do Brasileiro. O time fez história ao avançar para as oitavas-de-final na Libertadores, ganhou o Pernambucano com tranquilidade e fazia uma campanha regular na competição nacional. Mas, depois da eliminação na Libertadores, o clube se perdeu, alguns jogadores e o técnico foram embora, contrataram e demitiram outros treinadores e não conseguiu mais engrenar. 2010 promete muita emoção para os torcedores do Leão...
Bom de bola: Petkovic foi o nome do Fla, junto de Adriano e Bruno. Porém, ninguém esperava que ele fosse jogar tanto como jogou na competição! Merece o prêmio de craque do Brasileiro!
Perna-de-pau: Vagner Love chegou com status de matador, artilheiro, fama que conquistou com muitos gols. Mas, no Palmeiras, o desempenho foi abaixo do esperado e ainda apanhou de torcedores na rua. Futebol todo mundo sabe que o Vagner joga e muito bem. Mas, a história não entra em campo e Love não foi decisivo como se esperava.
Menino de ouro: Giuliano mostrou que a safra de craques do Inter não para de dar frutos! Com talento, habilidade, passes decisivos e gols, deixou Taison na sombra e virou titular do Colorado. Tem muito potencial!
Seleção dos melhores do campeonato para esse blogueiro: Victor (GRE), Vítor (GOI), Réver (GRE), André Dias (SPO) e Julio César (GOI); Hernanes (SPO), Guiñazu (INT), Petkovic (FLA) e Giuliano (INT); Adriano (FLA) e Marcelinho (CTB). Técnico: Andrade (FLA).
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Vencer ou não deixar um rival comemorar?
Chegamos à última rodada do Brasileirão 2009, um dos campeonatos mais disputados da história mundial e com a melhor média de público das últimas 22 edições.
Polêmicas não faltaram: arbitragens ruins, gols mal anulados, pênaltis não marcados, jogador que merecia ter sido expulso e não foi, jogador que não merecia ter sido expulso e foi, mudança de horário das partidas, jogadores convocados que voltaram machucados. Tudo como sempre aconteceu.
Porém, nas últimas partidas da competição, as polêmicas estouraram em todos os cantos.
Primeiro foi a mala branca para Goiás e Barueri.
Depois, na penúltima rodada, a dúvida era se o Corinthians entregaria o jogo para o Flamengo, visando prejudicar os rivais São Paulo e Palmeiras, além do Internacional, com quem tem travado acaloradas discussões desde 2005.
Agora, na última e decisiva rodada, a dúvida é se o Grêmio jogará contra o Flamengo, no Maracanã, o que não jogou em nenhuma outra partida do Brasileiro.
Sim, o time com a segunda pior campanha fora de casa se vê pressionado para ganhar do líder, na casa do adversário. A campanha do Grêmio fora do Olímpico é ridícula: 12 derrotas, 5 empates e 1 vitória.
Na última rodada, o Tricolor gaúcho, que não tem mais nenhum objetivo no campeonato, em prol da moral e da ética, tem que ganhar do Flamengo. E pode beneficiar o Internacional, o maior rival.
Imprensa e alguns dirigentes já proclamaram: o Grêmio tem que escalar os titulares, nada de dar férias antecipadas e ganhar uma semana de pré-temporada em 2010.
O Corinthians passou por processo parecido. Para não beneficiar São Paulo, Palmeiras e Inter, o Timão tinha que vir com força máxima e bater o Flamengo, em Campinas.
Poucos se lembram que o Corinthians está em ritmo de treino desde a conquista da Copa do Brasil e pouco produziu no Brasileiro.
Mas, dirigentes e imprensa cobram dedicação máxima na competição, mesmo quando não se tem mais nenhum objetivo.
Sinceramente? Qual torcedor prefere que seu time derrote o outro e acabe dando o título para o maior rival? Qual é a motivação para que os atletas joguem mais do que jogaram no campeonato inteiro? No mundo real, poucos torcedores desejam isso.
A imprensa e dirigentes são hipócritas quando cobram esses resultados.
Os dirigentes reclamam mais por desespero, por não terem sido tão competentes no campeonato. Se tivessem jogado melhor e tivessem desperdiçado menos pontos, não dependeriam do maior rival para levantar a taça.
Afinal, quem explica o empate, no Morumbi, entre São Paulo e Santo André? E o empate contra o Atlético Paranaense, no mesmo estádio?
O que justifica o empate do Palmeiras com o Sport no Palestra Itália? E a derrota para o Santo André diante da torcida alviverde?
E o Inter, por que perdeu para o Botafogo no Beira-Rio? E o empate com o Atlético Paranaense diante da própria torcida?
Tropeçaram e na reta final, dependem dos adversários.
O Flamengo, se não vencer o último jogo, também pode depender de um rival: o Botafogo. Lutando contra o rebaixamento, o Fogão pode dar o título ao Fla caso vença o Palmeiras. (O Fla que também tropeçou, afinal, como explicar o empate com o Náutico em casa? Ainda vale lembrar o empate com o Barueri, também no Maracanã).
Num campeonato de pontos corridos, cada jogo é uma final. E cada vacilo pode custar o título. Nos casos acima, foram citados somente jogos contra times que passaram o campeonato lutando contra o rebaixamento. Os confrontos diretos nem foram citados...
E chegar na última rodada dependendo de uma vitória do rival para ser campeão não é prova de competência.
Não há motivos para cobrar qualquer motivação extra dos rivais. Isso é irreal. É bizarro.
No próximo campeonato, não tropece e garanta o título sem depender de ninguém, muito menos de um histórico adversário.
Quem jogou futebol, quem sabe como é o coração de um torcedor, tem uma certeza: evitar que um rival ganhe um título ou rebaixá-lo tem um gosto delicioso.
Polêmicas não faltaram: arbitragens ruins, gols mal anulados, pênaltis não marcados, jogador que merecia ter sido expulso e não foi, jogador que não merecia ter sido expulso e foi, mudança de horário das partidas, jogadores convocados que voltaram machucados. Tudo como sempre aconteceu.
Porém, nas últimas partidas da competição, as polêmicas estouraram em todos os cantos.
Primeiro foi a mala branca para Goiás e Barueri.
Depois, na penúltima rodada, a dúvida era se o Corinthians entregaria o jogo para o Flamengo, visando prejudicar os rivais São Paulo e Palmeiras, além do Internacional, com quem tem travado acaloradas discussões desde 2005.
Agora, na última e decisiva rodada, a dúvida é se o Grêmio jogará contra o Flamengo, no Maracanã, o que não jogou em nenhuma outra partida do Brasileiro.
Sim, o time com a segunda pior campanha fora de casa se vê pressionado para ganhar do líder, na casa do adversário. A campanha do Grêmio fora do Olímpico é ridícula: 12 derrotas, 5 empates e 1 vitória.
Na última rodada, o Tricolor gaúcho, que não tem mais nenhum objetivo no campeonato, em prol da moral e da ética, tem que ganhar do Flamengo. E pode beneficiar o Internacional, o maior rival.
Imprensa e alguns dirigentes já proclamaram: o Grêmio tem que escalar os titulares, nada de dar férias antecipadas e ganhar uma semana de pré-temporada em 2010.
O Corinthians passou por processo parecido. Para não beneficiar São Paulo, Palmeiras e Inter, o Timão tinha que vir com força máxima e bater o Flamengo, em Campinas.
Poucos se lembram que o Corinthians está em ritmo de treino desde a conquista da Copa do Brasil e pouco produziu no Brasileiro.
Mas, dirigentes e imprensa cobram dedicação máxima na competição, mesmo quando não se tem mais nenhum objetivo.
Sinceramente? Qual torcedor prefere que seu time derrote o outro e acabe dando o título para o maior rival? Qual é a motivação para que os atletas joguem mais do que jogaram no campeonato inteiro? No mundo real, poucos torcedores desejam isso.
A imprensa e dirigentes são hipócritas quando cobram esses resultados.
Os dirigentes reclamam mais por desespero, por não terem sido tão competentes no campeonato. Se tivessem jogado melhor e tivessem desperdiçado menos pontos, não dependeriam do maior rival para levantar a taça.
Afinal, quem explica o empate, no Morumbi, entre São Paulo e Santo André? E o empate contra o Atlético Paranaense, no mesmo estádio?
O que justifica o empate do Palmeiras com o Sport no Palestra Itália? E a derrota para o Santo André diante da torcida alviverde?
E o Inter, por que perdeu para o Botafogo no Beira-Rio? E o empate com o Atlético Paranaense diante da própria torcida?
Tropeçaram e na reta final, dependem dos adversários.
O Flamengo, se não vencer o último jogo, também pode depender de um rival: o Botafogo. Lutando contra o rebaixamento, o Fogão pode dar o título ao Fla caso vença o Palmeiras. (O Fla que também tropeçou, afinal, como explicar o empate com o Náutico em casa? Ainda vale lembrar o empate com o Barueri, também no Maracanã).
Num campeonato de pontos corridos, cada jogo é uma final. E cada vacilo pode custar o título. Nos casos acima, foram citados somente jogos contra times que passaram o campeonato lutando contra o rebaixamento. Os confrontos diretos nem foram citados...
E chegar na última rodada dependendo de uma vitória do rival para ser campeão não é prova de competência.
Não há motivos para cobrar qualquer motivação extra dos rivais. Isso é irreal. É bizarro.
No próximo campeonato, não tropece e garanta o título sem depender de ninguém, muito menos de um histórico adversário.
Quem jogou futebol, quem sabe como é o coração de um torcedor, tem uma certeza: evitar que um rival ganhe um título ou rebaixá-lo tem um gosto delicioso.
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