quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pisou na bola...

A Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão dos jogos do Mundial de Clubes da Fifa "pisou na bola" nesta quarta-feira (14).

A estreia do Santos no torneio, esperada com tanta ansiedade pelos torcedores do time praiano, só foi transmitida pela emissora para o estado de São Paulo.

Todos os outros estados brasileiros ficaram com Ana Maria Braga...

Quem quis assistir ao confronto contra o japonês Kashiwa Reysol, seja torcedor do Santos ou não, teve que apelar para a TV por assinatura - o Esporte Interativo, da TV aberta, também transmitiu a partida, mas nem todos os televisores conseguem reproduzir a programação da emissora.

A atitude da Globo foi deplorável. E a justificativa, pior ainda.

De acordo com o site Yahoo, a "Plin Plin" informou que "por ser uma semifinal, fase do Mundial que não decidia o título, a TV Globo optou por transmitir o jogo para São Paulo, onde está a grande parte da torcida do Santos. A grande final será exibida para todo o país".

Oras, uma equipe brasileira é campeã da Libertadores, vai disputar a semifinal do Mundial de Clubes e a partida não tem importância?

Isso é revoltante, beira o absurdo, e é lamentável que uma emissora do porte da Rede Globo tenha tomado essa decisão.

Não transmitir a semifinal do Mundial de Clubes que envolve um representante do Brasil é um baita desrespeito com os apaixonados por futebol.

O confronto tinha que ter sido televisionado pelo simples fato de ter um time brasileiro em campo, seja ele o dono da maior torcida do país ou não, por uma questão de compromisso com os fãs do futebol e respeito pelos torcedores, sejam eles em grande ou pequena quantidade.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Bobagem

O primeiro jogador de futebol que eu admirei foi Romário. Lembro até hoje de quando ele fez aquele golaço contra a Holanda, na Copa do Mundo de 1994.

Naquela época, eu tinha apenas seis anos de idade, mas já era apaixonado por futebol.

Nos anos seguintes, a eficiência de Romário não foi o suficiente para me atrair mais do que as jogadas sensacionais de um tal de Ronaldo.

A superação das lesões nos joelhos na Copa de 2002 foi um exemplo e a consagração daquele que eu considerava o melhor jogador que eu vi jogar.

Enquanto Ronaldo mostrava ao mundo seu talento com a bola nos pés, Romário fazia gols e mais gols. E discutia com Pelé, até dar a histórica declaração: "Pelé calado é um poeta".

Anos depois, repensei a frase: "Ronaldo calado é um poeta".

Tudo por causa da declaração repugnante que ele deu ao assumir o cargo no Conselho Administrativo do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014.

Traduzindo para  a vida real, ele assumiu o cargo de escudo para o odiado Ricardo Teixeira, presidente "vitalício" da CBF.

Ao colocar o "Fenômeno" na equipe que organiza a Copa do Mundo mais cara da história, Ricardo Teixeira dá uma tacada de mestre: se aproxima de alguém popular e diminui as críticas aos absurdos gastos do Mundial.

E Ronaldo começou bem no cargo ao dar uma declaração que reflete bem o espírito que parece ser o da CBF: "Uma Copa do Mundo não se faz com hospitais".

Esse absurdo foi uma resposta a uma pergunta sobre os gastos elevados em estádios e etc.

Dinheiro que ao invés de ser investido em hospitais, segurança pública e educação, está sendo investido em "infraestrutura para a Copa".

Muitos podem dizer: "mas sem a Copa esse investimento nunca seria feito".

Lamento, senhores, mas um erro não justifica outro.

O que está sendo gasto nesse Mundial é algo que revolta a qualquer ser com bom senso.

O país cujos professores recebem entre dois e três salários mínimos.

O país onde policiais são obrigados a fazer "bicos" fora do expediente.

O país com vias esburacadas e aeroportos caóticos.

O país com filas imensas nos hospitais públicos.

É o mesmo país que gasta mais do que quatro nações juntas gastaram para receber o Mundial. E o valor cresce mensalmente.

Em meio a um protesto contra o presidente Lula - muitos sugeriram que ele fosse tratar o câncer no sistema público de saúde, surge essa declaração imbecil, estúpida, que beira a cegueira.

Parece que Ronaldo não enxerga o país em que vive.

Ou não se importa com isso.

Afinal, ele não precisa do sistema público de saúde.

Os filhos dele não frequentam as escolas públicas.

Mas, o próprio povo se preocupa com essas questões?

Se os brasileiros se interessassem por esses problemas, teriam colocado um palhaço para nos representar no Congresso?

Talvez, a declaração de Ronaldo não represente apenas o terrível espírito que a CBF deixa transparecer.

Mas, infelizmente, talvez seja a opinião do povo.

Se o país não tem educação, saúde e segurança, que ao menos tenha jogos em poltronas confortáveis.

Dizem que cada um tem o que merece.

E eu tenho vergonha de pensar no que o Brasil merece por causa do conformismo diante dessa situação.

Pois, pelo jeito, não seria nada diferente da nossa realidade.

Uma realidade desgraçada.

- PS: eu sonhava com uma Copa do Mundo no Brasil. Hoje, tenho nojo e raiva.

domingo, 28 de agosto de 2011

Que fique o aprendizado

Foto: UFC
O que o UFC tem a ensinar para o mundo esportivo brasileiro?

Muito, principalmente quanto à organzação, à "marquetagem" e, notadamente, o respeito que existe aos atletas e entre eles próprios.

Todos os lutadores se cumprimentam após as lutas, não importa o que tenha acontecido dentro do octógono.

As provocações existem, claro. E ninguém agrada a todos, portanto, é normal que um lutador não goste de outro.

Mas pelo esporte, o respeito predomina. Não importam os gostos e preferências, o esporte os une e o respeito entre os atletas é algo muito legal de se ver.

E chamou muito a minha atenção o presidente do UFC, Dana White, agradecer Forrest Griffin, nocauteado por Maurício Shogun, durante a coletiva.

Um repórter perguntou ao Forrest o que aconteceu para ele ter sido nocauteado. A resposta foi direta: ele não sabe o que aconteceu, pois treinou muito para aquele dia.

Pouco depois, perguntaram se o fuso horário teria influenciado na performance dele dentro do ocotógono. E Griffin disse que adoraria usar essa desculpa, mas não poderia.

Foi então que Dana White tomou o microfone e contou que dentro dos próximos dias a mulher de Forrest dará luz ao filo do casal.

E o presidente do UFC não citou isso como uma desculpa para a derrota, mas apenas para agradecer ao lutador por ter vindo ao Brasil participar do UFC Rio em um mometo tão importante para a família dele.

Bem diferente do que acontece no Brasil.

É duro ver esportistas sem a menor condição de treinar.

Ver as confederações darem as costas aos atletas.

Ver pessoas talentosas ficando pelo caminho devido à falta de investimentos e estrutura.

Isso acontece também, óbvio, em outros países.

Mas achei muito legal o presidente do UFC apenas agradecer ao lutador por participar de um evento histórico.

Foi um ato de reconhecimento muito bonito.

E vindo de quem transformou o UFC.

Dana White, junto com os outros organizadores do UFC, está dando um show de organização e promoção da marca do esporte.

Fica o exemplo para os dirigentes brasileiros.

A Copa e as Olimpíadas estão chegando.

Espero que o legado seja precioso para o esporte brasileiro. E que seja muito bem aproveitado.

UFC Rio: noite histórica

Foto: UFC
O UFC Rio foi um espetáculo para os amantes das artes marciais. Para os brasileiros fãs da categoria, a noite foi quase perfeita: somente uma derrota, na primeira luta.

No mais, foi um show brasileiro dentro do octógono.

Minotauro superando os limites e vencendo um adversário forte de maneira surpreendente, que dominava a luta até o momento em que tomou o golpe fatal do ídolo brasileiro.

Édson Júnior mostrando categoria e eficiência no embate com um inglês duro na queda.

Maurício Shogun, no duelo que seria o mais equilibrado da noite, nocauteando Forrest Griffin com uma sequência de golpes impressionante.

E, por fim, Anderson Silva mostrando por que é uma lenda no UFC, ao vencer com facilidade o japonês Yushin Okami.

No seu estilo provocador, o "Spider" tirou o japonês do sério, lutou com uma grande tranquilidade e com uma postura que dizia até para os menos entendidos desse esporte (como eu): "vou vencer na hora em que eu quiser".

E foi isso mesmo que ele fez.

No primeiro round, Anderson ficou andando pelo octógono, enquanto o adversário tentava, sem sucesso, atingi-lo.

No segundo, baixou a guarda e com socos precisos, nocauteou o adversário.

Os torcedores brasileiros não têm do que reclamar das lutas dessa histórica noite de agosto.

O único porém: tentaram jogar revista e copos de cerveja no octógono. Uma ação lamentável de torcedores que ainda têm muito o que aprender quando o assunto é apreciar um espetáculo.

Observações

Forrest Griffin esbanjou simpatia durante a coletiva. Brincou que se cada lutador que perdesse para o Anderson Silva parasse de lutar, a categoria ficaria vazia em breve.

Griffin ainda aproveitou para descontrair o clima ao comentar a gravidez de sua mulher, que está prestes a dar a luz ao bebê. Ele disse que se soubesse que perderia, não teria vindo ao Brasil.

Por fim, vale ressaltar a grande vitória de Minotauro, recuperado de uma série de cirurgias. Na coletiva, ele revelou: ao entrar no octógono ontem à noite, estava tão nervoso por lutar em seu país que não conseguiu olhar para a torcida.

domingo, 14 de agosto de 2011

Seleção do medo

Um ano se passou desde a eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo, naquela derrota por 2x1 para a Holanda, na África do Sul.

E nesses quase 400 dias que se passaram desde então, tudo o que envolve a seleção tupiniquim é desanimador.

A começar pela organização da Copa do Mundo de 2014, mais cara do que as três últimas Copas JUNTAS!

Estimativa da Consultoria Legislativa do Senado Federal prevê que serão gastos nos preparativos para a Copa de 2014 US$ 40 bilhões.

Já as Copas realizadas na Coréia do Sul e Japão (2002), Alemanha (2006) e África do Sul (2010) custaram, juntas,US$ 30 bilhões.

E o dinheiro público vai indo pelo ralo...

O cenário não melhora quando se olha para a seleção comandada por Mano Menezes, treinador que não ganhou nada que o credencie a ser o técnico da nação mais vitoriosa do maior campeonato do mundo do futebol.

Desde que virou o comandante do Brasil, Mano não conseguiu dar liga, padrão ao time. Não há estratégia, não há tática e nem um plantel qualificado.

Jogadores sem condições de vestirem a amarelinha (horrorosa) são convocados frequentemente.

E a equação da seleção brasileira desde agosto de 2010 tem sido essa: treinador sem gabarito + jogadores sem capacidade = fracassos.

Foram 14 jogos sob comando de Mano. E nenhuma vitória sobre as "seleções top 20" do Mundo.

Veja só a lista de jogos da era Mano Menezes (em negrito, a posição da seleção de acordo com o ranking mais atual da Fifa, onde o Brasil aparece na quarta colocação):

14/08/2010 - Brasil 2 x 0 Estados Unidos (30ª - amistoso)

07/10/2010 - Brasil 3 x 0 Irã (54ª - amistoso)

11/10/2010 - Brasil 2 x 0 Ucrânia (45ª - amistoso)

17/11/2010 - Brasil 0 x 1 Argentina (10ª - amistoso)

09/02/1011 - Brasil 0 x 1 França (15ª - amistoso)

27/03/2011 - Brasil 2 x 0 Escócia (61ª - amistoso)

04/06/2011 - Brasil 0 x 0 Holanda ( - amistoso)

07/06/2011 - Brasil 1 x 0 Romênia (53ª - amistoso)

03/07/2011 - Brasil 0 x 0 Venezuela (40ª - Copa América)

09/07/2011 - Brasil 2 x 2 Paraguai (26ª - Copa América)

13/07/2011 - Brasil 4 x 2 Equador (67ª - Copa América)

17/07/2011 - Brasil (0) 0 x 0 (2) Paraguai (26ª - Copa América)

10/08/2011 - Brasil 2 x 3 Alemanha ( - Amistoso).

Entre agosto de 2010 e agosto de 2011, o Brasil enfrentou sete dentre as 40 melhores seleções de acordo com a Fifa. Ganhou uma (contra os Estados Unidos), perdeu três (França, Argentina e Alemanha) e empatou quatro vezes (Holanda, Venezuela e duas vezes com o Paraguai).

Um desempenho medíocre, de seleção pequena.

E, para tentar apagar essa péssima imagem, o "dono" da CBF, Sr. Ricardo Teixeira, que já disse que pode fazer o que quiser na Copa de 2014, marcou amistosos contra seleções bem fracas.

Jogos contra Itália e Espanha? Deixa pro ano que vem.

Por que até o final do ano, além do Superclássico das Américas, que contará com dois jogos contra a Argentina, o Brasil medirá forças com o Egito (34º colocado no ranking da Fifa, no dia 06/09), Costa Rica (56ª melhor seleção, no dia 07/10) e Gabão (número 60 na lista mundial, no dia 11/11).

E, em 15 de novembro, a seleção do medo enfrentará a Suíça ou a Inglaterra.

Essa é a seleção brasileira se preparando para a Copa de 2014.

E se a famosa frase "pau que nasce torto não se endireita" estiver certa, os brasileiros podem esperar por mais fracassos.

Parabéns, senhor Ricardo Teixeira.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Hora de colocar as coisas em ordem

A eliminação da Seleção Brasileira da Copa América "bagunçou a casa inteira".

Críticas (muitas justas, outras injustas) surgem de todos os lados, contra todos. Neymar, Ganso, Robinho, Pato e Mano Menezes são os principais alvos.

Embora a gente saiba que o principal e grande responsável pelos fracassos da seleção e pela falta de interesse do torcedor pela "amarelinha" seja Ricardo Teixeira.

Mas, o que fazer para evitar novos vexames, mesmo com Ricardo Teixeira na presidência da CBF?

Cada um tem uma opinião, são várias as verdades e várias as sugestões dos quase 200 milhões de treinadores da seleção tupiniquim.

A minha sugestão é a seguinte.

Mano Menezes, como todos sabem, não era o preferido e nem a segunda opção do dono da CBF para ocupar o cargo de treinador da seleção. Mas, Muricy Ramalho e Felipão não quiseram assumir a missão de conduzir o Brasil até a Copa de 2014. Não no ano passado.

Então, foi ele mesmo. Mano substituiu o inexperiente Dunga, ganhador da Copa América, da Copa das Confederações e que fez a Argentina como maior freguês.

Mas, até agora, ele não conseguiu fazer a seleção engrenar.

Das duas, uma: ou as peças estão com defeito, ou o treinador não está usando as peças direito, talvez, nem sejam as peças adequadas.

Maicon e Daniel Alves são ótimos laterais, mas o lado esquerdo do Brasil sofre com a ausência de um jogador que chegue e assuma o status de dono da posição.

Ramires alterna boas atuações com erros grosseiros.

Ganso, fora de forma física, mostrou ser uma presa fácil para os marcadores adversários.

Pato, como centroavante, não rende nada. Se posiciona mal e finaliza pior ainda.

Robinho e Neymar, embora corram o jogo inteiro, não conseguem produzir muitos lances de perigo.

Por que, então, não mudar o esquema?

Que tal um 3-4-3, com um trio de zaga protegido por dois voalntes que têm certa liberdade para atacar e dois armadores para abastecer os três atacantes?

Poderíamos ter uma seleção com Lúcio, Thiago Silva e David Luis; Ramires (Sandro), Lucas Leiva, Ganso e Thiago Neves (Lucas ou Elano); Robinho, Neymar e Fred (Pato). Isso levando em consideração apenas aqueles que têm sido convocados por Mano Menezes.

Há ainda outras peças de qualidade para a armação, como o são-paulino Lucas. E outros bons volantes, como Sandro, do Tottenham.

Com dois armadores, dois atacantes de velocidade, e um centroavante definidor, a seleção poderia criar ataques letais.

Isso sem se expôr, pois atacaria com cinco jogadores de qualidade e teria ainda cinco atletas para evitar os contra-ataques.

E você, o que acha? Qual sua sugestão para a seleção tentar "lavantar a poeira e dar a volta por cima"?

Vexame

O Brasil talvez tenha realizado a melhor partida sob o comando de Mano Menezes.

Sufocou o Paraguai, criou diversas chances de gol e praticamente não foi ameaçado.

Mas "a bola pune" e deixa bem claro os erros do treinador da seleção canarinho.

Mano insiste em jogadores que não têm condições de jogarem na seleção. E, pior do que isso, não consegue formar um time.

Novamente o Brasil entrou em campo com onze jogadores que não tinham uma estratégia, não tinham um padrão de jogo.

Não adianta culpar o gramado horroroso pela eliminação, pois os paraguaios jogaram no mesmo local.

A seleção não tem força, não tem esquema tático e nem personalidade. É um "ajuntadão" de jogadores.

Mano Menezes é o responsável por esse vexame histórico. Errar quatro penalidades em quatro tentativas é um absurdo, ainda mais diante do modo ridículo como foram cobradas.

A seleção sente falta de um treinador, que Mano não mostrou ser até agora.

Confiar em André Santos e Pato é pedir para se decepcionar. Robinho, que ontem foi um dos destaques do jogo, até hoje não se tornou o "melhor do mundo" que ele desejava ser e há muito tempo não realizava uma boa partida com a "amarelinha".


Além de escalar mal, Mano substituiu mal, foi covarde, medroso.

Tirar Ganso e Neymar foram dois grandes erros. Não que os santistas estivessem jogando bem, pelo contrário. Os dois foram muito mal em todo o torneio.

Mas, em um momento que a seleção precisa vencer, Mano tira o armador que, mesmo mal, era o garçom da Copa América?

E por que tirar Neymar, que atrai os marcadores, para ficar com dois centroavantes dentro da área? Para que deixar Pato, que nunca jogou nada na seleção, e estava em um dia pior do que de costume?

Pato fez uma Copa América horrorosa. Se posicionou mal, grande parte das vezes em impedimento, errou muitos domínios de bola e abusou do direito de perder gols. E falo só de chances claras de gol, daquelas que qualquer centroavante com o mínimo de talento faria.

Talento que ele tem, mas para mostrar em seus clubes, não com a camisa da seleção, como ele mesmo tem mostrado partida após partida.

E o que dizer de Lúcio? O ex-melhor zagueiro do mundo parece ter se esquecido que sua função é acabar com as jogadas dos adversários, não armar os ataques brasileiros.

Ramires é outro jogador que está perdido no tempo. Une boas jogadas com erros grotescos.

Júlio César, há pouco tempo o melhor goleiro do mundo, precisa mostrar serviço também nos momentos decisivos. Errou feio contra a Holanda e errou mais ainda contra o Equador, quando ele não poderia errar.

A seleção brasileira está sem rumo. E, até agora, parece estar sem comandante.

sábado, 16 de julho de 2011

Falta de respeito

Se tem uma coisa que me incomoda muito é falta de respeito. Ninguém é obrigado a gostar de outra pessoa, aprovar uma atitude ou até mesmo concordar com algo.

Mas respeitar é básico e todas as relações deveriam ser pautadas nisso, seja no ambiente profissional ou pessoal.

Recentemente, dois clubes brasileiros tomaram um revés após anunciarem a contratação de reforços de peso.

O Ceará anunciou o lateral-direito Belletti, campeão da Copa do Mundo com a seleção brasileira e campeão da Europa com o Barcelona, dentre outros títulos.

Já o Bragantino apresentou o lateral-esquerdo Athirson, experiente jogador que defendeu, dentre outros clubes, Flamengo, Santos e Portuguesa e chegou a ser convocado para defender a seleção brasileira.

Mas, o que une as duas situações é que os reforços não chegaram nem a estrear e anunciaram a que não jogariam pelos respectivos clubes.

Belletti contou, pelo twitter, que seu condicionamento físico não permitia mais que ele jogasse e anunciou a aposentadoria.

Já Athirson afirmou que não defenderia o clube de Bragança por "motivos pessoais".

E, simples assim, os dois deixaram Ceará e Bragantino a ver navios.

Minha pergunta: os dois só descobriram esses "empecilhos" após assinar o contrato?

Isso é uma baita falta de respeito com os dois clubes. Os dirigentes vão atrás, negociam, elaboram um contrato, anunciam o atleta, preparam todo o cenário para uma apresentação bacana e os dois nem estreiam pelos clubes.

Ambos deveriam pagar a multa rescisória estipulada em contrato (se houver, e acredito que deveria haver).

Não adianta argumentar: "ah, mas os dirigentes também fazem isso, desrespeitam jogador, técnico, etc"... Um erro não justifica outro erro.

É lamentável, decepcionante e revoltante ver isso.

E isso em pleno Brasil, sede da Copa do Mundo, da Olimpíada e uma das nações que mais crescem no planeta...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Fim de linha


A briga entre Kleber e o Palmeiras parece ter chegado a um ponto onde o melhor para ambos é cada um seguir para um lado.

O atacante parece não ter mais clima para continuar no clube. Criticado pela diretoria e, indiretamente, por atletas, a solução deve ser buscar outro rumo.

A diretoria tenta jogar o atacante contra a torcida, enquanto Kleber tenta manter a idolatria conquistada dentro de campo.

O que o atacante não contava era com o recuo do Flamengo, que, por enquanto, diz ter desistido de contratá-lo.

Mas o fato é que Kleber e Palmeiras não falam a mesma língua.

Podem até manter esse casamento. Mas a história é igual a de um casal que não tem mais amor e mantém o matrimônio apenas por causa do passado.

E nessa história, não tem um lado 100% certo, nem um 100% errado.

A diretoria não deveria pagar um salário maior do que o do Kleber para um jogador como Lincoln, sem identificação com o clube e que quase não joga devido às contusões.

Já o Kleber tem que mostrar em campo que merece mais, o que até hoje não fez em nenhum clube. O atacante é marcado não pelas suas conquistas, mas pelo seu nervosismo, principalmente nas decisões. Foi assim no Cruzeiro e é assim no Palmeiras.

Por isso, chegou a hora de ambas as partes refletirem: vale mesmo a pena toda essa confusão?

Kleber tem a imagem desgastada, pois é tachado de "chinelinho" e mercenário.

Já o Palmeiras passa a vergonha de se submeter às vontades de um jogador que ofende o presidente do clube publicamente e nem punido é.

Repito: vale a pena todo esse desgaste?

Corinthians impecável





A campanha do Corinthians nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro é impressionante.


São nove jogos, com oito vitórias e um empate; 25 pontos conquistados de 27 possíveis. Ainda tem a melhor defesa da competição, com quatro gols sofridos, e o segundo melhor ataque - 17 gols feitos contra 18 do Flamengo.

Disputando a artilharia do torneio, estão dois corintianos: Willian tem cinco gols e Liedson marcou quatro até agora - Montillo, do Cruzeiro, lidera a lista com seis tentos.

E não dá para falar que o Corinthians só pegou times fracos. Dentre os derrotados, estão Internacional, Fluminense, Vasco e São Paulo. E um empate com o Flamengo no Rio de Janeiro.

Tite conseguiu formar um time. Pode não ter jogadores brilhantes, mas tem atletas eficientes e que sabem exatamente o que fazer. E não dá para desprezar o talento de Liedson e Alex, por exemplo.

E o Inter, que nutre o ódio dos corintianos desde 2007, quando perdeu para o Goiás e sacramentou o rebaixamento do alvinegro para a Segundona, ainda teve que aguentar piadas.

A foto acima é da capa do site do Corinthians, que ironiza o DVD feito pelo Colorado com possíveis erros da arbitragem na decisão da Copa do Brasil de 2009, que terminou com a equipe paulista campeã.

Aliás, já virou moda o Corinthians provocar os rivais em seu site oficial. O São Paulo que o diga.

E, pelo menos por enquanto, a moda corintiana é comemorar as vitórias.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Os erros do Mano



A seleção brasileira passou sufoco, foi pressionada, mas conseguiu vencer por 4x2 o fraco, muito fraco, Equador.

Dois gols de Pato, dois de Neymar e dois frangos de Julio César em chutes de Caicedo.

O Brasil venceu, mas novamente jogou muito mal. Segue sem padrão tático, sem jogadas ensaiadas, sem vibração. É um time extremamente dependente do talento individual dos atletas.

Mano precisa abrir o olho para os defeitos da seleção e corrigir urgentemente os erros.

Um dos pontos fracos foi solucionado: Maicon deu uma aula para Daniel Alves ver como se joga um LATERAL-DIREITO. O jogador da Inter de Milão foi muito bem na defesa e melhor ainda no ataque, onde criou diversas jogadas pelo lado do campo.

Porém, essa foi a única alteração acertada do treinador, e não pode ser a única.

Ganso, sozinho no meio-de-campo, é facilmente marcado pelo batalhão de volantes e zagueiros. Jadson foi muito bem contra o Paraguai e não devia ter sido sacado do time, ainda mais para a volta do (há tempos) improdutivo Robinho.

Além de precisar acertar o meio-de-campo, Mano precisa arrumar a lateral-esquerda.

André Santos, apesar de ter acertado um lindo cruzamento para o gol de Pato, não merece estar na seleção brasileira. É uma avenida na defesa e não produz no ataque (não me lembro de outra jogada dele que resultou em gol, além do passe de ontem).

Mano Menezes não pode se apegar ao que o jogador fez há um, dois, dez anos. Ele tem que selecionar e treinar os melhores.

E ele não está fazendo nem um, nem outro.

Entre os convocados, tem que não merece estar no grupo.

E, até o momento, quem convoca não conseguiu formar um time. Isso é o que mais assusta.

sábado, 9 de julho de 2011

Futebol nota zero

Novamente (já não é mais novidade), a seleção brasileira comandada por Mano Menezes apresentou um futebol medíocre.

O empate por 2x2 diante do Paraguai foi conquistado graças a dois gols chorados, marcados "aos trancos e barrancos".

Não há jogada ensaiada, não há organização, não há um padrão tático, existe apenas um bando de jogadores correndo atrás da bola.

Aliás, alguns nem deveriam ser convocados, quanto mais estarem entre os titulares, caso do lateral-esquerdo André Santos.

O ex-jogador do Corinthians é um dos pontos mais fracos da seleção. Ele não ataca, não defende, não acerta UM cruzamento e só realiza passes para trás.

Do outro lado, Daniel Alves vive uma das piores fases da carreira. É uma verdadeira avenida na defesa (os dois gols do Paraguai saíram nas costas dele, o segundo em uma falha bisonha do lateral-direito da seleção canarinho) e no ataque, tenta jogar como meia, afunila todas as jogadas e não dá opções de jogadas laterais. Ou seja, não joga como lateral. Já está mais do que na hora de Mano colocar Maicon para jogar.

No meio-de-campo, não há muito o que criticar. O que deve ser corrigido é o posicionamento, pois o Brasil não tem tido saída de bola. É necessário que todos os meias se movimentem mais.

Já o ataque tem sido pífio. Neymar não toca nenhuma bola, Pato faz o mesmo e, para piorar, o centroavante do Milan não acerta o posicionamento...

Mano Menezes teve quase um mês para treinar a seleção e a base do time titular vem sendo mantida desde que ele assumiu o cargo, há cerca de um ano. Apesar disso, repito: não há jogadas ensaiadas, não há padrão tático.

É um amontoado de jogadores correndo atrás da bola e só.

Muito pouco para uma seleção brasileira. É melhor Mano colocar o time nos trilhos..

Para o bem dele e do futebol brasileiro.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Brasil nem parece o Brasil


A estreia da seleção brasileira na Copa América não foi, nem de longe, o que todos os brasileiros desejavam.

O técnico Mano Menezes escalou o time que a maioria queria, com Neymar, Robinho e Pato no ataque, municiados por Ganso.

Mas a tentativa foi um baita fracasso diante de uma seleção fraca, que lutaria contra o rebaixamento se disputasse o Campeonato Brasileiro.

O trio de atacantes estava muito mal. Neymar não acertava dribles, Robinho tocava de lado e Pato não dominava uma bola, isso quando não estava em impedimento.

Ganso, sobrecarregado, foi facilmente anulado pelos venezuelanos.

Isso sem contar a atuação desastrosa de Daniel Alves, André Santos e Ramires.

O lateral do Barcelona joga como meia e não dá opções de jogadas pela linha de fundo, além de ser uma avenida para os adversários.

Enquanto do outro lado, o ex-corintiano André Santos só toca para o lado ou para trás...

Ramires esquece que é volante e quase ataca mais do que o trio de atacantes.

O que se viu nessa estreia foi um bando de jogadores vestindo a amarelinha.

Não havia esquema tático e, o principal, não havia espírito de equipe. Era cada um por si e o resto que se vire...

Foi uma seleção sem pé nem cabeça, que nem parecia realmente a seleção brasileira.

Mano terá que treinar muito essa equipe se quiser sonhar com a conquista da Copa América.

Além disso, ontem senti fala de uma coisa. "O cara".

Cresci vendo Romário decidir partidas e judiar dos adversários.

Depois dele, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo dividiram a função de não deixar os rivais verem a cor da bola.

Mas, desde 2006, não vejo "o cara".

Kaká, Adriano, Luis Fabiano... Todos tiveram bons jogos pela seleção, mas não preencheram a lacuna deixada pelo trio de "erres".

Não há "o cara" que faça os adversários tremerem.

Robinho e Pato nunca foram o que se espera deles.

Neymar, Ganso e Lucas surgem como as novas esperanças.

Mas, até quando ficaremos sem o "jogador-referência"?

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sem palavras

O São Paulo estava invicto no Brasileirão, vinha de cinco vitórias consecutivas e, pela frente, teria o clássico contra o Corinthians.

O duelo, cheio de rivalidade, tinha ingredientes de sobra para um bom jogo.

Há cinco anos o Tricolor não vence o Timão pelo Campeonato Brasileiro.

Já os são-paulinos não esquecem do centésimo gol de Rogério Ceni, marcado exatamente sobre o rival.

Fora a disputa política entre os dois clubes.

Mas em campo, o São Paulo foi atropelado, principalmente na segunda etapa, quando teve que atuar com um a menos graças à expulsão de Carlinhos Paraíba (muito contestada pelo clube do Morumbi).

E o domínio corintiano foi se transformando em gols. Um com Danilo, três com Liédson e um de Jorge Henrique, contando com a falha de Ceni.

A goleada estava sacramentada.

E os corintianos, claro, não deixaram passar em branco a oportunidade de tirar sarro do rival.

O site do Timão não economizou nas provocações.





"Freguês bom sempre volta", dizia a mensagem logo na capa do site corintiano.

"Vai para cima delas Timão", estava escrito na faixa que os fotógrafos do clube fizeram questão de clicar.

E o que os são-paulinos vão poder dizer hoje?

Trator luso

A Portuguesa tem o melhor ataque dentre os 40 times que disputam as séries A e B do Campeonato Brasileiro: são 20 tentos em sete partidas.

E nesse final de semana, a força ofensiva do time do Canindé fez uma nova vítima: o Goiás.

No primeiro tempo, a Portuguesa tomou um gol (marcado por Zé Antonio) e fez um duelo equilibrado com a equipe Esmeraldina.

Porém, na segunda etapa, Edno, que até então fazia uma partida ruim, acordou e empurrou a Lusa rumo à goleada.

O rubro-verde Guilherme igualou o marcador em um chutaço de fora da área. Pouco depois, Henrique recebeu um passe açucarado de Edno e só tocou a bola para o fundo do gol vazio.

Na sequência, o meia-atacante marcou dois gols e sacramentou a goleada da líder Lusa sobre o esfacelado e em crise Goiás. Desde que voltou à Lusa, Edno já marcou quatro gols em quatro partidas.

No final do jogo, torcedores do Esmeraldino queimaram camisas, xingaram e vaiaram os jogadores do Goiás e chegaram a cantar "olé" quando os atletas da Portuguesa trocavam passes.

A goleada só mostra a diferença entre uma equipe sem rumo, desorganizada taticamente, e um time bem postado em campo, com bons atletas e que disputará uma vaga na Série A.

Pode anotar.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tricampeão!!!!

Onze horas para comprar o ingresso, tumulto, pancadaria, confusão, cansaço. Tudo isso valeu a pena.

Eu vi, lá do tobogã, o Santos vencer o Peñarol por 2x1 e faturar o terceiro título da Libertadores, depois de 48 anos de jejum.

Eu vi os torcedores santistas incendiarem o Pacaembu. E vi os jogadores do Peixe incendiarem os torcedores.

Eu vi Neymar fazer belas jogadas, apanhar, dar pontapé e quase não consegui enxergar o chute certeiro que colocou o Santos em vantagem. Não tem problema.

Vi Adriano mostrar como um volante pode contribuir para o futebol arte com desarmes precisos!

Vi como um jogador com estrela faz a diferença em partidas decisivas. E vi uma constelação composta por Ganso, Elano, Arouca, Léo e Danilo.

Eu estava lá e vi e ouvi os torcedores gritando o nome de Edu Dracena e Durval. E vi, ainda, os santistas aplaudirem de pé as jogadas simples e eficientes do raçudo Pará.

Pude observar um goleiro entrar para a história como o mais jovem arqueiro a conquistar a Libertadores. Rafael foi fundamental nessa campanha vitoriosa.

E como foi emocionante ver Pelé puxando Muricy pelo braço até o meio do campo. O Rei e o trabalhador. O técnico brasileiro mais vitorioso dos últimos cinco anos merecia conquistar o maior título da América do Sul.

E Muricy foi o grande responsável pela ressurreição do Santos na competição.

Fez o time entrar em sintonia e colocar o coração na ponta das chuteiras.

A nação santista agradece a todos que participaram dessa conquista.

Alan Patrick, Bruno Aguiar, Bruno Rodrigo, Zé Eduardo, Maikon Leite, Rodrigo Possebon, Aranha, Vladimir, Felipe Anderson, Vinicius...

Os nomes são muitos. Mas todos estão marcados eternamente no coração e na memória dos santistas.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tem lógica?

Victor (Grêmio), Jefferson (Botafogo), Galhardo (Flamengo), Bruno Uvini (São Paulo), Juan (Internacional), Alex Sandro (Santos), Danilo (Santos), Gabriel Silva (Palmeiras), Allan (Vasco), Casemiro (São Paulo), Ganso (Santos), Elano (Santos), Oscar (Internacional), Lucas (São Paulo), Fred (Fluminense) e Neymar (Santos).

Você gostaria de ver algum deles jogando o Campeonato Brasileiro?

Então aguente. Por que todos eles deverão desfalcar os respectivos clubes por quase um mês, já que uma parte estará na Copa América, enquanto outra parte disputará o Mundial Sub-20 pela Seleção Brasileira.

Isso acontecerá por que o Campeonato Brasileiro não parará nesse período.

Agora fica a questão: qual o objetivo da CBF ao tirar todos esses atletas do Brasileirão?

Por que o calendário da seleção e o do Brasileirão não se encaixam?

Sinceramente, é díficil entender os gênios que comandam o futebol brasileiro...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Assim será na Copa do Mundo?

O relógio ainda não marca uma hora da manhã na fria madrugada paulista, mas mais de 800 santistas já estão no estádio do Pacaembu em busca de um dentre os cinco mil ingressos disponibilizados para não-sócios.


O sonho desses torcedores é poder comemorar no estádio o título da Libertadores contra o Peñarol, no dia 22 de junho.

Porém, o sonho começa a virar pesadelo quando a velha arte de vender ingressos se torna uma verdadeira guerra.

No meu mundo, vejo o processo da seguinte maneira: um local tem dez bilheterias, então dez funcionários estarão nos guichês no horário previsto para vender os bilhetes.


As filas são "engenhosamente" ordenadas com cavaletes ou grades, aparentemente equipamentos dentre os mais modernos e difíceis de encontrar...

Os atendentes abrem o guichê, recebem o dinheiro (ou cartão) e validam a compra. Em um processo extremamente complicado, em menos de um minuto, o torcedor está com o ingresso na mão.

Mas os brasileiros são gênios e conseguem achar meios mais ridículos e ineficientes para se fazer a venda de ingressos.

Em plena final de Libertadores, no ano de 2011, a "organização" é a seguinte:

- Os torcedores chegam pela madrugada, aguardam dez, 12 horas na fila até colocar o nome na lista, que uma funcionária se apressa em escrever utilizando o moderno sistema de papel e caneta.

- O "felizardo" vai para outra fila e aguarda que todos os nomes inscritos antes dele sejam chamados para, enfim, comprar o bilhete.

- Para organizar todo esse processo, uma equipe composta por três funcionários sem uniforme e nenhum policiamento para dar respaldo.

Pronto. Essa é a fórmula para acabar com os nervos de qualquer ser humano e provocar tumultos e caos.

Foi isso o que aconteceu nessa terça-feira, 14 de junho de 2011.

As bilheterias abririam às seis da manhã, mas devido à pressão agressiva dos "torcedores", iniciada em torno de 5h50, os guichês permaneceriam fechados até que os três funcionários colocassem em ordem os mais de dois mil indivíduos que queriam comprar a entrada.

Às oito horas da manhã, quem havia chegado à meia-noite e quem havia chegado cinco minutos antes estavam juntos, e, com sorte, espremidos próximos aos guichês.

Os líderes da torcida organizada é que começam a tentar ordenar as filas. Os próprios torcedores começam a arrumar as grades para evitar que os "espertalhões" burlem a vez dos outros. A fiscalização é feita por alguém que tentava comprar o bilhete, mas não conseguia se aproximar da bilheteria.

Os funcionários sumiram.

Polícia? Apenas uma ou outra viatura ronda a Praça Charles Miller.

Um ou outro policial desce do veículo, dá uma olhadinha na bagunça e volta para a ronda.


Para deixar o espetáculo mais pavoroso, os indivíduos começam a se ofender, trocar xingamentos e socos.

Depois de três horas de tumulto, aperto e palavras agressivas entre os santistas, finalmente a Polícia Militar chega, com a Tropa de Choque.

Em menos de uma hora a fila foi organizada e os ingressos começaram a ser vendidos.

É desse modo que serão vendidos os bilhetes para os jogos da Copa do Mundo?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tem fôlego?






O Campeonato Brasileiro chega à quarta rodada com três paulistas ocupando as primeiras colocações.

O São Paulo lidera com 100% de aproveitamento, embalado, principalmente, pela boa fase de Lucas e Casemiro.

O Corinthians vem logo atrás, com três vitórias e um empate. Em um ataque que conta com Liédson, Emerson e Adriano, William é quem tem dado conta do recado e já é um dos artilheiros do Brasileirão.

Já o Palmeiras é o terceiro, com duas vitórias como mandante e dois empates fora de casa contra Cruzeiro e Internacional. O Verdão tem conseguido bons resultados adotando a estratégia "se não vai na técnica, vai na raça".

O Trio de Ferro deve disputar o topo da tabela até o final do torneio. Os três têm bons jogadores, um elenco já entrosado e pode dar trabalho.

Vale destacar também o começo de campeonato do Santos.

Uma vitória, dois empates e uma derrota. Não é um desempenho de se encher os olhos. Só que o clube praiano tem atuado com um "time B" devido às finais da Libertadores.

E os reservas do Peixe já empataram com o Internacional e com o Cruzeiro. Ou seja, tiraram pontos de dois dos favoritos ao título, que por enquanto ainda não engrenaram.

Se mantiver a pegada, logo o alvinegro santista poderá entrar na briga pelo topo da tabela com o Trio de Ferro, junto com o Flamengo, Cruzeiro, Grêmio e Internacional, quando esses três últimos espantarem a má fase.

Só que a Copa América vem aí, depois o Mundial Sub-20 e o Brasileirão não parará.

Aí vem a questão: Santos e São Paulo, que devem ser os clubes mais afetados com essas competições, terão força e elenco para continuarem na disputa pelo título?

sábado, 11 de junho de 2011

Futweets #07

O mundo do futebol viu um grande craque se aposentar oficialmente nessa semana.

Ronaldo Fenômeno jogou pela úlitma vez pela seleção brasileira e deixou uma dúvida enorme na cabeça dos brasileiros: quem será o herdeiro da camisa nove?

Dúvidas à parte, o que eu posso dizer é que a semana foi recheada de comentários interessantes no twitter, desde piadinhas com amigos, até discussões.

Isso é o que você confere agora! Está no ar o Futweets #07


Vamos começar esse Futweets, claro, com as homenagens ao ídolo do  futebol mundial, Ronaldo!

Ele, que mostrando muita humildade, postou isso:




Ronaldo, Robinho e Neymar no ataque. Eu é que não desejaria jogar contra o time deles... Coitado dos zagueiros.

Elogiado pelo Fenômeno, Neymar mostrou pelo twitter o quanto esse amistoso valeu para ele.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

A volta do Gigante

Depois de muitos anos de sofrimento, piadinhas, rebaixamento e times bem fracos, finalmente o Vasco voltou a honrar a sua tradição.

O inédito título da Copa do Brasil marca a reinvenção de um time que não poderia ter sido tão mal-tratado.

A conquista veio sobre o Coritiba, o bicho-papão do primeiro semestre, mas que agora precisa sacodir a poeira e dar a volta por cima.

Os vascaínos, que há tanto tempo sofriam com a péssima fase do clube, fizeram uma comemoração de arrepiar no aeroporto.

Veja só o que o blogueiro @RicaPerrone postou no blog dele:



Eu adoro ver o show que os verdadeitos torcedores promovem. É um momento espetacular, lindo, do futebol.

Os bandeirões, as faixas, as bexigas, as camisas rodando no ar, os gritos de incentivo ao time, os fogos.

A recepção que os colorados promoveram aos jogadores do Inter no ano passado na fase final da Libertadores.

A festa da torcida Coxa Branca e o "inferno verde" que dominou o caminho do ônibus coritibano até a porta do estádio.

Isso é lindo de se ver.

Isso é torcer de verdade.

Bola de cristal

A semana foi louca, cheia, trabalhosa, cansativa, exaustiva... Não deu tempo nem de blogar direito.

Mas, segue rapidinho o que vai acontecer nesse final de semana recheado de jogões!

Avaí 2 x 1 América Mineiro - Sem Silas, o Leão da Ressacada bate o fraco América Mineiro.

Cruzeiro 3 x 1 Santos - Um jogão que poderia ser ainda mais interessante se o Peixe não entrasse com reservas. É obrigação o time mineiro vencer o "time B" de um adversário que está entre os favoritos para brigar pelo título.

São Paulo 1 x 1 Grêmio - Se essa partida for realizada, o Grêmio evita a marca histórica do Tricolor, que nunca venceu as quatro primeiras partidas na história do Campeonato Brasileiro. * Devido ao vulcão chileno, os aviões não podem decolar nem pousar no aeroporto gaúcho.

Vasco 1 x 1 Figueirense - O título da Copa do Brasil vai deixar os vascaínos de ressaca, mas o Figueira vai arrancar um pontinho no Rio de Janeiro.

Bahia 2 x 2 Atlético Mineiro - Um jogo que tem tudo para ser uma partidaça: torcidas animadas e inflamadas, jogadores com vontade de silenciar os críticos e mostrar talento.

Atlético Goianiense 1 x 2 Ceará - Não sei por que, mas meu instinto está apontando uma vitória para o Vozão.

Internacional 0 x 0 Palmeiras - Vaias para o Falcão e mais um pontinho que o time de Felipão arranca fora de casa contra um adversário forte.

Corinthians 2 x 1 Fluminense - O Timão está mais acertadinho, enquanto Abel Braga tem que organizar a casa Tricolor.

Atlético Paranaense 0 x 0 Flamengo - O Furacão segue sem marcar gols e o Fla mantém a invencibilidade.

Botafogo 2 x 2 Coritiba - Cheiro de empate entre duas equipes que vão suar sangue no Brasileirão.

--

Rodada pífia no CartolaFC: apenas 37,08 pontinhos. Elenco do Timecorapado2 será reformulado e já está escalado:

Edson Bastos (Coritiba)

Weldinho (Corinthians)

Léo (Cruzeiro)

Antônio Carlos (Botafogo)

Bruno Vieira (Figueirense)

Marcos Assunção (Palmeiras)

Paulo Baier (Atlético Paranaense)

Marquinhos Paraná (Cruzeiro)

Leandro Guerreiro (Cruzeiro)

Jóbson (Bahia)

Luan (Palmeiras)

Técnico: Jorginho (Figueirense).

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Adeus fenomenal


O dia 07/06/2011 está marcado para sempre na história do futebol, assim como está eternizado o Ronaldo Fenômeno, que se despediu da Seleção Brasileira depois de 14 anos após ser convocado pela primeira vez.

O 1x0 contra a Romênia e os 15 minutos em campo não representam um décimo da homenagem que esse atacante deveria receber.

E ele ainda pediu desculpas por ter perdido gols em seu último jogo com a amarelinha.

Oras, Fenômeno, depois de superar as graves cirurgias nos dois joelhos;

Depois de se tornar o maior artilheiro da história da Copa do Mundo;

Depois de marcar gols que eram verdadeiras obras de arte;

Depois de conduzir o Brasil ao penta;

Depois de tudo o que você fez pela seleção, pode ter certeza: não há por que pedir desculpas pelos gols perdidos no Pacaembu.

A bola é que deve se desculpar por não ter ido ao encontro das redes.

domingo, 5 de junho de 2011

Futweets #06

Se teve uma semana repleta de emoções, foi essa que terminou ontem.

Teve de tudo: jogo dramático, jogo chato, frango, acidente, mais acidente...

E, claro, teve reclamação e provocação na "tuítosfera".

Por isso, o Futweets #06 está imperdível.



No mundo do jornalismo, tem um ditadinho que diz "bad news is good news" (tradução: notícia ruim é notícia boa).

Então, vamos começar com as notícias ruins.

O Mago Valdivia mostrou nessa semana que precisa melhorar os cálculos na hora de manobrar seu carrão. O palmeirense errou nas contas e acabou atropelando um cinegrafista. Depois, pediu desculpas.




Que fase, hein, Valdivia!

Mas quem se deu mal mesmo foi o Leonardo, amigo do Leandro Castán, zagueiro do Corinthians. O defensor acertou um tiro com uma arminha de pressão no colega e alegou que foi um disparo acidental. Leonardo teve que ser internado em um hospital.




De acordo com o próprio jogador, o amigo está se recuperando bem.

Agora, nada acidental foram as pedras arremessadas contra a torcida do Santos na semifinal da Libertadores contra o Cerro Porteño. Até Ronaldo se revoltou com a atitude dos vândalos infiltrados entre os torcedores.




Essa é a questão que fica Ronaldo. Até quando?

Falando na semifinal da Libertadores, sabe quem foi convidado para torcer pelo Peixe? Veja só e acredite se quiser:




Se ele torceu ou não, nós não sabemos. Mas tinha um santista que não só torceu, como ainda deu uma de vidente:




E não é que o Robert (ex-meia do Santos, Corinthians, Bahia, Atlético Mineiro...) acertou? O Zé Eduardo fez mesmo gol!

Mas, será que vale destacar a atuação de "gala" do Barreto, o goleiro paraguaio? No segundo gol do Peixe ele protagonizou uma das maiores pixotadas da história da Libertadores... Veja só:




O Tiago Leifert, apresentador do Globo Esporte, resume bem o sentimento de quase todos que viram o frangaço que ele tomou.




Porém, o goleiro do Cerro não foi o único a pagar um mico essa semana. A Argentina foi jogar um amistoso contra a Nigéria e foi goleada por 4x1. Alguém aqui ficou com dó? Eu não fiquei. Nem o Tiago Leifert.




Que feio, hein, Hermanos? A gente agradece pela atuação destacada e torcemos para que os resultados continuem assim.

Quem também disputou amistoso foi o Brasil, que encarou a Holanda e ficou em um marrento 0x0.

Analisando bem o twitter de alguns jogadores que vestiram a amarelinha, descobrimos a causa do mau desempenho. Ao invés de treinarem futebol, os brasucas ficaram fazendo o que mesmo Lucas?




Ping-pong... Isso é concentração, meu filho! rs. Aliás, Mano Menezes, cuidado, seu cargo está ameaçado por um jovem treinador.




No Santos o garoto já manda. Cuidado Mano, o Neymar já está treinando para montar um esquadrão nacional... Abre o olho! Do amigo, Dorival Júnior.

Se no Cartola FC Neymar ficou satisfeito com o desempenho dos seus selecionados, o mesmo não se pode dizer do Ronaldo Fenômeno.




Metade do time deve ter sido dispensado.

Aliás, já que estamos falando em mau desempenho, treinador e jogador dispensado, sabe quem criticou novamente um antigo técnico?

Sim, ele mesmo, o volante Rodriguinho, que pela 56642827239ª vez "elogiou" Adilson Batista, que era comandante do Santos quando ele foi negociado com um time do Azerbaijão.





Nem tenho mais o que comentar sobre essas palavras tão belas.

Já que o assunto é revolta, veja só que post coerente do ex-presidente do Corinthians, Roque Citadini.




Sim, Citadini, todos sabem, mas nada muda. E, aposto, o valor do estádio corintiano, um dos que seriam erguidos só com dinheiro privado, ainda aumentará mais. E virá mais dinheiro público para a arena. Alguém dúvida?

Por fim, fica uma série de posts do Robert, que deve ser lido do mais baixo para o que está no topo da imagem. Veja só a explicação para os problemas da sociedade moderna.




E agora, quem poderá salvar a sociedade?

sábado, 4 de junho de 2011

Empate com gosto amargo

O amistoso entre Brasil e Holanda, em Goiânia, não terminou como o técnico Mano Menezes deveria estar esperando.

O 0x0 e as vaias da torcida servem para acender um sinal amarelo para a seleção canarinho.

A partida em si foi bem mediana e serviu para o treinador realizar algumas observações.

No primeiro tempo, a Holanda foi mais perigosa, embora o Brasil tenha tido mais volume de jogo. Porém, faltava inspiração no meio-de-campo brasileiro.

Já o começo da segunda etapa foi diferente. O Brasil cresceu no jogo, principalmente quando Neymar e Robinho eram acionados, e as chances de gol começaram a aparecer.

Neymar teve duas boas chances de marcar, mas em ambas parou no goleiro Krul.

Thiago Silva, Robinho e Lúcio também tentaram vencer o arqueiro holandês, mas não tiveram sucesso.

Depois de 20 minutos de pressão da seleção anfitriã, o jogo caiu na chatice, até o juizão expulsar corretamente o volante Ramires já na metade final do segundo tempo.

Esse foi o último lance de emoção da partida.

Aliás, partida que deixou alguns recados para o Mano:

- A lateral-esquerda permanece sem dono;

- Lucas é um bom marcador, mas ainda é inseguro na cobertura da defesa e na saída de bola;

- Ramires tem muita qualidade, principalmente ofensiva, mas precisa acertar o psicológico, pois perde a cabeça facilmente...

- Elano não pode ser o armador. Ele compõe bem o meio-de-campo, mas seu ponto forte não é municiar os atacantes. Thiago Neves poderia ter sido testado, já que Lucas ainda tem que amadurecer bastante para brigar pela titularidade;

- Fred perdeu uma boa oportunidade de mostrar serviço: se jogou demais, reclamou pra caramba e mostrou muito nervosismo;

- Neymar precisa insistir mais nas jogadas e cair menos, como vem fazendo há algum tempo no Santos.

Além desses pontos, Mano precisa treinar bastante posicionamento e finalizações.

E o tempo para ele acertar esses detalhes é curto, já que em menos de um mês começa a Copa América.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Emoção e nostalgia

Eu não queria estar na pele de um torcedor do Vélez ou do Peñarol na noite dessa quinta-feira.

O jogo que definiu o adversário do Santos na final da Libertadores foi cruel demais para os fanáticos dos dois times.

O Peñarol venceu o primeiro duelo por 1x0, no Uruguai, e saiu na frente na Argentina, com Mier.

O Vélez precisava de três gols para chegar à decisão e foi com tudo para cima dos uruguaios.

Teve gol mal anulado, bola que passou perto do gol, bola defendida, bola rebatida, bola desviada. Só não teve bola perdida...

E teve mais gols. Tobio empatou e reacendeu as esperanças do clube argentino ainda na primeira etapa.

No segundo tempo, "El Tanque" Santiago Silva virou o jogo.

Um golzinho era tudo o que o Vélez precisava para roubar do Peñarol a vaga na final.

E a chance bateu na porta argentina.

Pênalti aos 30 minutos do segundo tempo.

Santiago Silva foi para cobrança e chutou na arquibancada a classificação do Vélez ao escorregar na hora de bater a penalidade.

Vinte quatro anos depois, o Peñarol chega à final da Libertadores novamente.

Quarenta e nove anos depois, Santos e Peñarol se enfrentam na decisão do torneio mais importante da América do Sul, de novo.

Sete títulos da Libertadores entrarão em campo nos dias 15 e 22 de junho - cinco dos uruguaios e dois dos brasileiros.

Uma decisão que atrai os olhares dos românticos do futebol.

Uma final que põe frente-a-frente dois gigantes que buscam ressuscitar os tempos de glória no mundo inteiro.

Santos e Peñarol: uma final em preto, branco e amarelo, para deixar qualquer saudosista entusiasmado.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A dois passos de Tóquio

O Santos empatou com o Cerro Porteño por 3x3, no Paraguai, e está na final da Libertadores 2011!

Apesar de precisar apenas de um empate para avançar à decisão, o Santos começou avassalador e fez 1x0 antes mesmo do relógio chegar aos três minutos.

E o mais incrível: o autor do gol foi Zé Eduardo, quebrando o jejum de 14 jogos sem estufar as redes...

O gol acabou com a empolgação da torcida paraguaia e deixou o Cerro perdido em campo. A solução encontrada pelo técnico Astrada foi aplicar o "vamos para o tudo ou nada".

Mas não deu certo. Logo saiu o segundo gol santista, em uma falha bisonha da defesa grená, que culminou no gol contra de Pedro Benítez.

O time paraguaio diminuiu com César Benítez, mas antes mesmo do final da primeira etapa Neymar marcou o terceiro gol santista.

Com a classificação nas mãos, o Santos parou de jogar e deixou o Cerro agonizar, atacando sem organização tática durante todo o segundo tempo.

O empate chegou com os gols de Lucero e Fabbro, mas a vaga ficou mesmo com o alvinegro praiano.

Oito anos depois, o Peixe volta à decisão da Libertadores. Dessa vez, disposto a mudar o final, que em 2003 foi a medalha de prata.

Com Muricy Ramalho, Neymar, Elano, Arouca e Jonathan (e talvez Ganso), o Santos é favorito, seja contra o Peñarol, seja contra o Vélez.

Mas, todos sabem: favoritismo não veste camisa e não faz gol, o que importa é o que acontece dentro de campo.

E é nos gramados que o Santos tem que mostrar serviço e confirmar o favoritismo.

Time superior aos rivais o Peixe tem. Mas não basta apenas ter nome, tem que jogar. E muito.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rodada #02 do Brasileirão

Se teve um estado que comemorou na segunda rodada do Brasileirão, foi o Rio de Janeiro.

Vasco, Fluminense e Botafogo venceram, respectivamente, América Mineiro, Atlético Goianiense e Santos. Só o Flamengo não venceu, porém, protagonizou o jogão da rodada ao empatar por 3x3 com o Bahia.

Já os paranaenses não têm muito o que comemorar, pois os dois representantes do estado ainda não somaram um pontinho sequer no torneio... Tudo bem, o Coritiba está com a cabeça na final da Copa do Brasil, mas e o Atlético?

Os catarinenses também não foram bem: o Figueirense perdeu para o São Paulo nos acréscimos e o Avaí perdeu de virada para o bombardeio aéreo do Atlético Mineiro.

Minas Gerais, aliás, foi bem eclética: o Coelho perdeu, a Raposa empatou e o Galo venceu.

Os paulistas foram até que bem: São Paulo e Corinthians venceram, o Palmeiras arrancou um empate com o Cruzeiro em Minas e os reservas do Santos perderam para o Botafogo.

Dividido, metade do Rio Grande do Sul sorriu com o triunfo do Grêmio, enquanto outra metade lamentou a derrota do Inter para o Ceará em pleno Beira-Rio.

Na próxima rodada, veja o que vai acontecer:

Palmeiras 2 x 0 Atlético Paranaense


Fluminense 2 x 2 Cruzeiro


Ceará 1 x 0 Botafogo


Figueirense 2 x 2 Atlético Goianiense


Flamengo 1 x 1 Corinthians


Grêmio 1 x 0 Bahia


Coritiba 0 x 1 Vasco


Santos 1 x 1 Avaí


América Mineiro 1 x 1 Internacional


Atlético Mineiro 2 x 2 São Paulo

Saldo do último pitacão: 


Acertei cinco vencedores (Botafogo, Atlético Mineiro, São Paulo, Corinthians e Vasco) e um empate (Cruzeiro e Palmeiras)

Não cravei nenhum resultado

Errei quatro pitacos (Inter, Flamengo, Grêmio e Atlético Goianiense não tiveram o desempenho previsto).

domingo, 29 de maio de 2011

Trem da alegria?

Os titulares do Botafogo suaram, e muito, para vencer os reservas do Santos por 1x0 no Engenhão.

O que isso significa?

Que o Santos tem um elenco tão forte que os reservas podem disputar o Brasileiro de igual para igual com outros adversários? Não, absolutamente não. Nem de longe.

Que o Botafogo é limitado e precisa de muitos reforços? Sim.

Tomar sufoco como ontem, diante de um time desentrosado, com jogadores totalmente fora de órbita, como Keirrison, Charles e Possebon, é inaceitável para um time com a tradição do clube da Estrela Solitária.

A chegada do experinte volante Renato e do jovem Elkeson, que estreou ontem, podem melhorar bastante a qualidade do Fogão.

Mas para pensar em título ou vaga na Libertadores, o elenco precisa de mais reforços, principalmente no setor de armação e no ataque.

Já o Santos vai vendo com quem pode ou não contar.

Os zagueiros Bruno Rodrigo e Vinicius podem ajudar o Peixe.

Os ofensivos Tiago Alves e Felipe Anderson, da base santista, têm entrado bem e ainda podem crescer bastante.

Mas o Santos precisa muito, urgentemente, de atacantes. Um só não basta. Têm que ser contratados pelo menos dois camisas nove.

Richely é ponta, assim como Diogo. Keirrison e Zé Eduardo, que deveriam ser os matadores, só matam mesmo é a torcida santista de raiva.

É bom Muricy indicar também alguns volantes para o elenco, pois quando Arouca e Adriano não puderem jogar, o Santos passará por sufoco se depender do talento de Charles e Possebon.

Enfim, o Botafogo conseguiu os três pontos (que os titulares do Internacional não conseguiram) e isso conta muito. Mas não pode encobrir as falhas.

Já o Santos só pensa naquilo: na Libertadores.

Outros resultados desse sábado:

Internacional 0 x 1 Ceará - Se resultados como esse se repetirem, daqui a pouco será aberta a temporada de caça ao Falcão... Com razão.

Avaí 1 x 3 Atlético Mineiro - Esse Dorival Júnior é bom mesmo. Olho no Galo, que tem um dos melhores treinadores do país e pode ir longe nesse Brasileirão. Ao Avaí, sinal amarelo ligado.

São Paulo 1 x 0 Figueirense - Lucas marcou aos 47 do segundo tempo e garantiu três pontinhos ao Tricolor, líder ao lado do Galo mineiro. De ponto em ponto, o São Paulo conquistou três brasileiros seguidos...

Extraordinário

Sensacional. Elegante. Eficiente. Envolvente. Superior. Histórico.

Faltam palavras para definir esse Barcelona de Pep Guardiola, campeão da Liga dos Campeões após dar um baile no poderoso Manchester United.

O 3x1 não refletiu o que foi o jogo.

O ótimo Manchester de Alex Ferguson foi amplamente dominado. Nos primeiros minutos, os ingleses até foram melhores, marcando forte.

Mas quando o Barça tem a posse de bola, o mundo para.

Xavi, Iniesta, Daniel Alves, Messi, Villa, Pedro Rodrigues, Busquets, Mascherano tocam sem parar.

Os adversários entram na roda e ficam que nem bobos procurando a pelota.

O Barça faz isso em todos os jogos, inclusive, fez isso com o Real Madrid e repetiu com o Manchester.

O posicionamento do time catalão é absurdamente perfeito. Todos os espaços são preenchidos por alguém do time de Guardiola.

A movimentação é intensa, imprevisível, simples e enlouquecedora. Parece até fácil jogar desse modo.

Mas díficil mesmo é parar esse time.

Se o futebol fosse justo, ninguém derrotaria esse time.

Time mesmo: elenco forte, jogadores que sabem o que têm que fazer e muita união e respeito.

Contra o Real Madrid, Guardiola homenageou Abidal, que voltou a jogar futebol após vencer um câncer, e o colocou em campo para participar de alguns minutos desse superclássico.

Contra o Manchester, o homenageado foi Puyol, que entrou no final da partida apenas para levantar a taça, já que estava machucado.

Mas o que o capitão catalão fez?

Na hora de erquer o troféu, passou a tarja para que Abidal tivesse a honra de levantar o caneco.

Isso é companheirismo e respeito.

Isso é o Barcelona, um time que será lembrado por toda a história, como o Santos de Pelé, o Benfica de Eusébio e o Real Madrid de Di Stéfano.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Futweets #05

Mais uma semana vai chegando ao fim, mas essa acabará com grande estilo, afinal, amanhã tem Barcelona x Manchester United na decisão da Liga dos Campeões.

Enquanto não chega a hora desse jogão, curta as melhores tuítadas dos boleiros durante essa semana.

Está no ar, o Futweets #05



No começo do ano, o volante Rodriguinho foi negociado pelo Santos com um time do Azerbaijão. Na época, o Santos era comandado pelo técnico Adílson Batista, hoje treinador do Atlético Paranaense. Será que o volante sente saudades do ex-técnico?





É, pelo jeito, Rodriguinho não faz questão de trabalhar com Adilson de novo. Aliás, o meia estava com #RaivaExalando essa semana.




Quem também passou por momentos de ira foi o torcedor santista, que pelo segundo jogo consecutivo vibrou quando o atacante Zé Eduardo foi substituído. Mas, ele não parece se importar muito com as vaias da torcida alvinegra.




Só por que ele não marca um golzinho há 13 jogos não quer dizer que ele não seja um bom atacante. Ou não?

Falando em atacante bom, quem será que o alvo do empresário Wagner Ribeiro? Dica: ele postou a mensagem logo abaixo depois do jogo entre Santos e Cerro Porteño.




Hum, eu acho que deve ser o Lulinha, meio-de-banco meio-de-campo do Bahia.

Melhor do mundo dificilmente Elano será, pelo menos no futebol. Mas o amigão Neymar revelou um desejo do polivalente jogador:




Esse eu não pago pra ver. Próximo!

Cobiçado por Flamengo e Botafogo e "com pré-contrato assinado com o Corinthians", Seedorf renovou com o Milan por mais um ano. Bola fora do Ronaldão...




Palmeirenses, santistas, são-paulinos, fluminenses e vascaínos não concordam Ronaldo. Eles acharam é graça mesmo ao ver ir por água abaixo o sonho de alguns de assistir o holandês desfilando o talento no Parque São Jorge, na Gávea ou em General Severiano.

O meia Robert, que bate-cartão aqui no Futweets, não deixou essa "contratação" passar em branco.




Mas não adianta falar, tem coisas que não mudam. Quem não se lembra de Vagner Love com a camisa do Corinthians e Ronaldo treinando na Gávea? Pois é... Os clubes precisam aprender: jogador contratado, só depois do contrato assinado.


Para terminar, não podia faltar um tweet dele, o atacante que perde o gol, mas não perde a piada: Leandrão.




Semana que vem tem mais!

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